Esqueça o Ubuntu UMPC no EeePC: instale a distro completa

Ubuntu 8.10 upmc for the Asus EeePC? Don’t bother, just install the full distro
Autor original: Gary Richmond
Publicado originalmente no: freesoftwaremagazine.com
Tradução: Roberto Bechtlufft

Recentemente eu descobri que a necessidade é mesmo a mãe da invenção. Sim, eu consegui. Travei o meu querido EeePC. Eu tinha acabado de instalar o gerenciador de pacotes Smart, e quando reiniciei fiquei preso em um ciclo de boot sem fim. Misturar repositórios por impulso sempre acaba mal, mas não conseguir nem completar o boot? Argh! Para piorar eu não lembrava onde tinha deixado o DVD do Xandros para reinstalar, mas também, eu não tinha nenhum drive de CD/DVD externo mesmo. Isso é que é organização, hein? Bom, posso não ser organizado, mas sou persistente à beça, e estava determinado a ajeitar o Xandros ou substituí-lo por algo igual ou melhor sem ter que comprar um drive de CD no processo. O Ubuntu veio ao meu resgate, e não foi qualquer Ubuntu, foi “o” Ubuntu modificado especificamente para computadores ultraportáteis e MIDs – e veio em um pendrive. Parece que a Canonical leva os netbooks a sério.

GNU/Linux, uma solução para cada problema

Eu sei que a comunidade hacker tem andando megaocupada desde o arauto do Asus EeePC, que desceu das nuvens acompanhado por anjos e serafins que anunciavam sua chegada no firmamento digital. A lista de distribuições GNU/Linux personalizadas para ele cresceu de forma impressionante. A maioria delas foi desenvolvida para uma instalação completa no SSD, substituindo o Xandros OS. Também surgiram versões modificadas de algumas distros que possibilitavam rodá-las pelo pendrive, mas a princípio elas não eram para novatos. Desde que o EeePC chegou aqui em casa, no ano passado, os progressos nesse sentido foram significativos. Várias distros feitas para laptops comuns criaram ferramentas gráficas que permitem instalar o GNU/Linux em pendrives sem a complicação de formatar, particionar e tornar o pendrive inicializável. Basta apontar o mouse, clicar e ser feliz.

Duas dessas ferramentas se destacam: o Live USB Creator para o Fedora e a entrada Create a USB Startup Disk (Criar disco de inicialização USB) no menu do Ubuntu 8.10 (em Acessórios). A ferramenta do Ubuntu é supostamente específica para a criação de imagens USB inicializáveis do Ubuntu, e a ferramenta do Fedora só permite trabalhar com o Fedora. Há uma terceira opção: o Ubuntu Mobile desenvolveu uma versão do Intrepid Ibex (8.10) especialmente modificada para UMPCs e MIDs, e você pode baixar a imagem USB no site do Ubuntu (algumas idéias e parte do código foram pegas emprestadas do projeto Ubuntu Remix, que veio antes).

E o melhor, eles também oferecem uma interface gráfica brilhantemente simples para a instalação da imagem USB em uma unidade flash. Não há muitos enfeites: o programa traz apenas os recursos necessários para cumprir sua missão. Mas é preciso baixá-lo e instalá-lo primeiro, e o Ubuntu Mobile providenciou um link em seu site. Baixe o programa e o gdebi vai instalá-lo. Se estiver fazendo isso no Ubuntu 8.10, todas as dependências serão resolvidas. Eu fiz toda essa operação usando um live-CD do Intrepid Ibex, o que foi bem legal.

Use o usb-creator do Ubuntu

Mas há um problema sério no instalador USB do Ubuntu Mobile: com ele, o o Intrepid Ibex roda como uma sessão live, e por isso não há persistência de dados, configurações, arquivos e softwares instalados. Isso é crítico quando você quer configurar coisas importantes como placas wireless e tem que reiniciar para garantir que elas funcionem. Felizmente, há uma solução. O Ubuntu 8.10 vem com seu próprio instalador USB e utiliza um arquivo de loop para persistência (o arquivo de loop casper-rw). O instalador pode ser acessado pelo menu Sistema; é o terceiro item em Administração. Porém, embora o instalador crie um pendrive com persistência de dados, ele não reconhece a imagem .img do Ubuntu UMPC, trabalhando apenas com a imagem .iso do Ubuntu 8.10 completo. Xeque-mate.

A boa notícia é que mesmo no Ubuntu 8.04 é possível usar o usb-creator baixando-o aqui. Nas duas versões da distro você pode não apenas instalar o Ubuntu em um pendrive como também em um memory card, o que significa que dá para aproveitar o slot SD do EeePC. Se velocidade e espaço forem de suma importância, você pode baixar uma das versões mais leves do Intrepid Ibex, como o Xubuntu, ou instalar gerenciadores de janelas diferentes. Finalmente, caso você não esteja rodando o Ubuntu 8.10, há relatos de que os pacotes do USB Startup Disk Creator funcionam na versão 8.04 (embora sem a persistência de dados), e você pode baixar uma cópia no site oficial do Ubuntu.

Experimente o UNetbootin e o Super Ubuntu

Se não der certo, use o UNetbootin, disponível para o Debian e o Ubuntu. Seu maior mérito é suportar uma bela lista de distros. Cada caso é um caso, mas eu consegui instalar e rodar pelo pendrive duas das quatro distros que testei no EeePC usando o UNetbootin. A única desvantagem desse software brilhante é que, ao contrário da ferramenta do Ubuntu, ele não tem suporte a persistência, o que é irritante caso você não pretenda fazer uma instalação completa no SSD interno do EeePC. Mas isso pode ser arranjado, e você tem a opção de escolher entre três arquivos de persistência de tamanhos diferentes.

Abra o arquivo Readme.txt, leia as instruções e baixe e instale um dos três arquivos zip (128MB, 256MB ou 512MB). Não é uma saída flexível como a da ferramenta do Ubuntu, que usa uma barra deslizante para definir o tamanho do arquivo de persistência em relação à capacidade do pendrive. Se você estiver tentando rodar o Fedora em um pendrive e esse hack não fornecer espaço suficiente para a persistência, você está com sorte: desde o Fedora 9 a ferramenta Live USB Creator vem incluída, e oferece esse recurso vital. Se você não é fã do Fedora ainda há uma alternativa: alguma alma empreendedora hackeou o UNetbootin para que ele instale e baixe o Super Ubuntu, que vem com muito mais software pré-instalado, economizando banda e paciência.

A ferramenta só funciona no Windows, mas se você baixar o Super Ubuntu separadamente, a versão original do UNetbootin resolve tudo. Na verdade, como a versão hackeada faz o download para a pasta tmp, a .iso é apagada depois que você faz a instalação e reinicia (já que nesse modo o Unetbootin, como o nome sugere, é uma instalação pela rede). O melhor é baixar a iso por conta própria para poder usá-la novamente sem ter que baixá-la de novo. Ela deve funcionar também com a ferramenta do 8.10, e com persistência de dados. A iso tem 1.1 GB (versão 32 bits, a única disponível), ou seja, você vai precisar de um pendrive com bastante espaço.

Domando o Ibex

Seja qual for a ferramenta escolhida, a precaução mais importante a ser tomada é certificar-se de fazer a instalação no dispositivo desejado. A maneira fácil, rápida e segura de evitar desastres é abrir um terminal e digitar df -h para listar todas as unidades de maneira inteligível. Agora conecte o pendrive e execute o comando novamente: o pendrive deve ser incluído na lista. Ao rodar a interface gráfica com o pendrive conectado ela já vai selecionar o pendrive e você vai ter certeza de estar gravando no dispositivo certo.

A ferramenta fornecida pelo projeto Ubuntu Mobile era a única opção disponível. Eu instalei a distro personalizada no meu pendrive Corsair Flash Voyager de 4 GB. Não contei o tempo, mas a operação toda foi sem sustos e levou um tempo relativamente curto. Logo eu desconectei o pendrive da porta USB do meu laptop principal e o inseri na porta USB do EeePC. Liguei o EeePC, apertei F2 para ir para a tela do BIOS e colocar o pendrive em primeiro lugar na ordem do boot e apertei F10 para salvar e sair. Feito. Fui recebido pela familiar tela de boas-vindas do Ubuntu e em um período de tempo bastante respeitável o Gnome já respondia aos meus comandos.

Eu estava muito satisfeito até ver a aparência do desktop. Essa vai ser a primeira coisa que você vai querer personalizar. O Gnome nunca foi o meu favorito, mas por Deus, isso aqui é de dar medo no Zé do Caixão (Sr. Shuttleworth, a aparência é importante). É difícil pensar no Ubuntu e não pensar na cor marrom, mas essa distro leva o marrom a novos níveis de… marrom. Tive a sensação de ter sido soterrado pelo desabamento de um túnel. A experiência me fez concluir que, se houvesse uma revolução, os artistas do Ubuntu seriam os primeiros a ir para o paredão, junto com os contadores. Felizmente, consegui montar meu SSD (com o Xandros dentro) e usar o papel de parede que tinha lá. Foi só minha maneira de me prevenir contra uma náusea terminal. Geralmente nesse momento eu posto uma foto, mas achei melhor pular essa parte desta vez para evitar que a última refeição dos leitores arruíne seus preciosos computadores. O maior problema é a divisão que o Ubuntu UMPC faz da tela, e no nosso caso cada pixel vale ouro.

Nesse sentido, temos três problemas: para começar, a barra de tarefas pode ser ocultada automaticamente, movida ou removida, mas não tem um recurso importante que parece estar presente em todas as outras distros, o redimensionamento. Ela é grande demais para uma tela de sete polegadas onde o espaço é muito importante. Além disso, há uma barra de tarefas transparente à esquerda com ícones dos aplicativos minimizados. A mesma reclamação: ela é grande, obstrusiva e de tamanho fixo, podendo apenas ser ocultada automaticamente ou removida. Eu a removi. Para completar, vários aplicativos parecem não ter bordas nem botões para fechar a janela, o que é agravado pelas cores do tema padrão.

Não foi difícil melhorar as coisas jogando a barra de tarefas principal para a direita, ocultando automaticamente as duas barras e alterando o tema e o papel de parede. Bem melhor. Mas ao mudar a barra principal de lugar você perde a capacidade de lançar programas pelo menu. “A-há!”, eu pensei. Isso aqui é GNU/Linux, não é o Windows que o seu avô usava. É só dar um Alt F2 para abrir a janela de execução de programas. Foi aí que eu descobri que Alt F2 chamava o menu de aplicativos, que nem no Fluxbox. Que bom que ao menos alguma funcionalidade eu consegui recuperar.

Quando eu pensei que os problemas tinham acabado, tive uma surpresa. Como eu estava no Ubuntu, procurei pelo Firefox. Iniciei o navegador… e abriu o Midori! Ele é tão terrível que disparei imediatamente um apt-get update, seguido por um apt-get install firefox. Até a instalação padrão do Xandros usa o Firefox. Não é possível que o Ubuntu Mobile tenha desistido dele para economizar espaço. Afinal, o OpenOffice.org vem instalado, e perto dele o Firefox parece uma mosquinha. Felizmente, graças ao bons serviços prestados pelo Apt-get, vários navegadores estão disponíveis (incluindo o Opera), assim como no Xandros. Com o Apt-get a solução do problema está a apenas uns poucos cliques de distância. Você também pode instalar gerenciadores de janelas que consomem monos processamento e memória, como o XFCE e o Fluxbox. Só para constar, o Midori agora é parte do XFCE. Eu espero que ele seja mais agradável na tela grande.

Conectividade wireless

A conectividade wireless no GNU/Linux melhorou muito nos últimos anos, mas ainda existem alguns problemas. O Xandros e as pilhas de distribuições que pegaram carona no sucesso fabuloso do EeePC da Asus reconhecem a importância crítica de fazer as placas wireless funcionarem de primeira, sem a necessidade de mais configurações. Ao contrário da Asus, os desenvolvedores de distribuições personalizadas para UMPCs não têm incentivos financeiros para garantir compatibilidade sem a necessidade de instalar pacotes, mas eles vêm trabalhando muito duro nesse sentido, e com bastante sucesso. Por isso, é uma pensa que Fn+F2 não ligue/desligue a rede wireless no Ubuntu 8.10 (isso funcionava no 8.04), mas como eu acabei descobrindo ao explorar a distro no live-CD antes de instalar no pendrive, o Ubuntu subitamente tornou a computação móvel uma realidade muito simples.

No Xandros da Asus o assistente de conexão cuidou da configuração do meu modem 3G USB (Huawei E220). Em três minutos eu já estava online. Para minha surpresa e prazer, no meu segundo laptop (rodando o Fedora 9, depois atualizado para o 10) configurar a rede foi ridiculamente fácil. Eu disse “configurar”? Clique no ícone de conexão de rede na bandeja do sistema, marque a opção 3G e em quatro segundos você estará conectado. No Fedora? Que milagre! Agora o Ubuntu se uniu ao grupo. Conecte o modem para que ele seja reconhecido e o assistente seja lançado. Quatro cliques depois, a conectividade 3G estava lá, como opção no ícone da rede. Apesar dos problemas com o espaço e o visual, só isso já me ganhou, porque torna o EeePC móvel de verdade e me livra da dependência dos hotspots caros das lanchonetes.

Meu plano de conexão 3G tem um limite mensal, e embora eu dificilmente vá excedê-lo, gosto de ter uma opção de banda larga sem limites em casa; para tudo dar certo minha placa wireless tem que funcionar, por isso, antes de instalar o sistema no HD eu conferi se estava tudo ok com ela. A solução foi instalar módulos do kernel do repositório de backports, mas antes tive que adicioná-lo à lista de repositórios com a linha:

deb http://archive.ubuntu.com/ubuntu intrepid-backports main restricted universe multiverse

Se não quiser editar arquivos manualmente em editores de texto, com o Ubuntu você pode apenas apontar e clicar. Vá em Sistema ? Administração ? Canais de Software e selecione updates (intrepid backports).

Para finalizar, abra um console e digite apt-get update seguido de um apt-get install linux-backports-modules-intrepid e de um echo ?blacklist ath_pci? | sudo tee -a /etc/modprobe.d/blacklist. Se não der certo, desative os drivers Atheros para a placa wireless. Isso pode ser feito pelo menu de drivers de hardware. Depois, reinicie o computador. Se o menu continuar vazio, abra o /etc/modprobe.d/blacklist e veja se estas três entradas estão presentes:

blacklist ath_pci modprobe -r ath_pci modprobe ath5k

Se não estiverem, adicione-as e salve as alterações (como root). Pelo menos a diminuição do brilho da tela para economizar bateria funciona, mas as teclas de atalho Fn para controle de volume e da rede wireless não funcionam.

DKSM – Suporte dinâmico a módulos do kernel

Geralmente esse tipo de modificação realizada para para ativar o wifi e as teclas de atalho Fn acaba se perdendo quando o gerenciador de pacotes instala um kernel novo. Felizmente o GNU/Linux, incluindo o Ubuntu, expande o menu de boot do Gub para oferecer a opção de iniciar outros kernels caso algum recurso não funcione na versão mais recente. No caso do EeePC, você pode achar uma boa idéia remover os kernels que vêm com o Ubuntu para evitar o problema e manter a funcionalidade wifi, dentre outras coisas. Se quiser fazer isso, digite em um terminal: sudo apt-get remove linux-generic linux-image-generic linux-restricted-modules-generic. Mas talvez isso não seja mais necessário. Que entre o DKMS, o suporte dinâmico a módulos do kernel. Resumindo, com ele não é necessário recompilar módulos de terceiros para coisas como Madwifi após uma atualização de kernel. O DKMS recompila qualquer módulo automaticamente.

A boa notícia é que o DKMS vem instalado nas versões mais recentes do Ubuntu, e se você quiser testá-lo em outras distros, há pacotes deb e rpm pré-compilados, e pacotes tar compactados com os fontes no site da Dell. Se quiser saber mais sobre esse recurso, um dos desenvolvedores escreveu um belo e longo artigo para o Linux Journal.

Instale o Ubuntu completo

Como em todos os live-CDs do Ubuntu, há no desktop um ícone para instalação durante uma seção live, e acabei descobrindo que essa opção também funciona para instalar as versões comuns do Intrepid Ibex em pendrives. Consegui fazer a instalação no meu Corsair Voyager sem problemas, e com direito à persistência. E o melhor: embora não tenha sido desenvolvido para a tela de sete polegadas do EeePc, a aparência era nítida, clara e organizada. Eu me apaixonei, e depois de várias bravas tentativas de ressuscitar o Xandros eu finalmente admiti a derrota e “puxei a tomada” dele. Descanse em paz. Xandros. Seguiram-se várias tentativas de instalar a partir da sessão live do USB até que eu conseguisse realizar uma instalação permanente na terceira tentativa.

Ao contrário do Mandriva, o Ubuntu nunca fez muito estardalhaço em torno do fato de rodar bem no EeePC. Ele deve ficar incrível na versão de nove polegadas. Raios, eu devia ter esperado. Já estou cogitando a possibilidade de comprar um UMPC com tela de nove ou dez polegadas. É verdade que depois de instalar o Ubuntu eu vou ter que mexer um pouco nele para que as teclas de atalho Fn e a rede wireless funcionem, mas se você seguir os hacks do Tombuntu vai conseguir acertar tudo. Os hacks valem para o modelo 901, mas eles funcionam no 701 também. A única coisa que não funcionou foi o comando Fn+F2 para alternar da conexão wireless para a USB, por isso quando troco de uma para a outra eu não consigo desativar a placa Atheros para economizar bateria. Até encontrar uma saída, quando eu estiver em trânsito vou usar o Ubuntu no pendrive Corsair que me oferece acesso à internet mesmo com a placa wireless desativada. O Ubuntu tem mais dois bugs, sendo que um é divertido e o outro é chato.

O chato é que quando você fecha o EeePC ele não desliga corretamente, como os LEDs comprovam. O motivo tem a ver com a placa de som, e a solução é simples. Inicie um console como root, abra o arquivo /etc/default/halt e adicione a linha rmmod snd-hda-intel ao final e salve. Agora o desligamento deve correr bem, sem a necessidade de manter pressionado o botão Liga/Desliga por alguns segundos. O outro bug merece uma vaga no setor de “bugs impagáveis”.

Ao trocar da bateria para a rede elétrica e vice-versa, ou quando o brilho da tela diminui para economizar energia, o assistente do cliente de email Evolution é iniciado. Que comédia! Parece que o culpado é o acpid, que detecta esses eventos, envia o código errado e dispara outros scripts que iniciam o Evolution. Você pode tentar comentar todas a entradas do arquivo /etc/acpi/events/asus-mail para acabar com o problema. Outra maneira de acabar com esse bug é usar o Apt-get para remover o Evolution de uma vez (apt-get remove evolution --purge leva até os arquivos de configuração junto) embora isso possa resultar numa mensagem de erro. Se não funcionar tente fechar a tampa antes de desconectar.

Fora esse, só achei mais um bug, no comportamento do reprodutor de filmes que acompanha o Ubuntu, o Totem. Com o espaço limitado da tela, clicar em alguns botões faz com que ele “pule” pela tela. Tive que perseverar para usá-lo, mas quando consegui fazê-lo reproduzir conteúdo do YouTube e da BBC com a ajuda dos plugins, além de alguns filmes e programas de TV gravados, ficou tudo bem. Parece ser um bug específico da instalação do Gnome do Ubuntu. Quando baixei e rodei o Xubuntu (a versão com o XFCE do Ubuntu) pelo pendrive, o totem se comportou perfeitamente.

Vale a pena

Apesar dos bugs e dos ajustes necessários, foi uma boa idéia instalar o Intrepid Ibex no EeePC de sete polegadas. O suporte wireless, a internet via USB, o Apt-get e o visual proporcional fazem do Ubuntu a minha distro favorita para o EeePC. Agora ele é parte do jogo. Isso faz o trabalho do projeto Ubuntu Mobile parecer menor. Ele não tem como competir, e acho que perde para o Ibex porque é voltado a UMPCs de modo geral, e não especificamente ao EeePC.

Aparentemente ele foi desenvolvido com foco nos MIDs, e a inclusão do navegador minimalista Midori parece confirmar essa opinião. Mas as coisas progrediram tanto desde o lançamento do Asus EeePC que os usuário do GNU/Linux ficaram mal acostumados. Talvez eu não devesse resmungar tanto. Raios, o Android (sistema operacional do telefone G1) acabou de sair da maternidade e já fizeram uma versão dele para o Asus Eee PC 1000H. Se isso é bom ou ruim eu não sei dizer, dado o alcance do Google, mas demonstra as possibilidades.

E elas são enormes. Apesar das críticas iniciais ao EeePc, a Asus merece um enorme crédito por ter dado o pontapé inicial em uma das tendências mais empolgantes da computação desde que Klaus Knopper nos deu o live-CD do Knoppix. Os dois são um exemplo do melhor do GNU/Linux e da cultura do software livre. Para cada problema, o software livre tem uma solução. Para cada solução o Windows tem um problema, que geralmente só pode ser resolvido com uma operação bancária.

Créditos a Gary Richmond – freesoftwaremagazine.com
Tradução por Roberto Bechtlufft <roberto at bechtranslations.com>

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