Comparativo de desktops: Zenwalk, Salix OS e GoblinX

Comparativo de desktops: Zenwalk, Salix OS e GoblinX

Desktop comparison – Zenwalk Linux, Salix OS and GoblinX
Autor original: Bernard Hoffmann
Publicado originalmente no:
distrowatch.com
Tradução: Roberto Bechtlufft

A definição de distro “pesada” varia bastante de acordo com o hardware de cada um e de sua predisposição em sacrificar o desempenho em prol de um desktop útil, funcional e amigável. Não deve haver dúvida de que, por padrão, algumas distribuições ? e consequentemente seus ambientes de desktop ? são mais pesadas do que outras, e volta e meia a equipe do DistroWatch e de outros sites recebe pedidos para recomendar uma distro que funcione bem em hardware antigo, mas que também tenha visual agradável e ferramentas para qualquer trabalho.

Eu sou um grande fã do Slackware, porque ele é uma distro extremamente limpa, estável e mais rápida do que as outras. Também gosto de distribuições baseadas no Xfce ? elas são rápidas, simples e elegantes. Para quem quiser começar com algo um pouco mais amigável, há vários derivados que dão conta do recado muito bem, mas superficialmente eles são muito parecidos, e usuários vindos de distros que usem pacotes DEB ou RPM podem ficar meio perdidos sem saber qual experimentar. Afinal de contas, será que a única diferença entre elas está em seus papéis de parede e versões do kernel? Esta semana vou dar uma olhada nas versões mais recentes do Zenwalk Linux, do Salix OS e do GoblinX (edição g:Mini). Os três vêm com o Xfce 4.6.1 como ambiente de desktop padrão, embora outros possam ser instalados posteriormente. Isso faz deles a escolha perfeita para o nosso objetivo: uma interface gráfica leve, mas ainda assim muito funcional, com um painel de configurações com um bom número de opções para pessoas que não queiram ter que editar arquivos de texto para adaptar o visual e o comportamento do AfterStep, do WindowMaker ou do IceWM ao seu gosto. O Wolvix também se encaixaria nessa categoria, mas ele não tem versão estável desde agosto de 2007.

Todas as três distros se beneficiam imediatamente do vasto universo de pacotes e repositórios disponíveis para o Slackware, além de seus repositórios proprios. O Zenwalk se afastou um pouco mais do Slackware, mas continua totalmente compatível com os pacotes dele, e os outros também. E recomendável ater-se aos repositórios da distro em questão e complementá-los com compilações de pacotes do Slackware quando necessário, mas não misturar pacotes entre as distros, como pacotes do Salix e do Zenwalk, embora isso possa funcionar. Nos meus testes, um pacote do Zenwalk funcionou bem no Slackware, mas se alguma coisa der errada você vai ter que se virar sozinho, e por que você iria querer fazer isso se já há uma vasta gama de pacotes e scripts de compilação disponíveis?

Minhas máquinas de testes:

  1. Um IBM T42 Thinkpad 1800 Pentium M com 1.024 MB de RAM, rede wireless Atheros (ath5k)

  2. Um desktop personalizado com processador AMD Duron 900 MHz e 512 MB de RAM.

  3. Um Dual-Core AMD Athlon X2 4200 a 2.200 MHz, soquete 939 com 3 GB de RAM, personalizado. Este tem quatro anos e meio, e é meu computador mais moderno.

Os desktops usam placas wireless USB Getnet GN-331U (Ralink, às vezes identificada como 2870, outras como 3070) em casa para reduzir a bagunça dos fios; para mim, é essencial que essa rede funcione. Tenha em mente que eu montei esses computadores especificamente para o Linux, e que também escolhi o Thinkpad justamente pensando na compatibilidade. As placas wireless USB eu comprei no chute, mas elas funcionaram direitinho depois que instalei os drivers no Slackware 13.0, que é o meu sistema operacional de uso diário. Todas elas usam placas de vídeo antigas da ATI, que são totalmente suportadas no X.Org e rodam jogos 3-D sem complicações. A placa mais nova é uma Radeon 9800 Pro de 128 MB, a mais velha é uma AIW Rage Fury Pro de 32 MB.

Zenwalk Linux 6.2

zenwalk

Meu primeiro candidato é o Zenwalk Linux, agora na versão 6.2. Eu costumava usar a versão 2006-7 quando apenas ela oferecia versões pré-lançamento do Xfce 4.4. O Zenwalk sempre teve bom desempenho e funcionou sem sustos nos meus computadores. A versão atual vem com kernel 2.6.30.5 (o mesmo do repositório /testing do Slackware) e tem apenas 492,3 MB, cabendo facilmente em qualquer CD, e sendo mais acessível para aqueles com largura de banda ou velocidade limitada.

E vamos para a instalação, que é o habitual processo elegante já conhecido do Zenwalk, trazendo poucas perguntas quanto ao layout do teclado, ao particionamento e à configuração do swap e dos pontos de montagem. Não dá para escolher o que vai ser instalado. Trata-se de um instalador em modo texto, obviamente derivado do instalador do Slackware, só que com o logotipo e os típicos tons pastéis de azul do Zenwalk; o instalador e coerente e agradável.

O Zenwalk é mais moderno do que o Slackware estável atual, oferecendo o GTK+ 2.16 (em vez do 2.14), que é importante para a compilação uma versão menos arcaica de aplicativos como o Liferea. Ele também vem com o GStreamer e a libdvdnav. Na primeira inicialização, que dá lugar ao resto da configuração, apareceu uma tela preta com a mensagem “Out of range” (fora do intervalo) no meu novo monitor widescreen da ASUS. Ok, o X.Org ainda não foi configurado. Vamos lá: reiniciar, entrar em modo texto na tela do LILO onde eu posso dar uma busca por modos compatíveis, digitar um deles e disparar. Até aqui tudo em ordem, vamos pular o resto da configuração porque nossa intenção não é a de fazer um tutorial.

A tela de login e o papel de parede padrão apresentam ótima aparência, e combinam com a imagem de fundo do instalador. E o mais importante, ele detectou a resolução do monitor e a imagem ficou bem nítida. O Wicd foi carregado por padrão, e até detectou o meu ponto de acesso wireless. Mas eu continuei sem conexão! Os scripts de rede com e sem fio em /etc/rc.d são iguais aos do Slackware. Ainda é necessário compilar o driver como um módulo; depois de baixar os fontes do kernel e ajustar o config.mk para a compilação native_wpa_supplicant_support, a compilação transcorreu sem problemas, e logo eu estava online sem fios.

O gerenciador de pacotes, Netpkg, parece pesado e complicado de usar e mudou bastante, mas tem suporte à resolução de dependências nos repositórios do Zenwalk. Não parece haver uma visão geral de todos os pacotes instalados ou disponíveis; em vez disso, tudo é classificado em grupos, e você tem apenas a opção de procurar por pacotes específicos. Talvez seja só questão de se adaptar à forma como o Netpkg funciona. De modo geral, eu prefiro bem mais o Gslapt e o slapt-get, ou o Synaptic e o apt-get.

O Zenwalk vem com o gravador de CDs Brasero, OpenOffice.org (em sua encarnação Go-oo), Exaile para tocar músicas (eu, pessoalmente, prefiro o Audacious ou o XMMS), Totem para reproduzir filmes (em vez do Mplayer ou do Xine) e o File Roller para arquivos compactados. Por que usar uma ferramenta mais lenta do GNOME quando você pode usar o Xarchiver? Tirando isso, temos um Xfce bastante normal com tema de ícones personalizado, estrutura do menu ligeiramente alterada e um monte de plugins prontinhos que eu geralmente tenho que compilar. Ele tem quase tudo o que eu costumo adicionar ao Slackware, como o Evince, o Iso Master, o Htop e a ferramenta de pesquisa Catfish. Até o Lightning já vem instalado no Icedove para oferecer um pacote de agenda pessoal completo. É bom ver que tanta atenção foi dada aos detalhes.

A parte de multimídia funciona bem, com o GStreamer reproduzindo um par de filmes do meu disco rígido, mas acho que o Flash não está instalado, e nem a libdvdcss. O Zenwalk também vem com um centro de controle pelo qual você pode gerenciar serviços de inicialização automática, o firewall e os módulos do kernel, só para citar alguns, mas ele não faz frente ao centro de controle do Mandriva. O estranho é que o módulo wireless carregado é identificado com rt3070sta, embora ele esteja instalado como rt2870sta.dat. Também tive que renomear a pasta 3070 para 2870 para que o módulo funcionasse, um problema igualzinho ao que tenho sempre que instalo o Slackware com esse módulo. Mas só estou fazendo um comentário, isso não é culpa do Zenwalk.

O fórum do Zenwalk está entre os mais simpáticos que eu já frequentei, e o fato de que isso já vem de longa data significa que há um tesouro de informações disponíveis, embora algumas estejam defasadas. Geralmente você consegue ajuda no mesmo dia, mas às vezes pode se sentir meio ignorado.

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Zenwalk Linux 6.2 com o gerenciador de pacotes Netpkg

Salix OS 13.0.2a

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O Zenwalk foi palco de alguns desentendimentos no ano passado e, como consequência, o projeto Salix OS foi criado, com a filosofia de manter-se mais próximo da ideia original. A primeira versão lançada foi o Salix 13, que usa a mesma versão do kernel do Slackware estável atual, o 2.6.29.6. A versão do Salix que estou usando é a revisão mais recente, a 13.0.2a.

A imagem de 32 bits com 540,1 MB ainda cabe com sobras em um CD. Ao contrário do Zenwalk, o Salix também está disponível para x86_64, e também tem repositórios próprios. O instalador é basicamente o mesmo do Slackware, em ncurses. Até as cores são as mesmas. Curiosamente, o instalador me pergunta se quero uma instalação completa, básica ou só com o sistema fundamental. Escolhi a opção completa. A sensação que tenho de imediato, vendo a instalação correr, é a de que o Salix é um Slackware 13 com nova embalagem e um subconjunto de pacotes e patches mais recentes, que tenta se manter o mais próximo possível do Slackware estável.

Depois de configurar os usuários, o Salix reinicia automaticamente (sem pressionar Ctrl + Alt + Del) e a tela de inicialização exibe ao fundo o logotipo do Salix, uma árvore bonsai. Legal, tudo automático. Há uma opção de inicialização do Windows, mas eu nem tenho o Windows instalado… tudo bem, isso é besteira. As telas de splash e login têm um visual realmente fantástico. Eu não costumo me guiar pelas aparências, mas sim pela funcionalidade e pela estabilidade, mas o visual é ótimo, e pode ser um aspecto importante quando temos três distros tão parecidas.

Entrei usando a conta ‘testuser’, e o visual agradável continuou. A resolução foi configurada corretamente, e as imagens são nítidas. O layout é o padrão do Xfce 4.6.1, com todos os plugins do painel padrão disponíveis, OpenOffice.org e praticamente a mesma seleção de aplicativos do Zenwalk. Mais uma vez, temos o File Roller. Mas o Salix escolheu uma opção mais leve e rápida para lidar com o email: o Claws-Mail. Uma boa escolha, já que seus recursos de filtragem de newsgroups Usenet são melhores do que os do Thunderbird. O Wicd está presente mais uma vez e ? não acredito ? depois de digitar minha senha, a rede wireless funcionou direto, sem necessidade de compilação!

A instalação de pacotes dos repositórios fica a cargo do GSlapt ou do slapt-get, caso você prefira a flexibilidade da linha de comando. Também estão presentes o LimeWire, jogos como o chromium-bsu, software para estatísticas (o “R”) e o VirtualBox. Parece que os pacotes são puxados diretamente dos mirrors do Slackware, em dobradinha com alguns pacotes adicionais do Salix. Eficiente. Até o wbar e o terminator, que eu sempre tenho dificuldades em encontrar em outros repositórios, foram incluídos. Isso complementa muito bem os softwares empacotados para o Slackware de 32 e de 64 bits, mantendo compatibilidade total. E ainda é possível usar os scripts SlackBuild: eles funcionam direitinho no Salix também.

O suporte a multimídia parece inexistente, já que nenhum dos meus arquivos de vídeo em MPEG, AVI, WMV ou MOV rodaram. Minha coleção de MP3 mostrou-se totalmente inútil. Foi aí que descobri um atalho no menu para instalar codecs multimídia, e fui em frente depois de ler os avisos sobre patentes. Os codecs foram instalados numa boa, e meus arquivos foram reproduzidos via GStreamer. Achei que teria que baixar e copiar manualmente o pacote w32codecs do MPlayer, mas isso não foi necessário. Uma visitinha ao YouTube confirmou que o Flash estava instalado. Há uma entrada referente aos serviços de inicialização que permite configurá-los, mas não há um painel de controle como no Zenwalk. Isso não é necessariamente ruim.

Há atalhos no desktop para o canal de IRC e o wiki do Salix. No wiki você também acha um link para o fórum. Entrei no IRC por um tempo e havia umas cinco pessoas por lá, então você provavelmente não vai ficar falando com as paredes se tiver algum problema. Legal. Achei tudo bem redondindo e não há muito mais a acrescentar no momento. Se o instalador à moda antiga do Slackware não for problema para você, o Salix também não deve ser.

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Salix OS 13.0.2a ? o desktop traz arte inovadora

GoblinX 3.0 “g:Mini”

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O GoblinX g:Mini é a mais velha das três distribuições testadas; a versão atual (3.0) foi lançada no início de outubro de 2009. Ela usa o kernel 2.6.27.6, que lembra mais o Slackware 12.2, embora o Slackware13.0 já tivesse sido lançado na época. É um download pequeno, com 289,3 MB, bastante adequado para quem tem banda mais restrita.

Em termos de visual, ele parece ser o mais personalizável dos três. O GoblinX também traz o Xfce 4.6.1, mas com um layout mais parecido com o do GNOME: menu no canto superior esquerdo e um monte de plugins já configurados para os painéis, como por exemplo os marcadores inteligentes que levam ao fórum e à página inicial do GoblinX. Fica bem claro que ele foi feito para ser usado mais como um live CD, mas ele também pode ser instalado no HD, e vem com um monte de aplicativos pequenos não encontrados nas outras duas distros, como o editor do fstab, coisa que você não esperaria encontrar em uma distro tão pequena. Ele usa o GTK+ 2.14 e as versões de pacotes de um modo geral são meio desatualizadas. Esta versão parece estar entre o Slackware 12.2 e o 13.0, e o GoblinX certamente parece mais “misturado” do que as outras duas distros. Os desenvolvedores seguiram suas preferências pessoais e criaram algo que se destaca.

O instalador “live” proporciona um ambiente gráfico, no qual você pode escolher a partição raiz, o sistema de arquivos, o ambiente de desktop, o idioma e o nível de init. Não dá para especificar outras partições ainda, coisa que você vai ter que fazer depois no fstab. Os módulos LZM são descompactados e copiados para a partição. Depois que o sistema reinicializou, a resolução do monitor foi detectada e a aparência era boa, embora um pouco datada. A rede wireless não funcionava, nem no desktop nem na placa Atheros do laptop. Minto: o iwconfig dizia que a placa havia sido detectada, mas a não ser que você use o NDISwrapper para usar drivers do Windows, não há utilitário gráfico para configurar a rede. É claro que você pode digitar as informações corretas em arquivos de texto ou instalar o wicd depois, mas isso pode ser complicado se você só tiver a rede WiFi para acessar a internet.

O software incluído é bem convencional, mas agora temos o Audacious e o XMMS cuidando da música, o gxine para vídeo e o AbiWord e o Gnumeric para atender às suas necessidades de escritório. Ah não! O File Roller de novo! Que mal o Xarchiver fez a essa gente? O GSlapt está presente para lidar com as suas atualizações e instalações, e há várias ferramentas para criar seus próprios módulos e remasterizar seu próprio live CD.

O GoblinX se esforça para oferecer uma distribuição totalmente livre, e por isso não foram incluídos codecs ou links para obtê-los facilmente. Há um link para a instalação do Flash no menu, mas aqui o link não funcionou. Apesar do GoblinX aparentemente oferecer todos os plugins do painel do Xfce que você pode querer, incluindo um para controlar o mpd e o wmdock para applets do WindowMaker, estou começando a achar que a coisa é mais complicada do que deveria ser, e que configurar o Slackware “puro” é mais fácil. Não há painel de controle, mas há várias ferramentas disponíveis, como uma para controle de daemons e um editor gráfico do LILO. O site do GoblinX é meio esquisito, e demorei um pouco para localizar o pequeno atalho para o fórum lá pelo meio da página. Como a distro é brasileira, metade dos posts estava em português.

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GoblinX 3.0 “g:Mini: edição com a ferramenta GSlapt para gerenciamento de pacotes

Conclusões

As três distros são ótimas, cada uma à sua maneira, mas a ideia aqui era compará-las e eleger uma vencedora para aqueles que querem uma distro fácil de usar e que funcione sem muita complicação, então não vou fugir da raia agora. O Xfce é um ambiente rápido e poderoso que acredito que atenda às necessidades da maioria das pessoas, mas que não atinge seu pleno potencial na maioria das distribuições em que é incluído por falta de uma boa base. No entanto, em uma distro bem cuidada, você não vai sentir necessidade de outro ambiente para sua dose diária de computação, e vai colher os frutos de um considerável ganho de velocidade.

O GoblinX parece ser uma distro especializada de nicho, que carece de muitas peças importantes, e eu diria que não vale a pena conferir já que temos alternativas melhores. Ele aparenta ter sido desenvolvido principalmente para funcionar como um live CD que também pode ser instalado, mas com alguns probleminhas. Pode ser uma boa base para que você faça seu live CD personalizado com o Xfce depois que você configurar a rede, atendendo a quem não estiver interessado no Slax e no KDE 3. Se você precisar de suporte, é bom que saiba falar português. Os desenvolvedores não tiveram medo de criar algo de personalidade ímpar, mas o GoblinX claramente não é apropriado para a utilização diária em casa ou em trânsito da maioria dos usuários.

Obviamente, as três distros “voaram” em computadores Dual Core, mas as coisas ficaram mais interessantes no Thinkpad e particularmente no velho Duron Spitfire. Subjetivamente, o Zenwalk foi o mais ágil, enquanto o Salix e o Zenwalk levaram poucos segundos para inicializar. Como era de se esperar, nenhuma deles teve problemas com a rede wireless do Thinkpad (o ath5k já está no kernel há tempos). O Zenwalk me pareceu ser a mais elegante das três distros, com sua interface moderna. Devido a problemas reconhecidamente pequenos, o Zenwalk seria minha segunda escolha. Depois que você sacar como funciona o Netpkg e conseguir configurar o X. Org, vai ter um sistema muito mais agradável com a maior parte da área de multimídia pré-instalada e versões mais recentes de algumas bibliotecas. Dentre as três distros, tive a impressão de que o Zenwalk é a mais “de ponta”.

O Zenwalk também inclui a versão melhorada pela Novell do OpenOffice.org, com melhor integração aos formatos binários da Microsoft, melhor integração de multimídia e seletor de arquivos nativo. Isso pode ser bom ou ruim, dependendo da sua filosofia. O Zenwalk também usa o Iceweasel e o Icedove. Lembro de ter tido uns problemas de conexão IMAP com o Gmail no Icedove do Debian. Eu prefiro ter o programa original, e é por isso que não tenho usado muito o Debian. No Zenwalk, pelo menos você pode usar o script de compilação do Slackware para empacotar seu próprio Firefox.

Ou você pode simplesmente rodar o Salix e matar a questão. O Salix 13 foi o vencedor para mim por ter se mantido próximo ao original, oferecendo repositórios intermináveis e utilização plena de todos os pacotes e scripts do Slackware, software inalterado, menu e layout de painel do Xfce inalterados, rede wireless funcionando direto, instalação de plugins e codecs multimídia com um clique e uma bela arte. Se você preferir uma versão mais nova do GTK+, pode atualizá-la pelo gnome.slackbuild.org. Seja você um possível ex-usuário do Ubuntu ou do Mandriva ou apenas alguém que procura algo leve e com muitas possibilidades, experimente o Salix. Ele é fácil, muito fácil de usar.

Créditos a Bernard Hoffmanndistrowatch.com
Tradução por Roberto Bechtlufft <info at bechtranslations.com.br>

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