Ao ligar o computador a tela de bloqueio é exibida. Ela tem uma imagem que pode ser personalizada e alguns ícones básicos de notificações.
Arraste-a para cima para fazer login. Basta clicar e arrastar, teclar enter ou usar a seta para cima do teclado. Num tablet nem precisa descrever isso, né?
Para o login é possível usar uma senha tradicional, um PIN (uma senha curtíssima, útil para tablets) ou até três gestos numa foto própria (novamente, interessante para tablet, apesar de também funcionar com o mouse).
Adeus menu Iniciar. A nova tela de entrada faz o papel de menu, com algumas vantagens que o anterior não tinha. Ela pode ser chamada da mesma forma que antes: a tecla do logotipo do Windows ou um clique na borda inferior esquerda da tela. Para abrir um programa basta clicar no canto inferior esquerdo e a seguir clicar no ícone do programa.
Nota: a tela está roxa porque personalizei a cor, aproveitando para mostrar que o Consumer Preview está mais próximo de uma versão para “consumidores”. No Developer Preview isso não era possível, nele o maior trabalho se deu nas APIs e ferramentas internas. De qualquer forma, a interface ainda não está acabada.
Os quadros podem ser reorganizados de forma bastante livre, e movidos entre os grupos – o que é simples e intuitivo para quem usa mouse há anos: basta clicar e arrastar. Como estamos falando de desktops, vou desconsiderar os atalhos de toque e simplesmente dar ênfase ao teclado e mouse, que é o que a maioria irá precisar nos desktops.
Há uma barra de rolagem horizontal na tela de início. É chato rolar por ela com o mouse, não é? A boa notícia é que basta usar a rodinha (scroll) que quase todo mouse tem – se o seu não tem, o que você está fazendo no computador hoje em dia? 😛
Tanto a rolagem como a chamada da tela inicial são bem suaves: o Windows 8 usa aceleração gráfica para o desenho da interface. Mesmo as controladoras gráficas integradas em geral dão conta da tarefa, que é relativamente simples. Ao usar o Windows 8 numa máquina virtual o desempenho pode ficar ridículo basicamente por causa disso, por causa da falta do driver de vídeo adequado ou falta de suporte mesmo por parte do virtualizador ou emulador.
No canto inferior direito da tela inicial há uma lupa. Clicando nela você vê todos os itens da tela, que tem uma rolagem horizontal praticamente infinita. Assim é possível arrastar grupos de quadros em vez de quadros individuais (considere cada quadro como um ícone).
Para mover um quadro para um grupo distante basta segurá-lo e arrastá-lo para baixo que a tela é afastada, levando-o então para o grupo desejado.
Clicando com o direito num quadro você tem algumas opções básicas na barra inferior:
Elas podem variar de programa para programa. Normalmente uma das opções é para desinstalar e outra para executar como administrador, no caso dos aplicativos tradicionais. É possível também fixá-los na barra de tarefas.
Os apps Metro são empacotados e para removê-los basta excluir uma vez o pacote usando o gerenciador do sistema (isso lembra o conceito dos apps no Mac, embora no Windows esteja restrito aos apps Metro). Clicar no Desinstalar (Uninstall) fará justamente isso, sendo um processo bem mais limpo do que o conhecido pelos instaladores/desinstaladores tradicionais.
Se você clicar com o direito em mais de um item, eles serão selecionados, podendo então removê-los da tela de início com um clique só (unpin…):
Remover um programa da tela de início não o desinstala, apenas remove o atalho dali. É útil para reorganização mesmo. O programa ficará disponível na lista de todos os aplicativos e também poderá ser encontrado usando a busca (basta abrir a tela de início e sair digitando o começo do nome desejado).
A tela principal não mostra todos os aplicativos, ela é um resumo organizado do que você mais usa ou prefere. Para ver todos, clique num lugar vazio dela com o direito e então clique em Todos os programas:
Clicando com o direito num deles é aberta a barra inferior, podendo então fixá-lo na tela inicial (pin…) ou executar outras ações, já comentadas acima. Pode-se usar também Win + Q.
Essa abordagem permite manter a tela de início limpa e organizada. Ela serve como um misto de desktop clássico e menu Iniciar. No dia-a-dia pude perceber que ela acaba sendo muito melhor que o desktop clássico: dá para colocar vários ícones e rolar entre eles usando o mouse, algo imopssível quando a área de trabalho tradicional fica cheia de ícones.
A tela de entrada é uma peça fundamental no Windows 8. Uma das vantagens dela é que ela traz o conceito de notificações para o desktop, isso que é comum em smartphones e tablets. Os programas podem exibir notificações, como mensagens instantâneas, e-mails, clima, etc. A geração dessas notificações é extremamente otimizada usando APIs próprias para isso. Programas que exibem notificações nos quadros enviam dados ao Windows de forma bem diferente dos aplicativos que exibem notificações da sua forma própria, como aqueles que mostram ícones perto do relógio. Tecnicamente eles ficam mais restritos à forma de acesso à internet ou processameto para exibir as notificações, o que deverá economizar bateria nos tablets e notebooks/netbooks. Algumas notificações aparecem até mesmo na tela de bloqueio, o que pode ser liberado para alguns programas individualmente nas configurações. Com isso a tela de entrada assume, em parte, o papel dos gadgets introduzidos com o Windows Vista – e que aparentemente foram um fracasso.
Mesmo que você não utilize nenhum app Metro e ignore completamente a Windows Store, a nova tela de entrada pode ser mais prática do que o antigo menu Iniciar em vários cenários. O comportamento pelo teclado é o mesmo: a tecla do logotipo do Windows abre essa tela. Basta digitar o nome de algum programa ou arquivo para ir para a busca, já localizando o item desejado… Navegar entre os resultados com as setas de direção e dar enter para abrir o que quiser. Muito prático.
A grande vantagem é que isso ocupa a tela toda. O campo de busca do menu Iniciar até o Windows 7 mostrava poucos itens, compartilhando o espaço com outros tipos de resultados (programas, configurações e arquivos). Agora fica tudo muito mais prático, apesar do choque visual – algo que provavelmente será fácil de se acostumar.
A pesquisa nem precisa se restringir aos aplicativos instalados: ela vale também para configurações e dados dentro de outros programas Metro, desde que os mesmos façam uso das novas APIs próprias para isso. Para filtrar os resultados é necessário alternar para a seção correspondente na barra lateral direita, o que pode ser feito usando a seta para baixo no teclado e o tradicional enter.
Com isso vê-se que o novo modelo é prático tanto com o uso de mouse como teclado, não ficando restrito às telas de toque como dá a entender num primeiro momento.
Os aplicativos não-Metro rodam no desktop tradicional, com a barra de tarefas, ícones, área de notificação, plano de fundo e tudo mais, incluindo o antigo desktop e seu papel de parede que nada tem a ver com o Metro. Esse choque visual é o que mais irrita, e dificilmente terá uma solução efetiva até o lançamento do Windows 8. Os conceitos são bem diferentes.
Conforme os apps Metro ficarem mais poderosos, muita gente acabará passando boa parte do tempo nas interfaces dos apps em tela cheia, amenizando o problema. Os demos são simples e os aplicativos atuais parecem bobinhos perto dos aplicativos tradicionais que existem há anos para desktops, mas novos apps Metro serão criados para muitas outras atividades. Apesar de ser possível usar HTML 5 na criação dos mesmos, também é possível usar VB, C# e até C++. No futuro poderão existir aplicativos Metro extremamente complexos, que farão uso intenso de processamento e tudo mais, apenas com a nova interface. Parece que os primeiros a aproveitar isso serão os games, mas já dá para ver na Windows Store alguns aplicativos que exploram bem o conceito Metro.
Na prática o desktop clássico roda como se fosse um app Metro em tela cheia. Ficam dois mundos, mas nada tão drástico assim. Ele pode até mesmo ser colocado lado a lado com um aplicativo Metro:
Esse caso (que só funciona com resoluções de vídeo acima de 1366×768 pixels) permite manter um aplicativo usando um pequeno espaço da tela e outro o restante, caso um dos aplicativos suporte a visualização reduzida. Pode ser bom para trabalhar no desktop ao mesmo tempo em que você lida com atividades de redes sociais e mensagens instantâneas, por exemplo. Esse conceito poderá fazer sucesso nos tablets, sendo bem diferente da multitarefa do Android ou iOS, onde é necessário escolher um app de cada vez.
Se você já estiver com o beta e não conseguiu fazer isso, é simples: leve o mouse para o canto superior esquerdo; isso exibe a miniatura do app anterior. Sem clicar, leve o mouse para baixo, deixando o cursor totalmente na linha esquerda da tela. Isso abrirá a janela para alternar entre os apps Metro (a mesma chamada com Win + Tab). Agora clique numa miniatura de app e arraste-a para um dos lados da tela até aparecer o indicador de divisão:
Isso só é válido para apps Metro. Lembre-se do conceito: o desktop tradicional é tratado como um app Metro que roda isolado em tela cheia. Quem não for usar apps Metro não precisa se preocupar com isso. As janelas normais podem ser arrastadas para a esquerda, direita ou topo da tela, exatamente como no Windows 7. Arrastar pelas bordas superior ou inferior também tem o mesmo efeito do 7 (para expandir a janela verticalmente).
Os cantos da tela foram usados para pontos estratégicos, já que são bem práticos para localização com o mouse. Isso torna o uso do Metro “menos pior” do que parece nos desktops.
Tanto com Alt + Tab como com Win + Tab é possível alternar entre os apps Metro. Mas o Win + Tab fica restrito aos Metro, enquanto o Alt + Tab alterna também entre aplicativos desktop. O desktop é visto pelo ambiente Metro como um aplicativo em tela cheia. No Win + Tab dá para alternar diretamente para o desktop (para o programa que estiver com o foco), mas não entre todos os aplicativos desktop abertos. Para alternar janela por janela é necessário usar o Alt + Tab. Isso pode mudar até a versão final, realmente está um pouco confuso.
Ao levar o mouse para o canto superior esquerdo aparece uma miniatura da tela para a qual você será levado ao clicar (normalmente o app anterior, o que inclui o desktop caso esteja num app Metro). Se levar o cursor para baixo mantendo-o à esquerda (sem clicar), a barra para alternar entre os apps estilo Metro aparece (a mesma chamada com Win + Tab).
Resumindo, alternar entre os aplicativos é simples:
- Para alternar entre apps desktops, use a barra de tarefas ou Alt + Tab.
- Alt + Tab também alterna entre apps Metro e desktops.
- Win + Tab alterna entre apps Metro e o desktop, mas não entre apps desktop.
- Para alternar entre apps Metro e/ou o desktop, mova o mouse para o canto superior direito e, mantendo-o à esquerda, desça até ver a barra lateral com as miniaturas.
- Para alternar entre os aplicativos Metro e/ou o desktop com o mouse, um por um, apenas clique no primeiro pixel da tela (no canto superior esquerdo).
Para usuários avançados que utilizam mais de um monitor (algo extremamente produtivo e recomendado por quem usa) o Windows 8 traz grandes aprimoramentos na barra de tarefas. Agora ela aparece no segundo monitor também, destacando os aplicativos que estiverem naquela tela.
Pelo menos no beta falta o acesso à tela de início nos monitores adicionais. No Developer Preview havia um botão para trocar com um clique as posições dos monitores (principal e secundário), mas ele foi removido no Consumer Preview. Por enquanto parece que os apps Metro rodam apenas no monitor principal, o que pode decepcionar se isso for mantido na versão final.
Em termos de desktop é basicamente isso. A tela inicial acaba sendo poderosa pois, além de exibir notificações, ela lista todos os aplicativos favoritos e inclusive sites – é possível fixar ícones tradicionais nela. Pelo IE com a interface Metro dá para fixar sites ali, algo prático pelo menos para os tablets.
Se for o caso, basta ignorar todos os apps Metro e aproveitar apenas a tela de início. Provavelmente você não passava tanto tempo no menu Iniciar, passava? Então não há com o que se preocupar com a tela de início. Ela não morde.
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