Quando será o bastante?

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Apesar dos computadores terem evoluído assustadoramente nas últimas décadas, o poder de processamento de que dispomos hoje ainda é insuficiente para muitas aplicações. Em outras áreas as soluções até existem, mas são caras demais, tornando a idéia
inviável.

Para o usuário doméstico a situação é mais confortável, pois mesmo um micro barato, um Celeron 500 por exemplo é capaz de rodar praticamente todos os aplicativos atuais. Aliás, em muitos países, nos próprios EUA, berço do consumo, a venda de processadores
e vários outros equipamentos não atingiu as expectativas no último ano, simplesmente por que muitos usuários chegaram à conclusão que valeria mais à pena esperar um pouco para atualizar seus PCs, já que a máquina atual ainda estava dando conta do
recado.

O ponto principal é que desenvolvimento dos aplicativos e jogos evoluem junto com o Hardware, aproveitando os recursos disponíveis. Na época do 286 por exemplo, era impensável desenvolver jogos 3D como os que temos atualmente, por isso, estes mesmos
títulos começaram a surgir apenas na época do Pentium, quando já existia um número expressivo de usuários com máquinas rápidas o suficiente para executá-los. Aliás, no início da década de 80, quando o processador 286 estava sendo desenvolvido, muita gente
se perguntava qual seria a utilidade de “um processador tão rápido”, de fato, quando perguntaram a Bill Gates o que ele achava do recurso de memória expandida do 286 (que permitia acessar até 16 MB de memória) a resposta do nosso bilhonário foi: “Para que
alguém precisaria de mais de 640 K de memória?” a resposta veio logo depois, com o lançamento do Windows 2.0, da própria Microsoft…

Quem hoje em dia diz que não existe mais necessidade de PCs ainda mais rápidos, está cometendo o mesmo erro. Os PCs que temos hoje podem ser mais do que suficiente para rodar os aplicativos que temos hoje, mas máquinas mais rápidas fatalmente trarão
aplicativos com muito mais recursos, que facilitarão nossa vida, mas não rodarão mais nas máquinas atuais.

Enquanto existir alguém criativo na face da terra, capaz de imaginar formais mais eficientes de fazer as coisas, computadores mais rápidos serão sempre bem vindos. Daqui a 100 anos, quando computadores quânticos, milhões de vezes mais poderosos do que
Qualquer Athlon de 1.2 GHz atual já virarem eletrodoméstico, muita gente vai achá-los lentos por que não conseguem rodar algo que tenha sido desenvolvido.

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