A árvore genealógica das distribuições

No começo, instalar o Linux era uma tarefa ingrata. Tudo o que existia era o código-fonte do kernel, que precisava ser compilado (usando o Minix ou outro sistema operacional) e combinado com outros utilitários e bibliotecas
(que também precisavam ser compilados, um a um) para que você tivesse um sistema operacional funcional. Isso explica por que nos primeiros meses, após o célebre anúncio feito por Linus Torvalds em agosto de 1991, o Linux tinha apenas algumas dezenas de
usuários, a maior parte deles programadores, que em maior ou menor grau participavam do desenvolvimento do sistema.

Alguém chegou a uma conclusão óbvia: por que não distribuir versões já compiladas do sistema, que pudessem ser instaladas diretamente? Surgiram então as primeiras distribuições Linux, que rapidamente passaram a ganhar novos
adeptos.

Hoje em dia existem mais de 500 distribuições Linux, contando apenas as ativas. Apesar disso, 98% delas são personalizações de outras distribuições já existentes, de forma que, se você começar a estudar um pouco sobre a
árvore genealógica das distribuições, vai perceber que existem menos de 10 distribuições principais (Debian, Red Hat/Fedora, Mandriva, Ubuntu, Slackware, Gentoo, etc.) das quais todas as outras são derivadas.

Por mais diferente que seja a aparência e a escolha de softwares pré-instalados, as distribuições derivadas mantêm muitas das características da distribuição-mãe, de forma que se você consegue aprender a trabalhar com as
distribuições principais, passa a não ter grandes problemas ao trabalhar com qualquer uma das distribuições derivadas delas.

Minha proposta é permitir que você tenha uma visão abrangente do sistema e consiga utilizar qualquer distribuição, migrando de uma para outra sem muita dificuldade. Com isso, você pode ter uma distribuição principal, com a
qual tem mais afinidade e onde se sente mais em casa, mas também ter um bom conhecimento sobre as outras, o suficiente para conseguir fazer o que precisa. Vamos lá. 🙂

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