A primeira versão oficial do SuSE Linux foi o “4.2”, lançado em maio de 1996; mas, como a numeração sugere, ela foi precedida por várias outras versões, que são hoje em dia consideradas não-oficiais. A versão “1.0”, por exemplo, foi uma versão do Slackware contendo pacotes de tradução para o alemão. Com o tempo, a distribuição abandonou o uso da estrutura do Slackware e adotou o uso de pacotes rpm e da estrutura de arquivos de configuração do Red Hat, dando origem à distribuição que conhecemos hoje.
Apesar de oferecer um bom conjunto de recursos, o SuSE sempre foi pouco usado no Brasil, devido ao fato de ser uma distribuição comercial, baseada na venda de caixinhas com as mídias de instalação e manuais impressos. Não existia nenhuma versão gratuita do sistema para download e não era permitido fazer cópias dos CDs (naturalmente, ninguém iria prendê-lo por distribuir CDs do SuSE, mas a prática não era encorajada).
Isso mudou a partir do final de 2003, quando a empresa foi adquirida pela Novell, que abriu o código-fonte do YaST e passou a recrutar voluntários para o desenvolvimento do sistema, dando origem ao OpenSUSE, cuja primeira versão (a 10.0) foi lançada em outubro de 2005. Uma curiosidade é que originalmente o “SuSE” era escrito com o “u” minúsculo, mas, por questões de marketing, a Novell o alterou para maiúsculo. É por isso que escrevemos “OpenSUSE” e não “OpenSuSE”.
Como de praxe, a Novell oferece também o SUSE Linux Enterprise Desktop e o SUSE Linux Enterprise Server, versões comerciais do sistema, destinadas ao uso corporativo, que combinam os pacotes do OpenSUSE com uma camada adicional de testes, serviços e suporte técnico. De certa forma, o relacionamento entre a Novell e o OpenSUSE é similar ao da Red Hat e o Fedora.
O principal destaque do OpenSUSE é a boa combinação de facilidade de uso e recursos. Em vez de remover recursos do sistema com o objetivo de reduzir o volume de escolhas e assim tornar o sistema mais simples de usar, os desenvolvedores optam por manter todos os recursos disponíveis e organizá-los através de opções do YaST e nos menus. Com isso, chegaram a uma distribuição com uma excelente apresentação visual e relativamente simples de usar, que, ao mesmo tempo, oferece um volume muito grande de opções avançadas. Aqui vai a obrigatória lista de links rápidos:
Site Oficial: http://www.opensuse.org/pt-br/
Download: http://software.opensuse.org/
Wiki: http://en.opensuse.org/Documentation
Lista de compatibilidade de hardware: http://en.opensuse.org/Hardware
Blogs: http://www.planetsuse.org/
Fórum: http://forums.opensuse.org/
Comunidade no Brasil: http://www.susebr.org/
Na página de download estão disponíveis duas versões live-CD, uma baseada no KDE e outra no GNOME e também uma versão em DVD, contendo todos os pacotes. Assim como no caso do Mandriva, as versões live-CD incluem uma imagem pré-instalada do sistema, onde você não tem a opção de personalizar a seleção de pacotes ao instalar no HD, enquanto a versão em DVD oferece um instalador tradicional, com um volume muito maior de opções de personalização.