Zuckerberg fala em combate à censura, irrita governo Lula e acaba com checagem de fatos; entenda

A volta de Trump ao poder parece estar desencadeando um verdadeiro reajuste de rota nas decisões de pessoas que ditam os rumos da comunicação online com suas plataformas. Nesta terça-feira (7), Mark Zuckerberg, CEO da Meta, anunciou o fim do que era conhecido como “checagem independente de fatos“, substituindo-a pelas chamadas “notas da comunidade”, um modelo semelhante ao aplicado no X, de Elon Musk.

 

Relação entre Zuckerberg e Trump chama a atenção

A relação entre a decisão de Zuckerberg e a reeleição de Trump parece evidente para muitos analistas. Vale lembrar que Zuckerberg doou US$ 1 milhão ao fundo inaugural que financiará a cerimônia de posse do presidente eleito. Além disso, a Meta se comprometeu a trabalhar com o governo Trump para pressionar países ao redor do mundo que estão exigindo que empresas americanas ampliem os níveis de censura.

Estratégia empresarial ou alinhamento ideológico?

Embora a decisão de buscar um espaço mais amplo e plural para o discurso seja bem-vinda, é evidente que os movimentos de Zuckerberg representam uma estratégia empresarial relevante para os negócios da Meta. Da mesma forma, a aliança de Musk com Trump vai além do campo ideológico. Além do alinhamento de ideias, certas decisões do governo Trump podem impactar positivamente inúmeros negócios de Musk. A recente escalada do patrimônio do magnata reforça essa perspectiva.

Críticas da esquerda à mudança da Meta

Por outro lado, a nova postura de Zuckerberg e da Meta, controladora de gigantes como Facebook, Instagram e WhatsApp, tem gerado ruído entre setores alinhados à esquerda. Personalidades dessa corrente ideológica já criticam a decisão, especialmente diante do discurso enfático de Zuckerberg, que declarou: “É hora de voltar às nossas raízes em torno da liberdade de expressão. Chegou a um ponto em que há muitos erros e muita censura.”

Reações no Brasil: Governo Lula e MPF se posicionam

Alguns políticos brasileiros também se manifestaram contrários a essa mudança. O secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação do governo Lula, João Brant, afirmou que “a Meta vai dar total peso à liberdade de expressão individual e deixará de proteger direitos individuais e coletivos”, abrindo espaço para o que ele classifica como “ativismo da extrema-direita.”

O Ministério Público Federal (MPF) também já destacou que acompanhará de perto a implementação das novas regras anunciadas por Zuckerberg no Brasil, uma vez que o executivo citou, inicialmente, o início do modelo nos Estados Unidos. A expansão para outros mercados deve ocorrer futuramente.

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