Usando o VirtualBox: Drivers e dispositivos

Por: Julio Cesar Bessa Monqueiro

Assim como no VMware, os dispositivos de hardware vistos pelo sistema dentro da máquina virtual são diferentes dos dispositivos reais da máquina. Independentemente da configuração do seu micro, o VirtualBox sumula um PC com chipset Intel e uma placa de rede AMD PCNET. O HD é reconhecido como “VBOX HARDDISK”, o CD-ROM como “VBOX CD-ROM” e assim por diante:

O ruim dessa diferença nos dispositivos é que você não pode rodar uma instalação do Windows já existente dentro de uma máquina virtual (pelo menos não sem fazer alterações nos registro e um longo processo de substituição de drivers) mas, em compensação, oferece a possibilidade de rodar as máquinas virtuais em qualquer PC com o VirtualBox instalado, já que os dispositivos virtuais serão sempre os mesmos. Para isso, basta copiar os arquivos dentro da pasta .VirtualBox no seu diretório home.

Continuando, depois de instalar o sistema, o próximo passo é instalar o VirtualBox Extras, um conjunto de drivers que fazem com que o sistema convidado reconheça corretamente os dispositivos dentro da VM e rode com um melhor desempenho. Para isso, use a opção “Dispositivos > Instalar adicionais para o convidado”:

A versão open-source do VirtualBox não inclui as imagens com os drivers, mas o assistente se oferece para baixá-las automaticamente. Basta deixar que ele conclua o download e salve na pasta padrão.

A instalação é feita simulando a inserção de um CD-ROM dentro da máquina virtual, contendo um wizard que é executado dentro do Windows. Basta seguir os passos do assistente, fazendo a instalação da mesma forma que você instalaria um outro conjunto de drivers qualquer:

Além do suporte a resoluções de vídeo mais altas e melhorias de desempenho, outra grande melhoria que você notará depois de instalar os drivers é que o cursor do mouse não ficará mais “preso” dentro da tela da máquina virtual até que você pressione a tecla Ctrl, o que permite usar a máquina virtual de forma muito mais transparente. A janela simplesmente passa a se comportar da mesma forma que outro aplicativo qualquer.

Como se não bastasse, você ganha também a possibilidade de redimensionar a janela, com o Windows ajustando a resolução de tela automaticamente, sem ficar preso às resoluções padrão. Você pode inclusive usar o botão de maximizar, para que a janela passe a ocupar todo o espaço útil da tela. Para ativar, marque a opção “Máquina > Redimensionar Tela Automaticamente”:

Outra opção interessante, que pode ser ativada no mesmo menu é o “Modo Seamless”, que integra o desktop do Windows ao desktop principal, fazendo com que os aplicativos nativos e os aplicativos rodando dentro da máquina virtual sejam executados lado a lado. Como você pode ver no screenshot, você fica com duas barras de tarefas:

Na verdade, o modo seamless não passa de um truque gráfico, que faz com que o fundo da janela com a máquina virtual do Windows fique transparente, dando a impressão de que você tem um desktop só. Apesar disso, o resultado é realmente impressionante :). Uma observação é que o efeito causa glitches e perda de desempenho em conjunto com alguns drivers de vídeo, mas nesse caso basta desativá-lo.

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