O beta (0.2 beta 1) foi feito para usuários do GNOME, e vem empacotado em um arquivo tar. Mesmo sabendo que isso pode irritar algumas pessoas, Bons optou por criar a maior parte do SparkleShare em Mono (no FAQ, ele justifica a escolha com ironia: “eu odeio a liberdade”). Outras dependências para a compilação incluem os pacotes de desenvolvimento do NDesk para dar conta do suporte ao D-Bus e as associações do Python para o Nautilus. As dependências para execução incluem o Git e o OpenSSH. Para compilar, é só seguir o clássico ./configure
, make
e make install
.
Depois de instalado, o serviço pode ser iniciado pela linha de comando (sparkleshare start
) ou pelo menu do GNOME. Quando aberto, ele adiciona um ícone à área de notificação do painel com atalhos para as pastas compartilhadas configuradas e um botão para sincronizar pastas remotas. A pasta SparkleShare é criada no diretório home automaticamente.
Menu do SparkleShare
Para que o SparkleShare funcione, é preciso conectá-lo a um ou mais projetos do Git usando um dos serviços suportados. A tela de primeira execução permite escolher qual serviço será usado e especificar o nome do projeto remoto. A conta de usuário associada ao serviço é identificada por uma chave SSH gerada automaticamente em segundo plano, usando o nome completo do usuário ativo, conforme informado pelo sistema operacional.
Tela da primeira inicialização do SparkleShare
A documentação online oferece instruções passo a passo para o Gitorious e o GitHub, e quem estiver usando o repositório Git do GNOME ou seu próprio repositório Git vai entender o que fazer. Caso ainda não tenha um repositório, acesse o site do GitHub ou do Gitorious, crie uma conta e inicie um projeto. Em seguida, procure a chave pública do SSH do SparkleShare, gerada automaticamente, e copie-a para a página de configurações da conta do serviço de hospedagem do Git para autorizar o acesso. O SparkleShare permite vincular cada projeto configurado a uma subpasta da sua pasta local SparkleShare, e com isso você pode combinar pastas de projetos de serviços diferentes, não sendo obrigado a usar o SparkleShare em todos os projetos hospedados nos sites suportados.
A instalação ainda não é totalmente à base de cliques do mouse. Seria ótimo se os usuários pudessem criar novas contas nos sites de hospedagem do Git a partir do cliente; ou ainda mais importante, simplificar o processo de configuração de chave pública do SSH (que exige o uso de uma janela de terminal) e permitir que os usuários criassem um novo projeto do Git (pasta compartilhada) também a partir do cliente, já que esse processo provavelmente vai se repetir algumas vezes.
Porém, depois de configurado, o SparkleShare é fácil de usar. Os arquivos copiados para a pasta ~/SparkleShare/projeto/
são mantidos no computador local e copiados silenciosamente para o serviço de hospedagem do Git, em segundo plano. Confira os logs online para ver os commits e pushes com os carimbos de data e hora. Quando um arquivo for atualizado remotamente por outro usuário do compartilhamento, um balão de notificação será exibido no desktop com o nome do usuário e sua imagem no Gravatar. É possível até abrir revisões antigas de um arquivo com um clique direito no Nautilus; o SparkleShare adiciona um menu que permite obter versões anteriores, rotulando as revisões com base no usuário que fez o último commit.
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