Processadores, da pré-história ao Pentium 4

Processadores, da pré-história ao Pentium 4

Podemos dividir a história dos processadores para a plataforma PC em três atos. O primeiro é o dos primeiros processadores, do 8088 ao 386, que marcaram a infância da plataforma, onde as coisas se consolidaram. Embora sejam importantes do ponto de vista histórico, estes primeiros PCs foram produzidos em pequeno número em relação aos atuais, por isso eles são muito raros hoje em dia.

O segundo ato é a época intermediária, entre o 486 e o Pentium 4, quando os PCs cresceram em popularidade e muitas tecnologias que usamos hoje em dia (como o padrão ATX, as memórias DDR e o barramento PC Express) foram introduzidas. Embora possam ser considerados obsoletos, esses processadores marcaram época e continuam sendo usados em muitos PCs.

O ato final é a era moderna, que começou com o lançamento do Athlon 64, que trouxe a primeira grande expansão nas instruções x86, desde o lançamento do 386 em 1985.

Um dos pontos de destaque sobre esta época, em especial sobre o Pentium 4 e o Pentium D é a enorme variedade de modelos, muitas vezes baseados na mesma arquitetura e com o mesmo clock, diferenciando-se apenas por um pequeno detalhe, como o suporte ao XD bit ou ao Intel VT.

Isso acontece devido à ânsia dos fabricantes em ocuparem cada nicho do mercado, ao mesmo tempo em que tentam aproveitar processadores com pequenos defeitos, desativando seletivamente os componentes. Essa mistureba de modelos não foi uma exclusividade da Intel: a AMD adotou uma postura similar na época do Athlon 64, criando uma linha de modelos tão ou mais confusa.

Como um novo projeto de processador demora de 3 a 5 anos para ser desenvolvido, os fabricantes aproveitam o mesmo projeto básico em diversos modelos de processadores, incluindo pequenas melhorias e mais cache L2 ao longo do processo. Conforme concorrentes surgem no horizonte e o mercado muda, os fabricantes são obrigados a remendar os projetos existentes, fazendo com que projetos de 3 ou 5 anos atrás aprendam novos truques e se mantenham competitivos.

Um dos melhores exemplos foi a plataforma NetBurst, que foi usada pela Intel de 2000 a 2006, englobando desde os primeiros modelos do Pentium 4 até o Pentium D, passando por diversas variações, como os Pentium Extreme Edition e os Celerons.

Ela foi desenvolvida ao longo da segunda metade da década de 90, quando muitos ainda usavam micros 486. Na época, a corrida dos MHz era disputada a todo vapor e parecia que o futuro seria dominado por processadores capazes de operar a frequências de operação muito altas. No meio do caminho, a arquitetura se revelou um beco sem saída, o que obrigou a Intel a mudar os planos e passar a produzir processadores dual-core, cancelando projetos e remodelando a linha de processadores. Vamos então ao resto da história antes da introdução dos processadores modernos, do 486 ao Pentium D:

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