Unity

Muito se tem falado sobre o novo ambiente Unity, e as opiniões parecem divididas. Não vou dizer que adorei, mas também não detestei. Há coisas no Unity das quais eu definitivamente não gostei, mas acho que alguns recursos vão ser úteis, especialmente para os novatos. Trata-se de uma abordagem diferente diante do desktop, e há um período de adaptação para quem vem do GNOME clássico (ou do KDE) para o Unity. No canto superior esquerdo da tela temos o botão lançador. Ele abre uma
tela que é, basicamente, um menu de aplicativos grande, com recursos de pesquisa em destaque. Cobrindo todo o lado esquerdo da tela temos a barra de início rápido. A barra contém aplicativos usados com frequência. Clicando em um dos grandes ícones dessa barra você carrega o aplicativo correspondente. Ao clicar no mesmo botão novamente você traz o foco para o aplicativo, caso ele esteja oculto por alguma coisa na tela.

A barra lateral faz as vezes do lançador e do alternador de tarefas. No topo da tela temos uma barra vazia. Quando o mouse é passado sobre ela, surge a barra de menu do aplicativo que tem o foco no momento. Os aplicativos não carregam mais suas barras de menu consigo; agora a barra de menu fica sempre no topo da tela, semelhante ao que vemos no OS X. Essa é a coisa da qual eu menos gosto no Unity, porque quem tem monitores grandes (ou várias telas) tem que trazer o foco para a
janela do aplicativo e mover o mouse até o topo da tela para acessar o menu. Antes bastava clicar no menu, caso a janela do programa estivesse visível. Isso atrasa bastante a realização de certas tarefas.

O Unity tem desktops virtuais (são quatro, por padrão), e um clique no ícone do pager mostra uma visualização afastada de cada desktop virtual. Aqui o usuário pode clicar no espaço de trabalho que quiser usar. Notei que, ao usar os espaços de trabalho da direita, a barra de início rápido desaparecia, a não ser que o mouse estivesse posicionado no lado esquerdo da tela. Procurei maneiras de manter a barra sempre visível, mas ainda não descobri como fazer isso. Quando a barra fica
cheia de aplicativos abertos ou disponíveis, podemos rolar os ícones movendo o mouse para o topo ou para a parte inferior da barra de início rápido.

Usar o novo menu de aplicativos e pegar o jeito da pesquisa pelos itens em vez de navegar por um menu em árvore são coisas com as quais ainda estou tentando me acostumar, mas tenho que admitir que a implementação é muito boa. Consegui encontrar programas procurando tanto pelo nome quanto pela descrição (na maioria das vezes), e acho que os novos usuários vão pegar o jeito facilmente, ainda mais se estiverem acostumados a smartphones. De modo geral, eu acho que o Unity começou
bem, mas há coisas que não me agradam nele, principalmente na área de personalização. Para ser mais específico, o problema é a falta de opções de personalização. Também achei estranho a barra de menu universal no topo da tela estar sempre disponível, mas seu texto ficar invisível até que o mouse seja posicionado sobre ela. Como a barra não some nunca, não entendo o porquê dos designers terem decidido manter o texto invisível quando o mouse não está sobre ela. Acho que os desenvolvedores escolheram bons
padrões para netbooks, mas o layout não se sai tão bem em telas grandes ou em computadores com vários monitores. E, obviamente, os requisitos de placas de vídeo parecem meio puxados. Não há nada demais aqui que exija aceleração 3D, o ambiente ainda é bastante 2D com poucos efeitos simples que já estão disponíveis em placas de baixo desempenho há anos.

Postado por
Siga em:
Compartilhe
Deixe seu comentário
Localize algo no site!