O problema é também uma solução.
Quero, por exemplo, montar rapidamente uma máquina para um estúdio de gravações, com kernel real time: Ubuntu Studio facilita isso.
Quero uma máquina para edição de vídeo: Ubuntu Studio novamente.
Quero uma máquina para investigações de informática forense, que monte os dispositivos de armazenamento no modo somente leitura: Caine.
Enquanto isso, temos uma dúzia de sistemas genéricos desenvolvidos por grandes empresas: Ubuntu, Suse, Fedora, Red Hat, etc.
Centralizar tudo em apenas UM LINUX PARA TODOS é a negação do impulso que moveu a criação do Linux. Software LIVRE.
O que podemos dizer é: recomendamos o uso das distros "comerciais" para a adoção em massa. Para usuários conhecedores, deixamos que escolham as distros de nicho. Dificilmente Linux desbancará Windows no mercado, pois para isso seria necessário vir pré instalado em milhões de máquinas, e também precisaria resistir ao efeito manada.
Eu iniciei com o Mandrake Linux, por recomendação do meu professor, que fez a instalação do servidor e da rede na minha produtora de áudio. Quando já estava habituado, comecei a explorar outras opções. Adotei o Kurumin em casa, porque o Mandrake não conseguia fazer funcionar alguns elementos do hardware do computador que tinha na época. Após um tempo de pesquisa e luta infrutífera, descobri que o Kurumin resolvia o meu problema. Quando o Kurumin foi descontinuado, decidi optar por uma distro fortemente estabelecida no mercado, e escolhi o Ubuntu, que uso até hoje, na forma original ou de seus derivados. Aliás, um dos critérios que segui para trocar o Kurumin pelo Ubuntu foi o tipo de empacotamento Linux de software. Permanecendo com pacotes .deb, em vez de trocar para pacotes .rpm, a transição foi facilitada.
Então, quem se volta para os números de adoção do seu "time", vê uma derrota. Por outro lado, quem só quer algo que funcione e faça mais sentido para si, não se preocupa tanto.
Mais alguns centavos de prosa: meu smartphone principal é Android. Há anos, quando troco de aparelho, escolho Motorola, porque prefiro um Android mais limpo ao altamente modificado e cheio de bloatware da Samsung, por exemplo. No entanto, Parece-me que Samsung lidera o mercado de smartphone Android. Pra mim isso não impressiona... Talvez troque por um Asus na próxima vez.
ivoaudio
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