A Netflix acaba de lançar “Dia Zero”, uma minissérie estrelada por Robert De Niro que traz uma visão interessante do universo dos ataques cibernéticos e suas possíveis consequências devastadoras.
Criada por Eric Newman, Noah Oppenheim e Michael Schmidt, a série está fazendo sucesso na plataforma por sua abordagem realista ao explorar um ataque de grande escala que coloca em risco a estabilidade global. Mas, além da trama envolvente, “Zero Day” levanta uma questão crucial: esse tipo de ataque pode acontecer na vida real?
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A trama de Dia Zero
Na série, Robert De Niro interpreta George Mullen, um ex-presidente dos Estados Unidos que retorna ao cenário político depois de um ciberataque enorme acabar resultando em mortes e caos mundial. Logo ele é indicado para liderar uma força-tarefa do governo e precisa descobrir quem está por trás do ataque, apenas para perceber que a conspiração vai muito além do que se imaginava inicialmente.
A trama combina suspense político e investigações de alto risco, mostrando a vulnerabilidade dos sistemas digitais em um mundo hiperconectado. Dia Zero questiona a preparação das nações diante de ataques cibernéticos sofisticados e as consequências que podem surgir quando a infraestrutura digital é comprometida.
O que significa “Dia Zero”?
O título da série faz referência a um conceito real da cibersegurança. Um ataque de “dia zero” (ou “zero-day”) ocorre quando hackers exploram uma vulnerabilidade desconhecida em um software antes que os desenvolvedores possam corrigi-la. O termo “dia zero” indica que os responsáveis pelo software não tiveram tempo para criar uma defesa, tornando o ataque muito perigoso.
Embora na série o ataque acabe se revelando mais complexo do que um típico “dia zero”, o conceito é utilizado como um alerta para os riscos que essas falhas representam. No universo do programa, o termo “dia zero” também se refere ao dia do ataque, servindo como um marco temporal dos eventos catastróficos que ocorrem.
Um ataque como o de Dia Zero é possível na vida real?
Embora a escala do ataque mostrado na série seja extrema, a possibilidade de algo semelhante acontecer não pode ser descartada. Na trama, o ciberataque desativa sistemas de comunicação e redes de energia ao mesmo tempo, criando um cenário de caos mundial. Tecnicamente, ataques cibernéticos contra infraestruturas críticas são uma ameaça real, como já foi visto em eventos como o ataque ao sistema elétrico da Ucrânia em 2015 e o ataque ao oleoduto Colonial Pipeline nos EUA em 2021.
No entanto, para que um ataque como o da série Dia Zero ocorra na vida real, seria necessário explorar diversas vulnerabilidades ao mesmo tempo em vários sistemas diferentes, algo extremamente difícil de ser feito sem ser detectado. Ainda assim, com o avanço da tecnologia e a crescente sofisticação dos ataques cibernéticos, a possibilidade de ameaças desse tipo continua sendo uma preocupação para governos e empresas ao redor do mundo.
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