Novos modelos da Nokia: 5730 e 5630 XpressMusic, 6710 Navigator e 6720 Classic, N86 e N97

Novos modelos da Nokia: 5730 e 5630 XpressMusic, 6710 Navigator e 6720 Classic, N86 e N97

Vamos a um resumo dos novos modelos das séries XpressMusic, Classic e da série N, da Nokia.

5730 XpressMusic

O 5730 XpressMusic é um modelo peculiar. À primeira vista, ele parece ser uma espécie de versão de baixo custo do E75, que utiliza o mesmo formato (e aproximadamente o mesmo tamanho), mas é construído com materiais mais baratos e possui um visual mais despojado, um pouco feio até:

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O que o torna um modelo interessante é que ele é destinado a um público completamente diferente. Enquanto o E75 é um aparelho voltado para executivos e profissionais móveis, o 5730 é um smartphone destinado ao público mais jovem, o que explica o fato de ele fazer parte da série XpressMusic.

Além do tradicional enfoque em música, que marca os outros aparelhos da série, ele tem foco em comunicação por texto, que é uma tendência crescente entre os jovens, que usam e-mails e outros tipos de mensagens curtas para fugir das caras tarifas das ligações de voz.

Ele é um aparelho baseado no S60 3ed FP2 (diferente do recém-lançado 5800 XpressMusic, que é baseado no S60 5ed) que usa uma tela QVGA e um teclado QWERTY deslizante (sem touchscreen). Ele tem os recursos básicos de outros modelos contemporâneos (128 MB de RAM e 140 MB de Flash livres, câmera de 3.2 MP, GPS, etc), mas o que o torna um lançamento significativo é o preço.

Ele custará apenas 220 Euros (quase metade do E71, que foi lançado por 399 Euros), o que sinaliza a possibilidade de que ele venha a ser vendido no Brasil abaixo dos R$ 700, uma faixa de preço que é até o momento dominada por aparelhos muito mais simples.

Diferente de outros modelos de baixo custo anteriores da Nokia, o 5730 XpressMusic possui Wi-Fi, o que o torna especialmente atrativo para quem não pretende assinar um plano de dados, já que permite que você navegue e utilize todas as demais funções de smartphone utilizando redes Wi-Fi disponíveis. Essa combinação de fatores faz com que ele tenha tudo para se tornar uma boa alternativa ao N95.

5630 XpressMusic

O 5630 Xpress Music é o mais barato entre os modelos recentemente anunciados, com um preço de lançamento “inferior a 200 Euros”. Ele tem tudo para ser o sucessor do 6120 Classic, ou seja, um aparelho de baixo custo que servirá como porta de entrada (ou como isca, como preferir 🙂 para os outros modelos da linha.

Ele não possui GPS nem rede Wi-Fi e utiliza uma tela de apenas 2.2″, mas em compensação possui 4 GB de memória interna e transmissor FM, o que o posiciona bem entre o público que quer um smartphone para música. Ele inclui também uma câmera de 3 MP e os tradicionais botões dedicados para o áudio, que são encontrados em outros modelos da linha:

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6710 Navigator e 6720 Classic

O 6710 Navigator e o 6720 Classic, são dois outros modelos de baixo custo, que oferecem como diferenciais os recursos de navegação e a qualidade superior da câmera. Como de praxe, você não verá muitas notícias sobre eles, já que a Nokia concentra todo o esforço de marketing em torno dos modelos mais caros, deixando a venda dos modelos de baixo custo por conta das operadoras.

O 6720 é o representante da série Classic, desenvolvido com o propósito de ser uma opção acessível de cameraphone com GPS. Ele utiliza o clássico formato de barra e, assim como os demais, é baseado no S60 3ed. Ele utiliza uma tela QVGA um pouco menor (apenas 2.2″), mas mantém os demais recursos básicos, incluindo o receptor GPS e suporte a HSDPA. Ele se destaca por possuir uma câmera de 5.0 MP, mas em compensação não possui rede Wi-Fi.

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O 6710, por sua vez, é um integrante da série Navigator, que se destaca pela praticidade de uso dos recursos de navegação por GPS e pelo uso de uma tela bem maior, de 2.6″. Ele possui um botão dedicado para ativar a navegação assistida e vem com um suporte de pára-brisa, o que o torna um substituto direto dos navegadores automotivos.

Como comentei em textos anteriores, uma das vantagens de utilizar um smartphone como GPS, em vez de um GPS automotivo é o fato de você sempre carregá-lo consigo, evitando o risco de furtos ao deixar o GPS dentro do carro.

Como em todos os outros modelos atuais da Nokia, o 6710 utiliza o Nokia Maps como software de navegação. Ele é uma solução bem desenvolvida, que oferece um sistema de navegação por voz bastante competente e um mapeamento bastante completo das cidades brasileiras.

Entretanto, ele introduz um vício oculto, que é o pagamento da licença de navegação. Os aparelhos vêm com licenças de apenas 3 ou 6 meses, após os quais você deve pagar uma anuidade de R$ 180 caso queira continuar utilizando o serviço de navegação assistida.

Assim como o 6720, o 6710 possui uma câmera de 5 MP e oferece suporte a HSDPA, mas utiliza um formato diferente e possui suporte a Wi-Fi, diferente do representante da série Classic.

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N86

O N86 é um sucessor direto para o N95 para o N96, que se diferencia dos demais lançamentos por oferecer uma câmera de 8 MP, mantendo o sistema dual-slide e os outros diferenciais dos antecessores:

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Se você esperava um modelo baseado no S60 5ed., talvez se decepcione em saber que ele é mais um exemplar baseado no bom e velho S60 3ed., com tela QVGA e sem touchscreen. Você pode pensar nele como uma evolução do N95, que inclui uma câmera melhor e uma versão atualizada do sistema, sem ir muito além disso.

Assim como N95 8GB, ele inclui 8 GB de memória interna e utiliza um sistema de Flash dual-LED, que serve também como luz de iluminação ao gravar vídeos. Uma melhoria bem-vinda é a volta do protetor de lente, que tinha sido removido no N95 8GB.

Ele custará 375 Euros no lançamento, o mesmo preço do E75, um bom exemplo de como dos aparelhos baseados no mesmo sistema e vendidos pelo mesmo valor podem atingir dois públicos completamente diferentes. O E75 é destinado a quem precisa rodar aplicativos de produtividade e se comunicar por texto, enquanto o N86 é destinado a quem quer tirar fotos, assistir vídeos, jogar e ouvir música.

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Ambos permitem navegar na web e fazer quase tudo, mas o sistema dual-slide do N86 o torna muito mais confortável para jogos e multimídia, enquanto o teclado QWERTY do E75 é um pré-requisito para quem vai digitar longas mensagens de texto.

N97

O N97 é uma espécie de “pai de todos” dentro da linha atual, um aparelho caro e revolucionário sob diversos pontos de vista, que começou a ser anunciado mais de 6 meses antes de efetivamente entrar em produção, com o objetivo de criar hype e testar a reação do público.

O N97 será lançado na Europa no segundo semestre de 2009 (ainda sem previsão de estréia no Brasil). Embora faça parte da série N, ele inclui um teclado QWERTY (recurso que até então era exclusividade dos modelos da série E), que, assim como no E75, é implementado através de um sistema deslizante:

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A principal característica do N97 é o fato de ele ser baseado no S60 5ed. (assim como o Xpress Music 5800), incluindo a mesma tela de 640×360 (mas agora um pouco maior, com 3.5″ em vez de 3.2″), com touchscreen. A maior resolução da tela faz com que ele seja bem mais confortável para navegar na web e visualizar documentos, além de permitir assistir vídeos em formato wide, com uma qualidade muito melhor que em uma tela QVGA.

O N97 tem também ênfase em jogos e, assim como os demais aparelhos da série N, é compatível com o N-Gage. Uma boa amostra disso é a decisão de colocar o direcional no canto esquerdo do teclado, sacrificando espaço que poderia ser usado para aumentar o tamanho das teclas. Ele inclui 32 GB de memória Flash para armazenamento (que diferente do N95 8GB podem ser complementadas por um cartão microSD), Wi-Fi, GPS e câmera de 5.0 MP com lentes Carl Zeiss, o que dá uma boa amostra dos recursos que serão encontrados na próxima safra de aparelhos.

Ele está longe de ser perfeito, já que é grande (117.2 x 55.3 x 18.25 mm), pesado (150 gramas) e caro, com grande parte do custo relacionado aos 32 GB de memória interna, uma escolha que, pessoalmente, não considero muito sensata.

Embora incluir memória flash diretamente ao aparelho pareça uma boa idéia (afinal, um fabricante como a Nokia pode conseguir descontos comprando em quantidade), na prática ela acaba não sendo tão boa assim, pois os chips de memória Flash acabam entrando no custo inicial de fabricação, o que faz com que o custo acabe sendo multiplicado ao longo da cadeia. Com isso, a memória Flash interna acaba saindo mais caro do que você pagaria ao simplesmente comprar a mesma quantidade de memória na forma de cartões microSD.

Outra falha no N97 é o layout do teclado. Devido ao formato alongado da tela, o teclado é estreito demais para acomodar quatro linhas de teclas, como seria normal. Em vez disso, a Nokia optou por criar um estranho layout de três linhas, onde a tecla shift fica entre o A e o Z e a barra de espaço fica ao lado do M. Como tudo na vida, você acaba se acostumando depois de usar o teclado por alguns dias, mas no começo o layout é bastante desconfortável, resultando em uma experiência inferior à proporcionada pelo teclado do E71 que, embora pequeno, é bastante confortável de usar.

Apesar disso, o N97 é um lançamento bastante significativo dentro da linha da Nokia, por ser o primeiro de uma nova classe de smartphones baseados no S60, com telas maiores, teclado e touchscreen, um formato que deve predominar entre os aparelhos mais caros.

É de se esperar que com telas maiores, conexões 3G e navegadores com mais recursos, smartphones com telas maiores e teclados QWERTY completos passem a roubar o espaço que hoje é dos netbooks, oferecendo uma opção portátil para acesso à web e tarefas rápidas.

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