Elastômero ou Pasta Térmica?
Este tutorial visa ajudar a todos que já tiveram a dúvida acima: Qual usar, elastômero ou pasta térmica?
Todos aqui que já compraram um cooler, seja Intel ou AMD, já deve ter reparado que boa parte deles vêm com uma "borrachinha" achatada na parte de baixo (base do dissipador). Esta "borrachinha" é chamada de elastômero; pode ser de variadas cores (já cansei de ver preto, rosa e verde), densidades e tamanhos. Mas a função dele é uma só: otimizar a troca de calor entre o núcleo do processador e a base metálica do dissipador.
O dissipador normalmente é feito de alumínio, mas o material pode variar bastante. Os dissipadores mais caros (e mais eficientes) são feitos totalmente de cobre (vide o AVC Tundra) ou possuem uma pastilha de cobre na base, com o intuito de roubar calor mais rapidamente do processador (visto que o cobre tem melhor condutividade térmica).
Voltando ao assunto, quando você encaixa o cooler no processador, o elastômero fica entre o dissipador e o núcleo do processador. Quando o computador é ligado, o núcleo do processador esquenta e derrete o elastômero, que se molda em torno do mesmo. Dessa forma, o elastômero ocupa as pequenas frestas (na maioria das vezes microscópicas) do dissipador e do núcleo do processador, que normalmente são ocupadas por ar. E o ar, todos sabem, é péssimo condutor de calor.
E agora chega a dúvida mais comum: Qual é a melhor opção? Pasta térmica ou o elastômero???
Em alguns casos, você não vai nem ter essa opção, visto que nem todos os coolers vêm com elastômero. Mas caso tenha que escolher entre um dos dois, não hesite: Vá de pasta térmica.
A pasta térmica tem a mesma finalidade e é usada do mesmo jeito. E segue ainda o mesmo princípio (ocupar as frestas para otimizar a troca de calor). Mas por quê ela é mais eficiente???
As pastas térmicas são encontradas em forma de pasta (!) ou gel, e são muito mais eficientes no trabalho de ocupar as tais frestas microscópicas. O elastômero, quando derrete, além de não ficar tão fluido como a pasta, ainda demora para derreter. Já presenciei casos em que o elastômero, de péssima qualidade, demorou a derreter e acarretou efeito contrário ao proposto: em vez de ajudar, atrapalhou a transferência de calor, gerando a queima do processador. Incrível, ele mais atrapalha do que ajuda. Além do mais, se você tentar retirar o cooler depois do elastômero derretido, vai ter que passar pasta do mesmo jeito, visto que o elastômero estará arruinado (todo derretido e grudento, como um chiclete mesmo). E vai dar mais trabalho, pois você terá que raspar todo o elastômero derretido, deixar a base lisinha novamente e aí aplicar a pasta.
Também não recomendo usar a combinação Elastômero + pasta. Esta combinação só atrapalha ainda mais a troca de calor, pois a pasta não entra em contato diretamente com a base do dissipador, e o elastômero pode até não derreter (por não entrar em contato com o núcleo). A chance de queimar o processador é grande. Quanto menos material existir entre o dissipador e o núcleo, melhor. E no caso do elastômero, ele não cobre só as frestas microscópias. Ele fica ainda entre o núcleo e o dissipador, prejudicando o contato direto entre as superfícies.
A melhor opção para o seu processador, seja ele qual for, é mesmo a pasta térmica. Use em pequena quantidade, apenas para UNTAR a superfície do núcleo. Lembre-se que a pasta não é recheio de sanduíche: ela serve apenas para ocupar as frestas microscópicas! A camada deve ser quase transparente! Muita pasta também pode surtir efeito contrário, embora de proporções bem menores que o elastômero. Quando você encaixa o cooler no processador (e no soquete) a pressão é grande, e todo o excesso vai sair pelas bordas. O problema é que se você colocar muita pasta, e ela sair pelas bordas, vai fazer uma grande sujeira no seu processador. E se a pasta usada for as pastas do tipo Artic Silver (à base de prata), o estrago pode ser maior, visto que as mesmas têm propriedades condutivas. No caso dos Athlons, Durons e T-Birds, você pode ter o azar de cair pasta condutiva em cima das pontes, podendo até mesmo gerar um curto.
:arrow: Para remover o elastômero:
Primeiramente, você vai precisar de uma lâmina de barbear (comumente chamada de "Gilete"

Raspe a superfície do dissipador, de forma a retirar todo o elastômero aplicado. Se feito com cuidado, o elastômero sai todo de uma vez. Se não sair, continue raspando (cuidado para não arranhar a superfície do dissipador).
Depois, pegue um pedaço de palha de aço (comumente chamada de "Bombril"
