Dicas rápidas para o Nautilus

Dicas rápidas para o Nautilus

O Nautilus é o gerenciador de arquivos default do Gnome. Assim como outros componentes do Gnome, ele oferece uma interface bastante simples, que enfatiza a usabilidade sobre o volume de funções. Ao contrário do Konqueror, que também é navegador, o Nautilus se concentra na tarefa de gerenciador de arquivos, deixando a parte de navegação em aberto para que você escolha entre o Firefox, Opera ou outro navegador dedicado.

Você notará que, mesmo como gerenciador de arquivos, ele oferece uma quantidade muito menor de opções e recursos que o Konqueror, fazendo com que muita gente que vem do KDE, ou mesmo do Windows estranhe bastante. Novamente, caímos na questão do “mais” ou do “menos”: o Nautilus oferece menos opções mas em geral é mais simples de usar, o que faz com que algumas pessoas sejam mais produtivas com ele. É mais uma questão de escolha pessoal nesse caso.

Um bom exemplo disso é a barra de exibição de endereços. Por default, o Nautilus exibe a localização na forma de um conjunto de botões clicáveis, o que impede que você digite endereços diretamente, como em outros gerenciadores. Entretanto, basta clicar no ícone da folha do lado esquerdo para ter acesso à barra em texto. Ele também não exibe os diretórios e arquivos de configuração ocultos por default, mas você pode ativar a exibição marcando o “Ver > Mostrar arquivos ocultos”.

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Outro exemplo é o recurso de dividir a janela que está disponível no Konqueror (Janela > Dividir a janela em topo/base), que permite criar dois quadros independentes, que facilitam a cópia de arquivos, que podem ser simplesmente arrastados de um quadro para o outro.

No caso do Nautilus, a opção de divisão não está disponível, mas você pode copiar arquivos de uma pasta para outra (sem precisar abrir duas janelas) abrindo uma segunda aba (Ctrl+T) e arrastando os arquivos de uma aba para a outra. O default do Nautilus é mover os arquivos quando o destino é uma pasta na mesma partição e copiar quando o destino é em uma partição diferente (como ao copiar arquivos para um pendrive, por exemplo):

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Por default, o Nautilus usa ícones grandes com legendas em texto, que desperdiçam bastante espaço da tela. Você pode mudá-los para ícones menores, sem legendas, como no screenshot anterior, acessando o gconf-editor e alterando o valor da chave “/desktop/gnome/interface/toolbar_style” de “both” para “icons”.

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Outras opções relacionadas ao Nautilus que você pode querer alterar são

/apps/nautilus/preferences/always_use_browser: Desmarcando essa opção, o Nautilus passa a abrir janelas em modo simplificado e abrir cada nova pasta em uma nova janela, em vez de usar o modo de navegação. Este modo foi batizado de “nautilus spatial browsing”, e chegou a ser usado em versões antigas do Gnome, com reações mistas.

/apps/nautilus/preferences/always_use_location_entry: Por default, o Nautilus mostra ícones na barra de localização e você precisa clicar no ícone da folha à esquerda para que ele exiba a localização em texto. Ativando esta opção, o default se inverte.

/apps/nautilus/preferences/enable_delete: Como uma proteção contra a perda acidental de arquivos, o Nautilus não mostra uma opção para apagar arquivos diretamente por default, obrigando o usuário a primeiro mover os arquivos para a lixeira, para só então conseguir deletá-los. Essa opção faz com que a opção de deletar diretamente seja exibida no menu.

/apps/nautilus/icon_view/thumbnail_size: Uma boa forma de reduzir o uso de memória do Gnome é desativar a exibição das miniaturas para arquivos (sobretudo para os arquivos de vídeo) nas preferências. Se, por outro lado, você gosta das miniaturas (elas são extremamente úteis em pastas com várias imagens, por exemplo), pode ajustar o tamanho default através dessa opção, especificando a largura desejada em pixels.

Ícones no desktop: Por algum motivo, muitos desenvolvedores possuem uma espécie de fetiche por desktops sem ícones, o que talvez tenha algo a ver com o fato do desktop do Ubuntu exibir apenas os ícones de dispositivos. Se você prefere ver os ícones do computador, home e da lixeira, pode ativá-los através das opções “/apps/nautilus/desktop/trash_icon_visible”, “/apps/nautilus/desktop/home_icon_visible” e “/apps/nautilus/desktop/computer_icon_visible”.

Outra dica importante é que o Nautilus é também capaz de acessar compartilhamentos e pastas remotas através de diversos protocolos diferentes.

Um dos melhores exemplos da facilidade é o “sftp://“, que permite acessar arquivos em outras máquinas Linux que estejam com o servidor SSH (o pacote “openssh-server”) ativado. Basta digitar “sftp://” na barra, seguido pelo login de acesso e o endereço da outra máquina (pode ser o IP, ou o nome de domínio), como em “sftp://gdh@192.168.1.23”:

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Os arquivos da outra máquina são exibidos como se fossem arquivos locais, permitindo que você edite arquivos, copie e cole, ou até mesmo arraste arquivos de uma janela para a outra. A principal dica é ajustar as opções de visualização no “Editar > Preferências > Visualização” para que ele exiba as miniaturas apenas para arquivos locais. Usando o “Sempre” ele tenta exibir as miniaturas também nas pastas remotas, o que torna tudo muito mais lento e consome muita banda, uma vez que ele precisa ler cada arquivo antes de gerar a miniatura.

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O sistema funciona muito bem também para acessar máquinas via Internet (muitos administradores de sistemas o usam para transferir arquivos e editar arquivos de configuração em servidores, por exemplo), oferecendo uma opção bastante prática e segura.

Ao acessar um endereço pela primeira vez, você tem a opção de salvar a senha no chaveiro, para que não precise digitá-la novamente a cada conexão. Outra dica é salvar o endereço como favorito, para agilizar o acesso das próximas vezes.

Você pode também acessar compartilhamentos do Windows, usando o “smb://“, que tem uma função similar. Basta usá-lo indicando o nome ou endereço do servidor e o compartilhamento que será acessado, como em “smb://servidor/arquivos” ou “smb://192.168.1.254/arquivos”. Se o servidor estiver configurado para aceitar logins sem senha, os arquivos são acessados diretamente, caso contrário o Nautilus exibe um prompt pedindo o login e senha do compartilhamento.

Essa mesma função é usada pela opção “Locais > Conectar ao Servidor > Compartilhamento do Windows”, que simplesmente pergunta qual é o servidor, compartilhamento, domínio (caso usado) e o login usado e faz o acesso usando o Nautilus.

Outros endereços que dão acesso a plugins do Nautilus são:

network:///: Mostra e acessa compartilhamentos Windows e também compartilhamentos NFS disponíveis na rede; corresponde ao “Locais > Rede” disponível na barra. Para acessar compartilhamentos do Windows, verifique se o pacote “smbclient” está instalado.

computer:///: Mostra as partições, CDs, DVDs, disquetes e outras unidades de armazenamento do micro, juntamente com marcadores de compartilhamentos de rede que tenham sido salvos anteriormente. Ele corresponde ao “Locais > Computador”.

burn:///: Muita gente reclama que o Gnome não possui uma ferramenta de gravação de CDs, como o K3B. Na verdade, o Nautilus inclui um gravador de CD embutido, acessado através desta url. Basta arrastar os arquivos que serão gravados para dentro da janela e clicar no “Gravar no disco”.

Em versões anteriores estavam disponíveis também os atalhos “fonts:///” e “themes:///”, que permitiam instalar novas fontes e definir o tema visual usado pelo sistema, mas eles foram desativados a partir do Ubuntu 8.04. A instalação de novas fontes passou a ser feita adicionando os arquivos na pasta “/usr/share/fonts”, ou na pasta “.fonts” dentro do diretório home e o gerenciamento dos temas através do Sistema > Preferências > Aparência.

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