O começo da grande guerra entre ARM e x86

O crescimento dos tablets vai criar naturalmente uma microguerra entre Intel e ARM, o que vai levar a uma guerra entre os fornecedores de vários chips x86 e ARM. Indiretamente, essa situação tem muitas chances de se transformar em uma guerra de padrões.

Processadores ARM da Texas Instruments

Os microprocessadores com arquitetura x86 são capazes de oferecer um desempenho altíssimo. Eles movem a maioria dos data centers e servidores do mundo. Por outro lado, eles não conseguem proporcionar altas velocidades com poucos watts, coisa que hoje em dia é essencial para dispositivos móveis, e que vai ser parte dos servidores de baixo consumo da próxima geração. Os chips ARM oferecem baixo consumo de energia, mas não muitos recursos – eles não têm sequer capacidades básicas de 64 bits. Ainda assim, é fato que o consumo de energia vai ser importante para os dispositivos móveis, que vão ser a força motriz da indústria da tecnologia.

Os smartbooks, por exemplo, definitivamente perderam a guerra contra os netbooks. Mas a batalha que vem por aí, entre tablets, netbooks e notebooks, é totalmente imprevisível. Naturalmente, algumas empresas gostariam de ressuscitar os smartbooks ou desenvolver novos netbooks com todas as tecnologias de alto desempenho que vão obter em 2011.

Logotipo do Android

As plataformas ARM e x86 são completamente diferentes uma da outra. Elas usam barramentos diferentes para o processador, além de oferecerem sistemas de entrada e saída diferentes. Qualquer tipo de oposição aqui vai levar a uma guerra de padrões, capaz de eliminar padrões de entrada e saída exclusivos dos PCs, como o FireWire/IEEE1394, o USB 3.0 e até o LightPeak. Além disso, o x86 usa Windows, enquanto o ARM usa qualquer coisa, menos Windows.

O que vai acontecer é algo totalmente imprevisível. Ninguém sabe qual vai ser o resultado da guerra de 2011. Só o que sabemos é que essa guerra vai começar.

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