Quando surgiu DLC nos games?

Nos últimos anos, a indústria dos videogames tem passado por uma grande transformação. Os jogos eletrônicos deixaram de ser apenas produtos físicos para se tornarem experiências em constante evolução. Um dos principais impulsionadores dessa mudança são as DLCs, ou conteúdos adicionais para jogos. Neste artigo, exploraremos o surgimento das DLCs e o impacto que elas têm tido no mundo dos jogos.

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O que são as DLCs?

DLC é a sigla para “Downloadable Content” (conteúdo para download, em tradução livre). Trata-se de uma extensão do conteúdo principal de um jogo, oferecendo aos jogadores novas missões, personagens, níveis, itens, modos de jogo e até mesmo histórias adicionais. As DLCs podem ser gratuitas ou pagas, dependendo do desenvolvedor e do tipo de conteúdo oferecido.

Como elas surgiram?

Antes do advento das DLCs, os jogos eram lançados em formato físico e, uma vez que o produto chegasse às prateleiras das lojas, ele permanecia praticamente imutável. Os jogadores tinham acesso apenas ao conteúdo principal, sem a possibilidade de expandir a experiência além do que era oferecido inicialmente.

No entanto, com o avanço da tecnologia e a popularização da internet, os desenvolvedores começaram a explorar maneiras de estender a vida útil dos jogos e oferecer novas experiências aos jogadores. Foi assim que surgiram as DLCs. A capacidade de atualizar e adicionar conteúdo aos jogos por meio de downloads permitiu que os desenvolvedores rompessem as limitações físicas dos discos e criassem um novo modelo de negócios.

Não existe um consenso de qual foi a primeira DLC lançada para um jogo na indústria, principalmente porque seu significado é bastante amplo. Muitos acreditam que esse conceito surgiu em 1997 com o jogo Total Annihilation. Ele era um jogo de tiro para computadores cujo objetivo era destruir o máximo de inimigos. Acontece que o jogo ganhava novidades a cada semana, sendo atualizado constantemente, ou seja, oferecendo novas experiências.

Já em relação aos consoles, acredita-se que o primeiro a contar com esse tipo de conceito foi o Dreamcast, mas de forma bem primitiva e sem muita qualidade. Nos anos 90, a SEGA acabou se destacando por causa da tecnologia Lock-On, que permitia que os jogadores pudessem acoplar o Sonic 3 no Sonic & Knuckles para conseguir acessar a campanha completa do jogo. A ideia foi um sucesso, acabou vendendo muitas cópias.

A chegada do Xbox também foi um marco nesse segmento, já que a Microsoft foi outra empresa que começou desde cedo a investir nesse tipo de recurso oferecendo conteúdos extras para alguns dos seus jogos como aconteceu com o Halo 2 e o Splinter Cell. E o melhor é que a maioria deles eram gratuitos na época.

Só com a chegada do Xbox 360 que a empresa começou a ver uma oportunidade de negócio com as DLCs, e por isso eles passaram a ser pagos e até ganhando um espaço dedicado na Xbox Live. A Blizzard também se destacou nesse quesito, trazendo conteúdo extra para jogos mais antigos como Diablo e Warcraft.

Depois disso outras empresa começaram a também passar a trabalhar com DLCs, como a Nintendo e a Sony, que foi quando elas se tornaram bastante populares. Hoje em dia praticamente todos os jogos AAA contam com DLCs, seja com apenas materiais cosméticos ou novas experiências para manter os jogos sempre em alta.

Qual a motivação das empresas ao criar as DLCs?

A primeira grande motivação é, como já dito, a oportunidade de ganhar mais dinheiro com os jogos. Hoje em dia é cada vez mais caro criar jogos, até mesmo os mais simples, e com a evolução dos gráficos é preciso contratar cada vez mais profissionais. E com o aumento do gasto na criação, as empresas precisam também aumentar os lucros.

Por isso, as DLCs acabam sendo uma forma certa de fazer isso, até porque elas não estão disponíveis apenas para jogos AAA. Em alguns casos, inclusive, as DLCs ficam mais caras do que os jogos base, por diversos motivos.

Outra motivação das empresas é manter aquele jogo em alta, sempre na mente dos jogadores, e até mesmo alavancar as vendas dos jogos base. Com o lançamento de DLCs, os jogadores estão sempre revisitando os jogos, sempre comentando sobe ele, e isso mantém o interesse.

Conceito divide opiniões

O conceito de DLC não é exatamente bem vindo por todos. Muitos jogadores não gostam da ideia de ter que pagar mais do que já pagaram pelo jogo para ter acesso a conteúdos extras sobre eles. Tanto porque hoje em dia os jogos estão sendo lançados caros demais, quanto porque geralmente um jogador quer vários jogos e até mesmo as DLCs acabam vindo com preços também salgados.

Muitos jogadores acusam as desenvolvedoras a deixarem o melhor conteúdo dos jogos nas DLCs e que elas só pensam nos lucros.

Já outras pessoas gostam dessa ideia, principalmente porque quando se acaba um jogo que gosta muito, é sempre bom pensar que vai ser possível ter novas experiências com ele. Inclusive muitos deles acabam pedindo esse conteúdo extra e se frustram quando não tem, como por exemplo o caso de God of War.

Mas, ao que tudo indica, as DLCs vieram pra ficar e serão o futuro dos jogos. Tanto as mais simples com packs de skins ou conteúdo estético extra quanto as mais elaboradas como mais missões e experiências dentro do jogo.

Vantagens e benefícios das DLCs

Com isso, podemos resumir que as DLCs trouxeram várias vantagens tanto para os desenvolvedores quanto para os jogadores. Como, por exemplo:

• Experiência em constante evolução: As DLCs permitem que os jogadores desfrutem de novos desafios e conteúdos mesmo após terem concluído o jogo principal. Isso mantém a experiência fresca e cativante, incentivando os jogadores a continuar investindo tempo e recursos no jogo.
• Monetização adicional: Para os desenvolvedores, as DLCs são uma oportunidade de gerar receita contínua com um jogo já lançado. Isso permite que eles invistam em suporte pós-lançamento, correção de bugs e no desenvolvimento de novos conteúdos, prolongando a vida útil do jogo.
• Customização e personalização: As DLCs muitas vezes oferecem opções de personalização, como skins para personagens, roupas, armas e itens especiais. Isso permite que os jogadores deixem sua marca única no jogo, criando uma conexão mais profunda com a experiência.
• Comunidade engajada: As DLCs estimulam a formação de comunidades em torno dos jogos. Os jogadores compartilham estratégias, discutem teorias e interagem por meio de fóruns e plataformas online dedicadas. Essa interação social fortalece o vínculo entre os jogadores e o jogo em si.

Alguns exemplos de DLCs

Não é possível listas as melhores DLCs porque esse tipo de avaliação é muito subjetiva. Ela depende dos gostos e preferências de cada jogador, então varia de pessoa para pessoa. Por isso, vou citar alguns DLCs que foram bem recebidas por jogadores.

• “Blood and Wine” – The Witcher 3: Wild Hunt: Esta expansão do aclamado jogo de RPG oferece uma nova região para explorar, com uma história envolvente, novas missões, personagens e melhorias significativas na jogabilidade.
• “The Ballad of Gay Tony” – Grand Theft Auto IV: Este pacote de expansão traz uma nova narrativa no mundo de Grand Theft Auto IV, com novos personagens, missões, veículos e uma atmosfera vibrante que destaca a vida noturna de Liberty City.
• “Old World Blues” – Fallout: New Vegas: Esta DLC mergulha os jogadores em um ambiente pós-apocalíptico cheio de humor e referências à cultura pop. Com uma história intrigante, inimigos únicos e novos equipamentos, é uma expansão adorada pelos fãs de Fallout.
• “Shivering Isles” – The Elder Scrolls IV: Oblivion: Esta expansão leva os jogadores a uma nova dimensão em Oblivion, oferecendo um mundo colorido, missões emocionantes e um novo protagonista, o Príncipe da Loucura. É considerada uma das melhores DLCs da franquia Elder Scrolls.
• “Artorias of the Abyss” – Dark Souls: Prepare to Die Edition: Esta expansão desafiadora para Dark Souls adiciona uma nova área, chefes épicos, armas e armaduras, além de aprofundar a história do jogo original. É altamente elogiada pelos fãs do jogo pela sua dificuldade e conteúdo adicional significativo.
• “Heart of Stone” – The Witcher 3: Wild Hunt: Além da “Blood and Wine” mencionada no início da lista, “Heart of Stone” é outra DLC aclamada, com uma história cativante e missões desafiadoras.
• “Undead Nightmare” – Red Dead Redemption: Esta expansão para Red Dead Redemption transforma o jogo em um cenário pós-apocalíptico de zumbis, oferecendo uma nova história, missões e mecânicas de jogo relacionadas ao tema.
• “The Frozen Wilds” – Horizon Zero Dawn: Esta expansão para Horizon Zero Dawn introduz uma nova região coberta de neve, com uma história intrigante, novas máquinas inimigas e habilidades aprimoradas para a protagonista Aloy.
• “Point Lookout” – Fallout 3: Esta DLC transporta os jogadores para a área pantanosa de Point Lookout, oferecendo uma nova área explorável, missões envolventes e encontros com criaturas peculiares.
• “Left Behind” – The Last of Us: Esta expansão de história para The Last of Us é uma prequel que explora o passado de Ellie, uma das protagonistas do jogo principal, fornecendo mais contexto emocional e narrativo.
• “Citadel” – Mass Effect 3: Considerada uma das melhores DLCs da trilogia Mass Effect, “Citadel” oferece uma despedida emocional para os jogadores, com uma história divertida, interações com personagens amados e momentos nostálgicos.
• “The Ringed City” – Dark Souls III: Esta DLC é a última expansão do universo Dark Souls e oferece um novo mundo para explorar, inimigos desafiadores, chefes épicos e armas poderosas.

Qual é a sua preferida?

Agora queremos saber de vocês, qual é a sua DLC preferida ou top 3? E para qual jogo você está esperando uma DLC? Comenta aí!