Atualmente, o tipo mais usado de memória são as memórias SDRAM, que vem na forma de módulos DIMM. As memórias SDRAM atuais trabalham na mesma freqüência da placa mãe, transmitindo 64 bits de dados por ciclo de clock. Memórias PC-100 por exemplo podem
transferir até 800 MB de dados por segundo.
As memórias DDR-DRAM são uma evolução deste padrão. Elas também trabalham na mesma freqüência da placa mãe, mas são capazes de fazer duas transferências de dados por ciclo, sendo duas vezes mais rápidas. Só como curiosidade, a sigla DDR significa “Double
data rate” indicando esta característica.
As memórias DDR já vem sendo usadas a bastante tempo nas placas de vídeo, como a GeForce 2 DDR, que apresentam um desempenho bastante superior à placas equivalentes equipadas com memórias SDRAM comuns.
A grande novidade de hoje é o pré-lançamento do chipset AMD 760, que permitirá o uso de memórias DDR nas próximas safras de placas mãe para Athlon. Naturalmente ainda não existe nenhuma placa mãe à venda, nem mesmo módulos de memórias DDR, mas os
primeiros começarão a aparecer no mercado nos próximos meses.
Os módulos de memória DDR para PCs são bem semelhantes aos módulos de memórias SDRAM atuais, mas a pinagem dos módulos é diferente, o que impede de encaixar um módulo DDR numa placa mãe que suporte apenas memórias SDRAM comuns e vice-versa. Isto significa
que as placas mãe que suportarem memórias DDR não suportarão memórias SDRAM antigas, impedindo que módulos antigos sejam aproveitados num upgrade.
O AMD 760 será o primeiro chipset para Athlon a utilizar bus de 133 MHz, com duas transferências por ciclo, o que corresponde a uma freqüência prática de 266 MHz. As memórias DDR a serem usadas (chamadas de memórias PC-266), também operam a 133 MHz com
duas transferências por ciclo, permitindo transferências de até 2.1 GB por segundo. Bem mais do que o barramento de dados suportado pelas memórias Rambus, que apesar de mais caras não passam de 1.6 GB/s
Usando memórias DDR o desempenho do Athlon aumenta consideravelmente. Em aplicativos de escritório a diferença é pequena, fica na faixa de 4% a 6%, mas nos jogos que são os aplicativos que mais sofrem com a lentidão das memórias SDRAM atuais, o desempenho
pode subir de 12% a 18%, dependendo da placa utilizada. Os bons resultados também se aplicam a programas de compactação de vídeo (como o programa para gerar vídeos em MPEG 4 que citei a alguns dias atrás) e também de conversão de músicas em Wav para
MP3.
Caso seja usada uma placa de vídeo mais lenta, com 16 MB de memória ou menos, ou mesmo uma placa de vídeo 3D onboard, como a que vem nas placas mãe com o chipset i810 da Intel, que utilizam a memória do sistema, o desempenho pode subir em até 50%, já que
estas placas armazenam uma grande quantidade de texturas na memória principal, beneficiando-se muito de memórias mais rápidas.
Além da AMD, tanto a Via quanto a SiS vem trabalhando em chipsets para Athlon que suportem memórias DDR. A Via vem anunciando também um chipset para Pentium III com suporte a memórias DDR.
A Intel por sua vez ainda não divulgou planos em lançar um chipset para Pentium III ou Pentium 4 que suporte memórias DDR, parece pretender insistir um pouco mais nas falidas memórias Rambus. Claro que eles podem mudar os placas caso as memórias DDR façam
sucesso, afinal ninguém quer ficar pra trás.
Apesar de mais rápidas, as memórias DDR tem praticamente o mesmo custo de produção que as memórias SDRAM atuais. Porém, como toda novidade, é bem provável que os primeiros módulos de memórias DDR custem bem mais caro, principalmente se houver uma grande
procura, mas os preços irão baixar depois de alguns meses, assim que novos fabricantes entrarem no mercado, tornando as memórias DDR finalmente uma alternativa viável às cansadas memórias SDRAM.
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