Dicas de configuração para o KDE 3.5

Dicas de configuração para o KDE 3.5

Com o lançamento do KDE 4, parecia que o KDE 3.x estava destinado a sair de cena, mas não foi isso que aconteceu. Os problemas com o KDE 4.0, e o 4.1 afastaram muitos usuários, que migraram para o Gnome, XFCE ou mesmo para o novato LXDE, em busca de águas mais calmas. Outros, decidiram continuar no KDE 3.5, que continua sendo a versão do KDE usada no Debian Lenny, no Slackware 12.1, no Kubuntu 8.04 (a atual versão LTS) e em diversas outras distribuições.

Vamos então a um guia básico de configuração do KDE 3.5. Provavelmente você já conhece muitas dessas dicas, mas em conjunto elas podem ajudá-lo a entender melhor o ambiente.

As configurações do KDE são organizadas em um utilitário central, o Kcontrol. Ele tem vários quartos escuros e passagens secretas; então, mesmo que você já use o sistema a algum tempo, é provável que você não conheça muitas das opções. Aqui vai um resumo de algumas opções importantes:

Administração do Sistema: Algumas partes desta seção podem ser acessadas apenas pelo root, já que alteram aspectos sensíveis do sistema. Para ter acesso a elas, clique no botão “Modo Administrador”. A seção “Gerenciador de Login” permite configurar a tela de login do sistema, alterando as cores, papel de parede, etc. É aqui que você pode também ativar ou desativar o autologin.

O módulo “Instalador de Fontes” permite que você instale fontes truetype que passam a ser usadas automaticamente pelos programas instalados. Ele é bem simples de usar: clique no “Adicionar Fontes”, indique a pasta e onde estão as fontes, selecione os arquivos e confirme.

Você pode tanto instalar as fontes logado como usuário normal, de modo que elas fiquem disponíveis apenas para o seu login, ou como root, tornando-as disponíveis para todos os usuários. Não é difícil encontrar vários sites que disponibilizam fontes por aí. Você também pode copiar as pastas de fontes do Windows (C:\Windows\Fonts) ou de programas como o Corel Draw.

Instalar as fontes do Windows permite que os documentos escritos no Microsoft Office sejam exibidos com formatação perfeita no OpenOffice, por exemplo, pois você terá instaladas as mesmas fontes que o autor original usou.

As fontes ficam automaticamente disponíveis para os navegadores e também para programas como o OpenOffice/BrOffice. Você pode também usar as novas fontes para personalizar o visual do sistema, acessando a seção “Aparência > Fontes” dentro do painel de controle.

Para ativar o login automático (que serve como um bom complemento para a abertura automática do X), marque a opção “Gerenciador de Login > Conveniência > Habilitar login automático”, indicando o usuário que será logado e (opcionalmente) um tempo de atraso, para que você tenha a opção de mudar o usuário quando quiser se logar com outro:

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A opção do login automático é configurada através do Centro de Controle do KDE (e não através de algum arquivo de configuração do sistema) porque o login é feito através do KDM, que é um componente do KDE. Ele permite que você escolha qual usuário usar, verifica a senha e carrega o KDE ou outro ambiente de trabalho escolhido.

Aparência & Temas: Esta é provavelmente a área mais acessada do kcontrol. Parece que todo mundo gosta de personalizar o seu desktop e o KDE oferece uma grande flexibilidade neste sentido. Você pode alterar a decoração das janelas, o tamanho da barra de tarefas, o conjunto de ícones do sistema e assim por diante. Além dos componentes que vêm pré-instalados no sistema, existem centenas de conjuntos de ícones, papéis de parede, conjuntos de sons de sistema, etc. que você pode baixar no http://www.kde-look.org.

Para instalar um conjunto de ícones, baixe o arquivo .tar.gz (neste caso um simples arquivo compactado contendo os ícones e não um pacote com código fonte), acesse a seção “Ícones” e clicar no “Instalar Tema”. A partir daí você pode escolher qual tema usar na lista. O tema padrão do KDE 3.x é o “Crystal SVG”, um conjunto de ícones bonito e neutro, que agrada a maioria. Outros temas populares são o Slick, o Crystal Clear, o Nuvola e o Noia.

O Wallpaper é a personalização mais simples. Para alterar vá em “Fundo de Tela > Papel de Parede”. O KDE suporta imagens em vários formatos, incluindo .jpg, .gif, .png e .bmp. Você pode usar também a opção “show de slides”, onde você aponta uma pasta com várias imagens e ele troca a imagem periodicamente. Você pode ter um papel de parede diferente a cada minuto, por exemplo.

Nos menus Cores, Fontes, Estilo, Painéis e Decoração de Janela você pode configurar várias opções relacionadas ao visual do sistema. A “Decoração da Janela” é a moldura com a barra de arrastar e os ícones para maximizar, minimizar e fechar usada em todas as janelas abertas. Você pode trocar essa moldura por outra com ícones parecidos com os do Windows ou MacOS X, por exemplo. Uma opção que você provavelmente vai querer alterar é a “Decorações de Janela > Tamanho da Borda”; usando “Tamanho da borda > Minúsculo” e desmarcando o “Borda da janela colorida” você elimina a borda azul em torno das janelas.

O estilo determina a aparência dos botões, barras de rolagem e outros componentes da tela e todos suportam configurações adicionais através das opções na aba. Você pode ativar o efeito (2D) de sombra de menu através do “Efeitos > Sombra de menu”, por exemplo.

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A “Tela de Apresentação”, que é a animação exibida durante a abertura do KDE, é, na verdade, um conjunto de imagens que fica na pasta “/usr/share/apps/ksplash/pics/”. Assim como no caso dos ícones, você pode baixar novos temas no kde-look e instalá-los usando a opção “Tela de Apresentação > Adicionar”.

Área de Trabalho: Nesta seção estão opções relacionadas à barra de tarefas, menu iniciar e ao comportamento das janelas. Por exemplo, no Windows um clique duplo sobre uma janela faz com que ela seja maximizada, enquanto que no KDE o padrão é ocultar a janela, deixando apenas a barra de títulos, um comportamento natural para quem está acostumado com outros gerenciadores de janela, mas bem estranho para quem vem do Windows. Você pode alterar isso na opção “Comportamento de Janela > Ações da barra de título”. Para ficar como no Windows, configure a opção “Clique duplo na barra de títulos:” como “Maximizar”.

Veja que você pode definir funções para os outros botões. Na configuração padrão, o botão do meio serve para rebaixar a janela, ou seja, fazer com que ela fica abaixo das outras janelas abertas.

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Um recurso interessante oferecido não apenas pelo KDE, mas pelas interfaces do Linux em geral são os desktops virtuais. Cada desktop funciona como uma área independente e você pode alternar entre eles usando atalhos de teclado.

No KDE você pode alternar entre as áreas de trabalho virtuais pressionando Ctrl + uma das teclas de função, da F1 à F12, como em Ctrl+F2 (para mudar para o segundo desktop), Ctrl+F1 (para voltar para o primeiro), etc. Para enviar um programa aberto para outro desktop virtual, clique sobre a barra com o botão direito do mouse e use a opção “Para o ambiente…”.

Os desktops virtuais permitem organizar melhor os programas abertos e alternar entre eles com mais facilidade. Você pode organizar os programas “por tema”, por exemplo, deixar todas as janelas do navegador no primeiro desktop, as janelas do editor de textos e o leitor de e-mails no segundo e assim por adiante.

Você pode ajustar o número de desktops virtuais através da opção “Múltiplas Áreas de Trabalho”. Uma observação é que cada desktop virtual faz com que o sistema passe a consumir entre 2 e 4 MB a mais de memória RAM (de acordo com a resolução de vídeo usada), o que pode ser um problema em micros com 256 MB ou menos. O KDE usa 4 ambientes virtuais por padrão, um número que você pode aumentar ou reduzir no “Área de Trabalho > Múltiplas áreas de trabalho”.

Como um complemento, temos o pager, que é exibido por padrão na barra de tarefas. Ele é um applet que permite alternar entre as áreas de trabalho. O KDE oferece um grande número de outros applets similares, que podem ser adicionados à barra de tarefas; para isso, clique com o botão direito sobre a área vazia. No menu, clique no “Adicionar > Mini-aplicativo ao painel”. Vale a pena perder um pouco de tempo testando as opções disponíveis:

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Voltando ao Kcontrol, você encontra mais opções de personalização da barra de tarefas, incluindo seu tamanho, pano de fundo (a barra pode ficar transparente ou usar uma imagem qualquer como fundo), entre várias outras configurações na opção “Painéis”. Você pode até mesmo ativar uma segunda barra de tarefas, exibida no topo da tela, como usado no Gnome e no MacOS.

Componentes do KDE: Esta seção concentra algumas opções “Avançadas” relacionadas ao funcionamento do KDE. A mais importante é provavelmente a seção “Associações de Arquivos”, onde você define quais programas serão usados para abrir quais extensões de arquivos. Você pode atribuir a mesma extensão para dois ou mais programas e definir uma ordem de prioridade, onde o primeiro abre os arquivos por default, mas você pode escolher um dos outros clicando com o botão direito sobre o arquivo.

Muitos programas alteram as associações padrão ao serem instalados, assumindo a posse dos formatos de arquivos que suportam, mas você pode sempre alterar as configurações, além de criar novas associações de arquivos através do Painel.

Na opção “Gerenciador de arquivos” existem algumas opções referentes ao Konqueror, como as fontes usadas e os tipos de arquivos para os quais ele exibe previews. Na opção “Performance do KDE” existe um item importante, relacionado ao uso de memória. Selecione a opção “Minimizar uso de memória > Nunca” se você tem 256 MB de RAM ou mais, isso melhora o desempenho geral do KDE e evita alguns problemas esporádicos.

Internet & Rede: Esta seção concentra opções relacionadas à configuração da rede. A opção “Compartilhamento de Arquivos” permite criar compartilhamentos de rede Samba e NFS (os dois simultaneamente) de uma forma simples. Naturalmente, para compartilhar arquivos com máquinas Windows, é preciso que o servidor Samba esteja instalado, o que no Slackware é feito através da instalação do pacote “samba”, que faz parte da categoria N.

A opção “Compartilhamento do desktop” abre a tela de configuração do krfb, que permite compartilhar a imagem do desktop com outras máquinas da rede, para fins de suporte, enquanto a “Rede sem fio” mostra a configuração do kwifimanager, ambos disponíveis através do iniciar.

As opções “Navegador Web”, “Navegação em Rede Local” e “Proxy” estão relacionadas ao Konqueror. A primeira contém opções diversas relacionadas ao navegador, incluindo as opções de cache e relacionadas à segurança. A segunda permite configurar um usuário e senha padrão para serem usados ao visualizar os compartilhamentos de outras máquinas da rede ao usar o módulo “smb:/” do Konqueror. A última contém a configuração de proxy, caso você esteja dentro de uma rede que utilize um.

Periféricos: Nesta seção você encontra configurações relacionadas ao mouse, joystick e monitor, além de poder ver e gerenciar as impressoras instaladas. Ao contrário do que seria de se esperar, a maioria das configurações do teclado vão na seção “Regional e Acessibilidade”. Aqui você encontra apenas as opções de ajustar a taxa de repetição e o comportamento da tecla NumLock.

As opções para economia de energia do monitor estão escondidas dentro da opção “Tela > Controle de Energia”, onde você configura a economia de energia para o monitor entre as opções Standby, Suspend e Power Off.

Na opção “Tela > Tamanho e Orientação”, você encontra um pequeno utilitário que permite alterar rapidamente entre as resoluções e taxas de atualização suportadas pelo monitor. Esta opção depende da distribuição em uso ter detectado corretamente o monitor e ter configurado corretamente o arquivo “/etc/X11/xorg.conf”. Na opção “Gama” você pode ajustar via software o brilho do monitor, complementando as funções dos botões.

Regional & Acessibilidade: O KDE possui um projeto bastante abrangente de internacionalização, que consiste não apenas em traduzir a interface para os mais diversos idiomas, mas também incluir suporte a diversos layouts de teclado e outras particularidades de cada região. O suporte ao português do Brasil está entre os mais completos, concentrado no pacote “kde-i18n-ptbr”. Existem dezenas de outros pacotes de internacionalização, você pode inclusive instalar vários e configurar a língua padrão do sistema no “País/Região & Idioma > Localização”. Esta seção inclui também a configuração do teclado e também a configuração dos atalhos de sistema, feita através do “Atalhos de teclado”.

O KDE permite associar atalhos de teclados para a maioria das funções do sistema, o que você configura na seção “Atalhos de Teclado”. Se você é da velha guarda e tem saudades da época do modo texto, onde tudo era feito através de atalhos de teclado, se sentirá em casa.

Além dos atalhos de teclado relacionados às janelas e ao uso do sistema, você pode definir atalhos para abrir programas ou executar comandos diversos na seção “Teclas de Atalho” (ou “Ações de Entrada”, dependendo da versão do KDE que estiver utilizando). Parece estranho ter duas seções separadas para definir teclas de atalho, mas esta divisão até que faz um certo sentido, separando os atalhos do KDE dos atalhos “gerais” definidos para outros comandos e programas.

Por exemplo, no Windows a tecla “Print Screen” serve para tirar um screenshot da tela. No KDE você pode usar o Ksnapshot, que não apenas oferece várias opções, mas também pode salvar diretamente a imagem no formato de sua preferência, sem ter que colar em algum programa de edição de imagens e salvar através dele. Para configurar o KDE para abrir o Ksnapshot ao pressionar a tecla Print Screen, acesse o “Ações de entrada > Preset Actions > Nova Ação”.

Dê um nome à nova ação, como “PrintScreen”. Na aba “Gatilhos”, clique em “Novo > Disparo de Atalho” e, na janela que define o atalho de teclado, pressione a tecla Print Screen. Na aba “Ações”, clique em “Novo > Comando/URL” e coloque o “ksnapshot” como comando a ser executado.

Este utilitário permite definir atalhos bastante sofisticados, inclusive transmitindo comandos para outros aplicativos abertos (como fazer o XMMS avançar ou retroceder a música, por exemplo). Veja a categoria “Examples” dentro da janela para ver mais exemplos de uso.

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Som & Multimídia: O KDE 3 possui seu próprio servidor de som, o Arts. Ele coordena o acesso à placa de som, permitindo que vários programas toquem sons simultaneamente, mesmo que a placa de som não ofereça esse recurso via hardware, entre outros recursos.

Apesar de ter sido um “mal necessário” durante muito tempo, o Arts é atualmente pouco usado, pois o Alsa e consequentemente os drivers de som do Linux de uma forma geral evoluíram bastante nos últimos anos e passaram a oferecer suporte a múltiplos fluxos de áudio e outros recursos nativamente. O arts vem desativado por padrão na maioria das distribuições, deixando com que os programas acessem a placa de som diretamente. Se você tiver problemas relacionados à reprodução em alguns programas específicos, experimente ativá-lo e marcar a opção “Suspensão automática se ocioso por…”, deixando o tempo de espera em 4 segundos. Isso faz com que o Arts fique ativo apenas quando algum programa tentar usá-lo, sem ficar bloqueando a placa de som o tempo todo.

Ao ativar o Arts, você pode ajustar a prioridade do servidor de som e também o tamanho do buffer de áudio (opção Buffer de Som). Você pode diminuir bastante a utilização do processador ao ouvir música e de quebra ganhar imunidade contra eventuais falhas nos momentos de atividade simplesmente aumentando o buffer para 400 ms ou mais. Assim o sistema passa a contar com uma reserva maior e pode utilizar melhor os tempos ociosos do processador para decodificar o áudio.

O KDE é capaz de ripar CDs de música nativamente. Experimente colocar um CD de música no drive e acessar o endereço “audiocd:/” no Konqueror. Ele exibe as faixas de um CD de áudio na forma de arquivos .mp3, .ogg e .wav, em pastas separadas. Arraste a pasta com o formato desejado para o desktop e o CD de música é ripado e convertido automaticamente. O mesmo pode ser feito através do Kaudiocdcreator, que oferece uma interface mais parecida com um ripador de CDs. Em qualquer um dos dois casos, você pode ajustar a qualidade dos arquivos .mp3 ou .ogg gerados através da opção “CDs de Áudio”.

Na seção “Notificações do Sistema” estão disponíveis também as opções de avisos sonoros e visuais do sistema de uma forma geral.

Barra de tarefas: A barra de tarefas e menu iniciar do KDE é batizada de kicker. Por default, a barra tem 46 pixels de altura (o que é mais do dobro da altura da barra do Windows XP, por exemplo) e exibe duas colunas de botões de aplicativos na barra de tarefas, uma configuração que a maioria dos usuários acha estranha e até desconfortável.

Entretanto, a configuração pode ser alterada rapidamente clicando com o botão direito sobre uma área livre da barra e acessando o “Configurar Painel”. Ajustando o tamanho como “pequeno” a barra fica com 30 pixels de altura (o tamanho preferido pela maioria) mas você tem a opção de ganhar alguns pixels de área útil na tela usando o “minúsculo”, que deixa a barra com apenas 24 pixels:

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Se você quiser que a barra fique centralizada (no estilo da barra do XFCE ou do Dock do OS X) reduza o comprimento para 80% e centralize usando os retângulos no “Posição”. Nesse caso, você talvez queira marcar a opção “Ocultação > Permitir que outras janelas cubram o painel”, para que as janelas possam sobrepor o painel quando maximizadas.

Na seção “Menus” você pode desativar a exibição dos últimos aplicativos usados no topo do iniciar e também remover os ícones de ações que você não utiliza, como o “Executar Comando” (que você pode acessar mais rapidamente pressionando Alt+F2) ou o “Ajuda”.

Similarmente, você pode remover o applet para o Pager (que permite chavear entre as diferentes áreas de trabalho) na barra de tarefas, e passar a alternar entre elas usando o Ctrl+F2, Ctrl+F3, etc. O pager ocupa muito espaço na barra e os atalhos de teclado acabam sendo mais rápidos.

Voltando às opções, por default são exibidos pop-ups com dicas quando você passa o mouse sobre os botões na barra, o que é uma ajuda bem-vinda para quem está se familiarizando com o sistema, mas acaba se tornando incômodo com o tempo. Você pode desativá-los desmarcando o “Habilitar efeitos quando o mouse passar” na seção “Aparência”.

Clicando no “Opções Avançadas”, você tem a opção de ocultar, ou de deixar visíveis os separadores, que permitem arrastar os componentes da barra. O ideal é que, depois de ajustar tudo a seu gosto, você remova os separadores usando o “ocultar”, aumentando o espaço útil na barra.

Aproveite para reduzir também o tamanho do botão de ocultação para 3 pixels. Como ele fica no canto da tela, você não precisa vê-lo para ativá-lo, já que basta levar o mouse até o extremo da tela e clicar. Caso você tenha marcado o “Habilitar transparência” no menu anterior, as opções com a cor de tinta e quantidade de tinta permitem ajustar o nível de opacidade do menu:

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Concluindo, aproveite para desmarcar a opção “Mostrar janelas de todas as áreas de trabalho” na seção “Barra de tarefas”, já que ela elimina o propósito de usar várias áreas de trabalho como uma maneira de dividir os aplicativos abertos. Outra opção polêmica é a “Agrupar tarefas similares” (que faz com que o kicker agrupe diferentes janelas de um mesmo aplicativo em um menu), que a maioria prefere manter como “Nunca”. Concluindo, você pode querer mudar a opção “Aparência” de “Elegante” para “Clássico”, o que faz com que os aplicativos na barra de tarefas sejam exibidos como botões.

Um item de que você provavelmente sentirá falta é o botão para mostrar a área de trabalho, que permite que você volte os desktop sem precisar minimizar cada uma das janelas abertas. Para adicioná-lo, basta clicar sobre a barra, usar o “Adicionar mini-aplicativo ao painel” e escolher o “Mostrar área de trabalho”. Aproveite para adicionar outros applets que você costuma utilizar, como os botões para travar e sair e o relatório do tempo. Você pode também arrastar ícones do iniciar para a barra, deixando as funções mais usadas à mão.

Se a fonte terrivelmente feia dos números do relógio estiver te incomodando, clique sobre ele para acessar o “Configurar relógio” e mude o tipo de relógio para “Relógio Comum”. Desative a exibição de data e ajuste a fonte a seu gosto.

Mais dicas: Embora à primeira vista pareça ser um pacote único, o KDE é na verdade composto por um conjunto de aplicativos mais ou menos independentes. O componente que mostra a barra de tarefas, onde vai o relógio, iniciar e outros applets, é o kicker. O componente que mostra os ícones, papel de parede e outros componentes do desktop é o kdesktop, enquanto que o kwin é responsável pelo gerenciamento e exibição das janelas dos programas.

Você pode brincar um pouco com estes componentes experimentando ver o que acontece ao desativar cada um. Pressione Alt+F2 para abrir o “Executar Comando” do KDE e execute o comando “killall kicker”. Você vai notar que a barra de tarefas sumiu. Você não tem mais a lista de janelas e os programas desaparecem ao serem minimizados. Pressione Ctrl+F2 novamente e execute o comando “kicker”. Tudo volta à normalidade.

Experimente fazer o mesmo com o kwin. Ao fechá-lo, as janelas ficam “grudadas” na tela, você não consegue mais minimizar nem movê-las, mas ao reabri-lo tudo volta ao normal. Fazendo o mesmo com o kdesktop, você vai perceber que os ícones e o papel de parede do desktop desaparecem.

Às vezes acontece de um destes componentes travar (principalmente o kicker), causando os mesmos sintomas que você acabou de ver. Nestes casos, ao invés de reiniciar o X ou, pior, reiniciar o micro, você pode simplesmente pressionar Alt+F2 e reabrir o componente, sem prejudicar o que estava fazendo.

Você pode ver mais detalhes sobre os componentes e arquivos de inicialização do KDE no: http://www.kde.org/areas/sysadmin/.

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