2007 — Apple iPhone: o casamento do PDA com o smartphone

Embora em 2007 a Apple fosse uma das maiores vendedoras de música do mundo graças à loja iTunes, a empresa queria mais, queria estar com seus clientes o tempo todo e estar pronta para vender tanto conteúdo quanto software. Para atingir esse objetivo, ela desenvolveu o iPhone.

Acredita-se que o primeiro PDA tenha sido o Apple Messagepad (plataforma Newton), anunciado oficialmente em 1992 (há quem defenda que o primeiro PDA foi o Casio PF 3000, lançado em 1983, mas sua funcionalidade era limitada demais, e ele só era capaz de armazenar números de telefone, endereços e observações, e com memória bem limitada), mas ele nunca foi produzido em massa por vários motivos. No entanto, empresas como Compaq, HP e Palm tornaram o PDA popular apenas para perder esse mercado para os smartphones no meio da década.

Em 2007, não dava mais para negar que os melhores recursos dos PDAs (telas grandes sensíveis ao toque, CPUs de alto desempenho) e dos smartphones (conectividade) deveriam ser combinados em um mesmo dispositivo. A Apple não foi a primeira empresa a lançar formalmente um telefone com tela sensível ao toque. O telefone LG Electronics Prada, por exemplo, foi demonstrado por vários sites em dezembro de 2007. Mas a Apple aprendeu com o iTunes e com os Macs que o público gosta de ter pacotões de programas e serviços adicionais. E esse era o lance do iPhone.

Assim como praticamente todos os dispositivos de primeira geração da Apple, a primeira geração de iPhones estava longe de ser perfeita. Ela usava muito a internet, mas não tinha 3G; tinha saída proprietária para fones de ouvido, nada de rádio FM e muitos outros pequenos e grandes problemas. Mas em 2007, o iPhone foi o primeiro smartphone com tela sensível ao toque capaz de reproduzir diversos conteúdos de vídeo e a possibilitar a leitura de textos grandes de forma prática; tinha tecnologias de sincronização avançada e diversas capacidades que não estavam disponíveis nos smartphones da época.

O iPhone é um ótimo brinquedo – era o que diziam os usuários da Nokia que compraram um iPhone em 2007.

Com o lançamento do Apple iPhone, da noite para o dia o mercado de smartphones foi completamente reformulado. Até então os smartphones eram usados principalmente por usuários corporativos, mas o iPhone logo foi adotado pelos consumidores comuns. A nova loja de aplicativos da Apple logo se tornou o maior repositório de aplicativos para facilitar a vida dos usuários finais. No fim das contas, o iPhone foi outra virada para a indústria.