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ignacho
ignacho Zumbi Registrado
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O tópico definitivo contra mitos sobre UEFI no GNU/Linux

#1 Por ignacho 05/05/2014 - 15:50
Este tópico tem o objetivo de desmentir as baboseiras mais comuns escritas sobre este assunto, dado que muitas publicações populares sobre o Linux estão gerando uma grande desinformação sobre o assunto. Então apresento uma espécie de uma FAQ sobre os mitos, dividido em duas partes: na primeira, faço uma abordagem geral sobre o que é o UEFI, e na segunda, esclareço sobre os mitos mais recorrentes que aparecem nestas situações. Este tópico tem um foco mais no Linux, visto que a maioria dos mitos sobre o assunto têm sido direcionados à ele.


O que o é UEFI?
UEFI é uma sigla para Unified Extensible Firmware Interface. Ele é uma especificação que define os projetos de firmware e a sua interface com o sistema operacional.

Quem desenvolve o UEFI?
O UEFI é desenvolvido por um fórum, do qual participam várias empresas. Uma lista completa delas está disponível aqui: http://www.uefi.org/members


O que é Secure Boot (algumas vezes também chamado de Protected Boot)?
O Secure Boot é um recurso do UEFI (cuja implementação depende do OEM) que permite que apenas sistemas operacionais com uma chave de segurança válida inicialize. Isso evita que malwares contaminem a inicialização do sistema.


Quais são as vantagens do UEFI? O BIOS já estava aí, consolidado há quase 30 anos... ...pra que trocar?
Computadores evoluem. O BIOS é um padrão dos tempos em que Bill Gates dizia que 640 KB eram suficientes para qualquer um. Pois bem, é mais ou menos por aí. O BIOS só consegue acessar 1 MB de memória, e seu Core i7 com 8 GB de RAM se comporta exatamente como um 8088, rodando em 16 bits. Há ainda outros problemas, como a questão do particionamento MBR, conflitos de IRQ, lentidão no processo de detecção de hardware, dentre outras dificuldades técnicas para o desenvolvimento de um firmware BIOS. Com o UEFI, essas limitações acabaram, além de permitir a possibilidade de interfaces gráficas antes da inicialização do sistema operacional, suporte à IP v6 durante o boot e suporte nativo a múltiplos sistemas operacionais. Na verdade, o BIOS sequer tem noção do que seja um sistema operacional, ele apenas inicializa o código no MBR do primeiro HD, que no caso, é do gerenciador de boot.


O UEFI trata de resolver isso com um suporte a um novo de particionamento nos HDs (o padrão GPT), rodando no mesmo modo do processador (se o seu processador é de 64 bits, o seu firmware também vai ser de 64 bits), aumentando a eficiência da inicialização e dando um fim às várias limitações existentes no BIOS.


O que é o GPT?
GUID (Global Unique Identifier) Partition Table. Este novo formato de tabelas de partição acaba com as limitações do velho MBR (Master Boot Record) de suportar apenas 4 partições primárias. Para que pudesse gerar mais partições de um dispositivo de armazemaneto MBR, foi criado uma gambiarra chamada de partição estendida. O formato GPT acaba com as partições estendidas, suportando o uso de até 128 partições “primárias”. Além disto, o GPT também acaba com a limitação dos 2 TB que existia no MBR. Algumas implementações do BIOS até suportam o GPT, mas isso geralmente é algo bastante problemático.


Como faço para verificar se o sistema está inicializado com UEFI ou com BIOS?
Verifique a presença da pasta /sys/firmware/efi. Se ela estiver presente, o PC está com o UEFI ativado.
Responder
ignacho
ignacho Zumbi Registrado
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#2 Por ignacho
05/05/2014 - 15:51

Parte 2: Mitos comuns



O UEFI é um lixo, olhe o que aconteceu com os laptops da Samsung
O caso dos laptops da Samsung ocorre devido à uma falha no firmware no momento em que o kernel utiliza mais de 50% da NVRAM. O problema está no firmware da Samsung, e não no UEFI.


É necessário comprar uma chave UEFI para criar ou instalar um sistema operacional compatível com UEFI
O UEFI é uma especificação aberta. Não existe nenhum encargo para desenvolver um sistema operacional compatível com UEFI. Mais: os desenvolvedores de firmware também não precisam pagar nenhum tipo de taxa para desenvolver um firmware UEFI.


IS THERE A CHARGE TO USE THE UEFI SPECIFICATION?
There is no charge for use of the specification itself. The promoters of UEFI specifications have agreed that any IP needed to implement the specification will be made available on reasonable and non-discriminatory terms.
http://www.uefi.org/faq



O UEFI é uma invenção da Microsoft para acabar com o GNU/Linux.
Tem gente que adora umas teorias da conspiração. O UEFI na verdade foi criado para resolver uma série de problemas e limitações geradas pelo BIOS. Além disso, como já colocado anteriormente, o UEFI na verdade é um fórum, do qual participam várias empresas e contribuidores. Na lista de contribuidores, constam inclusive a Canonical, a Red Hat e a Linux Foundation.

UEFI e Secure Boot são a mesma coisa. Para um sistema operacional ser compatível com UEFI, ele também tem que suportar o Secure Boot.
O UEFI é uma especificação. O Secure Boot é um recurso previsto dentro do UEFI, mas a implementação do Secure Boot, de acordo com a especificação UEFI, não é obrigatória, ficando a critério do OEM a sua implementação. Caso o sistema operacional seja compatível com UEFI, mas não suporte o Secure Boot, ele poderá ser instalado em qualquer dispositivo UEFI (sem o uso do modo Legacy BIOS) que permita desativar o Secure Boot.


O Secure Boot é uma invenção da Micosoft para combater o GNU/Linux
O Secure Boot tem o objetivo de combater malwares que tentam serem carregados junto com o sistema operacional, e como já dito anteriormente, está previsto na especificação do UEFI, porém sua implementação é opcional. O que a Microsoft fez foi apenas tornar o seu uso mandatório para a certificação do Windows 8, entretanto a opção de desativá-lo continua presente nas configurações na plataforma PC. É importante notar que não há nenhum problema com o Secure Boot em si. Ele não é um vilão. Entretanto, em determinados casos (geralmente em smartphones e tablets), a forma como o OEM gerencia o Secure Boot pode realmente atrapalhar a instalação de outros sistemas operacionais. Ou seja, o problema não é a ferramenta em si, mas a forma como ela pode ser usada.

O GNU/Linux não suporta UEFI, portanto, ao instalar uma distribuição Linux, deve-se entrar no setup e colocar o modo Legacy BIOS
O kernel Linux pode se autoinicializar como um arquivo .efi desde a versão 3.3. Além disso, existe o suporte por parte dos gerenciadores de boot, como GRUB2, SYSLINUX, Gummiboot e rEFInd. E várias das principais distros já incorporam os componentes e configurações necessárias para o suporte.


Mas minha distro não inicializa no UEFI, eu tenho que botar no Legacy BIOS
Existem quatro falhas comuns nestes casos:
1. Baixar a versão de 32 bits da distribuição. Geralmente o UEFI só é suportado pela versões de 64 bits.
2. Uso de aplicativos ruins para gravação de ISOs no pendrive, tais como o Unetbootin.
3. Usar uma versão antiga da distro
4. Em alguns casos, é necessário desativar o Fast Boot no setup.


Minha querida refusefuqui não suporta UEFI. Isso é uma afronta à minha liberdade de instalar minha linda e bela refisefuqui. Malditos porcos capetalistas da M$, isso é um ataque à “comunidade”.
É, essa está no meio da lista de mitos, mas é verdade. Sua refisefuqui de fato não suporta UEFI. “Desenvolvedores” de refisefuquis não se preocupam em incluir o suporte à UEFI nas mídias e no instalador, apesar de que todas as aplicações do upstream relativas à inicialização do sistema suportam UEFI e podem ser utilizadas por qualquer pessoa, já que são GPL ou outra licença de software livre. Vá usar uma distro séria ou então venha até Salvador, pegue um ônibus que passe no Campo Grande e chore no pé do caboclo.


Canonical, Red Hat, SUSE e Linux Foundation estão pagando para a Microsoft pelo uso do UEFI e do Secure Boot
Como já dito anteriormente, o UEFI não cobra pelo uso do sistema operacional. Quanto às chaves para uso do Secure Boot, elas não são vendidas pela Microsoft, mas sim por autoridades certificadoras, como por exemplo, a VeriSign.


O GPT é uma invenção da Microsoft para gerar problemas de compatibilidade do HD com o GNU/Linux
O formato GPT é suportado pela libparted (estável) e libdfisk (ainda experimental). Além disso, os gerenciadores de boot (com exceção de antiguidades como o LILO e o GRUB Legacy) suportam o GPT. O problema é que muitas vezes os tutorais orientam as pessoas a ativarem o modo Legacy BIOS no setup, e o suporte à GPT via BIOS é precário, isso quando não é inexistente.


Mas pra que UEFI? É só complicação. É só botar o modo Legacy BIOS no setup e ser feliz
O modo Legacy é algo provisório. Essa emulação de BIOS tende a desaparecer com o tempo. Além do mais, ele retira as vantagens do uso do UEFI. É um típico procedimento que não ataca a raiz do problema.


_____________________________________________________-

Tem mais algum mito? Poste aqui que eu incluo no tópico. smile.png


Valeu!!!
...
Cãomandante
Cãomandante Cyber Highlander Registrado
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#3 Por Cãomandante
05/05/2014 - 18:48
Bom tópic!
punk.gif
No meu note se habilito UEFI não acesso nenhum dos dois SOs
Ubuntu 14.04 e Win 8
Qual o "segrêdo" para acessar, inicializar os dois SOs em UEFI?
Quando fui tentar instalar o Ubuntu 14 no note, pór orientação da p´rppria Acer me aconselharam desabilitar o UEFI e habilitar Legacy
Porém,
Meu note está agora configurado em Legacy e funcionando muito bem, sem nenhum problema que venha prejudicar a sua performance, estabilidade, etc.
Também conhecido por
A.Italo
ignacho
ignacho Zumbi Registrado
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#6 Por ignacho
05/05/2014 - 21:00
Bom, tem o fato do seu processador não operar como um processador de 16 bits, tem o GOP (Grapichs Output Protocol), um modelo mais moderno do que aquele velho VESA, que faz uma transição mais elegante entre a tela de inicialização do PC e tela de inicialização do SO, tem a possibilidade do uso do Secure Boot (que também é suportado pelo Ubuntu, embora algumas vezes não funcione a contento), possibilidade de boot mais rápido em determinados casos...

São detalhes que geralmente passam despercebidos durante o uso cotidiano do Linux. Por exemplo, o mesmo acontece com Wayland (protocolo de servidor gráfico), systemd (sistema de gerenciamento de serviços para Linux), PulseAudio (servidor de som). PulseAudio é um típico exemplo disso. Durante muito tempo, quado havia algum problema com o áudio, a "solução" que o pessoal dava era desinstalá-lo. Mas são coisas que adicionam robustez ao Linux.
...
AndeOn
AndeOn Super Participante Registrado
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#7 Por AndeOn
05/05/2014 - 21:01
Ótimo tópico, Ignacho!

Mas as preocupações dos usuários são legitimas devido a praticas sujas que aconteceram no decorrer da historia do "mercado" da informática, claro que não se pode criar inverdades, mas deve se manter ligado !Foi que nem o caso de espionagem muitos tiravam o sarro da teoria de conspiração, e muitas delas tem se tornado verdadeiras.

Aqui tinha uma recomendação pela Linux Foundation:

http://www.linuxfoundation.org/publications/making-uefi-secure-boot-work-with-open-platforms

Teve muita conversa e acerto nos bastidores antes de ter chegado em uma solução e consenso para o linux rodar adequadamente minha posição é confiar desconfiando. Na época estava acompanhado o blog http://blog.hansenpartnership.com/
Andeon's - http://andeons.com

Assuntos diversos, tirinhas, Linux e GIMP
Freud jr
Freud jr Tô em todas Registrado
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#8 Por Freud jr
05/05/2014 - 21:08
Cãomandante disse:
Pos é!
Até os OEM!
Qual a diferença em rodar os SOs entre UEFI e legacy?
Performance, estabilidade, segurança, mais velocidade nos programas em geral, etc?


O UEFI /GPT tem a idéia de melhorar o antigo sistema MBR e suas partições.
Sim, é trazer mais segurança e estabilidade. O sistema MBR não tem suporte a mais de 5 partições primárias (não lembro se era cinco ou menos), já o GPT tem um suporte bem maior. A MBR não consegue lidar com partições muito grandes (terabytes, e por ai a fora), já o GPT consegue. Entre essas e outras coisas ele se diferencia do MBR que está muito obsoleto.

Porém, criaram o security boot (precisam de uma chave de acesso), a idéia era evitar que programas maliciosos fizessem a festa na "Bios" e componentes de Hardware por exemplo.

Para o Gnu/Linux. ele tem que ter essa chave para poder instalar, coisa que o pessoal do Fedora e outros já providenciaram.

Mas tenho lá minhas dúvidas ainda.

T+
DEUS é bom!Desistir jamais!
Voltei!!!!!!!comemorando.gif
Vendo capacete de moto. Interessados pm.
ignacho
ignacho Zumbi Registrado
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#9 Por ignacho
05/05/2014 - 23:07
AndeOn disse:
Ótimo tópico, Ignacho!

Mas as preocupações dos usuários são legitimas devido a praticas sujas que aconteceram no decorrer da historia do "mercado" da informática, claro que não se pode criar inverdades, mas deve se manter ligado !Foi que nem o caso de espionagem muitos tiravam o sarro da teoria de conspiração, e muitas delas tem se tornado verdadeiras.

Aqui tinha uma recomendação pela Linux Foundation:

http://www.linuxfoundation.org/publications/making-uefi-secure-boot-work-with-open-platforms

Teve muita conversa e acerto nos bastidores antes de ter chegado em uma solução e consenso para o linux rodar adequadamente minha posição é confiar desconfiando. Na época estava acompanhado o blog http://blog.hansenpartnership.com/


É, só que aí vem a mania de querer acusar tudo de prática suja. Criar um esquema para o uso de chaves de Secure Boot é algo realmente complicado, não só para o Linux, mas também para a Microsoft e o fórum UEFI. Observe que drivers e módulos de terceiros podem acabar tendo problemas para funcionar, como é o caso do VrtualBox, e de drivers da AMD e da nVidia.

Em todo caso, o vilão não é o Secure Boot. O que tem que se atentar é a forma como ele é gerenciado.

Freud jr disse:
O UEFI /GPT tem a idéia de melhorar o antigo sistema MBR e suas partições.
Sim, é trazer mais segurança e estabilidade. O sistema MBR não tem suporte a mais de 5 partições primárias (não lembro se era cinco ou menos), já o GPT tem um suporte bem maior. A MBR não consegue lidar com partições muito grandes (terabytes, e por ai a fora), já o GPT consegue. Entre essas e outras coisas ele se diferencia do MBR que está muito obsoleto.

Porém, criaram o security boot (precisam de uma chave de acesso), a idéia era evitar que programas maliciosos fizessem a festa na "Bios" e componentes de Hardware por exemplo.

Para o Gnu/Linux. ele tem que ter essa chave para poder instalar, coisa que o pessoal do Fedora e outros já providenciaram.

Mas tenho lá minhas dúvidas ainda.

T+


MBR são até 4 partições primárias. O GPT aumentou esse limite para 128.

Quanto à necessidade da chave, é importante esclarecer que ela advém do Secure Boot, e não do UEFI em si.
...
Freud jr
Freud jr Tô em todas Registrado
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#10 Por Freud jr
06/05/2014 - 22:56
ignacho disse:
É, só que aí vem a mania de querer acusar tudo de prática suja. Criar um esquema para o uso de chaves de Secure Boot é algo realmente complicado, não só para o Linux, mas também para a Microsoft e o fórum UEFI. Observe que drivers e módulos de terceiros podem acabar tendo problemas para funcionar, como é o caso do VrtualBox, e de drivers da AMD e da nVidia.

Em todo caso, o vilão não é o Secure Boot. O que tem que se atentar é a forma como ele é gerenciado.



MBR são até 4 partições primárias. O GPT aumentou esse limite para 128.

Quanto à necessidade da chave, é importante esclarecer que ela advém do Secure Boot, e não do UEFI em si
.


Bem lembrado ignacho.

Viu!
Eu acabo esquecendo algumas coisas rindo_ate_agora.png.
Não esqueço a cabeça porque ela ainda está colada no pescoço rsrssr.

Bem colocado sobre a chave ser algo do security boot e não do UEFI.

T+
DEUS é bom!Desistir jamais!
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Vendo capacete de moto. Interessados pm.
ignacho
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#11 Por ignacho
07/05/2014 - 17:45
Dei uma editada no segundo post apara esclarecer melhor essa questão.

UEFI e Secure Boot são a mesma coisa. Para um sistema operacional ser compatível com UEFI, ele também tem que suportar o Secure Boot.
O UEFI é uma especificação. O Secure Boot é um recurso previsto dentro do UEFI, mas a implementação do Secure Boot, de acordo com a especificação UEFI, não é obrigatória, ficando a critério do OEM a sua implementação. Caso o sistema operacional seja compatível com UEFI, mas não suporte o Secure Boot, ele poderá ser instalado em qualquer dispositivo UEFI (sem o uso do modo Legacy BIOS) que permita desativar o Secure Boot.




E com a adição das considerações do AndeOn, eu resolvi dar uma modificada netsa parte. Segue o novo texto:


O Secure Boot é uma invenção da Micosoft para combater o Linux
O Secure Boot tem o objetivo de combater malwares que tentam serem carregados junto com o sistema operacional, e como já dito anteriormente, está previsto na especificação do UEFI, porém sua implementação é opcional. O que a Microsoft fez foi apenas tornar o seu uso mandatório para a certificação do Windows 8, entretanto a opção de desativá-lo continua presente nas configurações na plataforma PC. É importante notar que não há nenhum problema com o Secure Boot em si. Ele não é um vilão. Entretanto, em determinados casos (geralmente em smartphones e tablets), a forma como o OEM gerencia o Secure Boot pode realmente atrapalhar a instalação de outros sistemas operacionais. Ou seja, o problema não é a ferramenta em si, mas a forma como ela pode ser usada.


Edit: atualizei esta outra parte para evitar um mal entendido Acrescentei a parte em negrito.

Canonical, Red Hat, SUSE e Linux Foundation estão pagando para a Microsoft pelo uso do UEFI e do Secure Boot
Como já dito anteriormente, o UEFI não cobra pelo uso do sistema operacional. Quanto às chaves para uso do Secure Boot, elas não são vendidas pela Microsoft, mas sim por autoridades certificadoras, como por exemplo, a VeriSign.
...
Marcos FRM
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#12 Por Marcos FRM
07/05/2014 - 18:18
Quem quiser fazer dual boot com o Windows 8 pré-instalado, terá que manter o modo UEFI. Pois, ao mudar para o modo Legacy, o Windows 8 precisará ser reinstalado. Apenas desativar o Secure Boot não impedirá a inicialização do Windows 8 e é a melhor forma de fazer dual boot*.

* Mais de uma vez usuários abriram tópicos aqui relatando que o Ubuntu (não lembro as versões) não achava o Windows nesse cenário. Eu acho que é bug do Ubuntu. Quando fiz isso, o openSUSE 12.3 funcionou perfeitamente bem em dual boot com o Windows 8 em UEFI (sem secure boot na época). O único cuidado que tive foi redimensionar o volume do Windows antes pelo seu próprio gerenciador de discos para já ter espaço não particionado para o openSUSE depois.
...
rubensk8
rubensk8 Geek Registrado
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#14 Por rubensk8
07/05/2014 - 18:35
ignacho disse:

Como faço para verificar se o sistema está inicializado com UEFI ou com BIOS?
Verifique a presença da pasta /sys/firmware/efi. Se ela estiver presente, o PC está com o UEFI ativado.


Interessante! É por isso que no site do ubuntu pede para rodar o comando:

$ [ -d /sys/firmware/efi ] && echo "EFI boot on HDD" || echo "Legacy boot on HDD"

Se o resultado for "Legacy boot on HDD", o BIOS não é do tipo UEFI ou o BIOS não está configurado para inicializar no modo UEFI.

https://help.ubuntu.com/community/UEFI


UEFI:

Sistema Operacional 64 bit e HD com GPT

.
Marcos FRM
Marcos FRM Highlander Registrado
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#15 Por Marcos FRM
07/05/2014 - 20:39
Marcos FRM disse:
[...] Apenas desativar o Secure Boot não impedirá a inicialização do Windows 8 e é a melhor forma de fazer dual boot*.


Ah, e, se a distro suportar Secure Boot, não precisa mexer em nada, só no máximo mudar a ordem de boot (e não usar os UNetbootin da vida).

ignacho disse:
https://bugs.launchpad.net/ubuntu/precise/+source/grub2/+bug/807801
https://bugs.launchpad.net/ubuntu/+source/grub2/+bug/1024383


É, eu lembro de ter participado em dois tópicos aqui onde o Ubuntu se mostrou problemático. Tomara que na versão 14.04 esteja tudo resolvido.
...
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