Como instalar plug-ins no Mozilla

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Como instalar plug-ins no Mozilla

O Mozilla é o navegador open Source que surgiu pouco depois que a Netscape liberou o código fonte do Navegador. Existem várias versões do Mozilla, que acompanham as versões do Netscape, ou versões do Netscape que acompanham as versões do Mozilla para ser mais exato, já que atualmente o Netscape não passa de um Mozilla com algumas modificações.

Os dois navegadores são praticamente idênticos. Outros navegadores, como por exemplo o Galeon, utilizam a engine do Mozilla. Em comparação com o Netscape as vantagens do Mozilla são:

  1. Tem menos componentes integrados, por isso o download é mais rápido e o navegador mais leve.
  2. Suporta um número de temas muito maior que o Netscape (os temas do Mozilla quase sempre não podem ser instalados no Netscape).
  3. Oferece suporte a tabs, que permitem abrir várias páginas dentro da mesma janela do navegador. Isto permite abrir muitas páginas, sem congestionar a barra de tarefas e organizá-las de acordo com o assunto. Este recurso é especialmente útil para quem costuma manter várias janelas do browser abertas simultâneamente.
  4. Existem ainda a opção de desabilitar janelas pop-up. Sim, isso mesmo, basta desmarcar as quatro primeiras opções do menu Edit > Preferences > Advanced > Scripts & Windows e os pop-ups simplesmente desaparecem 🙂 Este recurso, tão importante hoje em dia, também está disponível no Galeon e no Opera, mas não no Netscape, já que a AOL não deve ter muito interesse em desabilitar um recurso de propaganda tão usado.

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O Mozilla é 100% open source, por isso é incluído em quase todas as distribuições Linux. Apesar disso, novas versões do Mozilla são lançadas muito freqüentemente. Você pode baixar as novas versões no: http://www.mozilla.org

Lá estão disponíveis tanto os instaladores para Windows quanto para Linux. No caso da versão Linux, temos um pacote .tar.gz.

Para instala-lo, comece descompactando-o usando o comando “tar -zxvf pacote“, como em:

$ tar -zxvf mozilla-i686-pc-linux-gnu-1.1b-sea.tar.gz

Acesse o diretório “mozilla-installer” que será criado usando o comando CD e, finalmente, chame o instalador com o comando (como root):

# ./mozilla-installer

A partir daí temos um instalador gráfico, semelhante ao do Netscape, que se encarrega do resto.

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A maioria das distribuições já vem com o Mozilla instalado por default, mas mesmo assim você pode querer atualizá-lo de vez em quando. O desenvolvimento do Mozilla é bem acelerado, com novas versões sendo lançadas em questões de semanas. Existe até mesmo um “Nightly Build”, uma versão de desenvolvimento que é atualizada todas as noites, com o trabalho feito durante o dia.

Dicas

O Mozilla é na verdade uma suíte de 4 aplicativos, o navegador em sí, o Messager para e-mail e news, um catálogo de endereços e o Composer, que é um editor html visual, com bons recursos. O Composer é provavelmente o melhor editor visual para Linux, já que os programas mais poderosos, como o Quanta e o Bluefish trabalham com edição em código.

Para abrir uma nova tab no navegador pressione Ctrl+T, para salvar um bookmark com todas as tabs abertas selecione a opção Bookmarks > Bookmark this group of tabs. Ao abrir o marcador todas as tabs serão abertas de uma vez, ideal para salvar as páginas abertas na hora de desligar o micro. 🙂

Para alterar o tema, clique em View > Apply Theme > Get New Theme. Você será direcionado para uma das páginas oficiais e poderá instalar novos temas clicando sobre os links. O tema usado no screenshot acima é o “pinball”.

Na aba Tools você tem acesso à várias opções de bloqueio de conteúdo. Você pode instruir o navegador a bloquear automaticamente cookies ou imagens do endereço que está sendo visitado. Aqui também estão disponíveis opções para salvar dados digitados em formulários para que o navegador preencha-os automaticamente depois. Isto é especialmente útil em sites que pedem autenticação.

Como todo navegador, o Mozilla consome mais e mais memória RAM conforme novas páginas vão sendo abertas. Se você tem pouca RAM ou costuma abrir muitas páginas ao mesmo tempo, experimente usar a opção Debug > Flush Memory de vez em quando. A ser usada ela elimina imagens e outros dados temporários da memória do navegador, diminuindo bastante a quantidade usada.

Boa parte da rapidez com que o Mozilla vem sendo desenvolvido se deve à facilidade com que é possível reportar bugs e sugerir melhorias, que normalmente são corrigidos rapidamente pela equipe de desenvolvimento. Na opção QA > Recently Reported Bugs você tem acesso à uma lista dos bugs mais frequêntemente reportados, tanto os ainda em aberto quanto os já corrigidos. Caso você tenha encontrado algum bug que não esteja na lista, clique em QA > File a Bug para ter acesso ao formulário de submissão de novos bugs. Como o projeto involve colaboradores de todo o mundo, a linguagem oficial para os relatórios é o Inglês. Ao submeter algo em Português ou outra língua a chance do bug ser corrigido será menor, pois você dependerá da possibilidade de algum dos desenvolvedores entender Português.

Naturalmente, antes de submeter algum bug, experimente atualizar para a versão mais recente, para ter certeza que ele já não foi corrigido. Para espionar o que os desenvolvedores andam fazendo, clique em QA > CVS Checksuns Today. Geralmente a lista é bem extensa 😉

Instalando Plug-ins

Infelizmente, é inegável que o suporte a plug-ins no Linux é ainda bem inferior ao que temos no Windows. Como o número de usuários é menor, empresas como a Macromedia e a Real também direcionam menos esforços para a plataforma. Também, como era de se esperar, não existe nenhuma versão nativa do Media Player.

Apesar disso, o suporte a Java (versão da Sun) e Flash é quase perfeito. O Netscape já vem com ambos instalados, e veremos a seguir como instala-los também no Mozilla. Você pode instalar também o Real Vídeo.

A suporte ao Quick Time e ao Media Player pode ser obtido através do Cross-Over Plug-in, que pode ser baixado em: http://www.codeweavers.com/products/crossover

Este é um produto comercial que custa US$ 25, mas existe também uma versão demo, que tem a mesma funcionalidade, mas exibe periodicamente mensagens bem humoradas pedindo que você registre o programa: “Por favor, estamos com fome, trabalhamos melhor quando temos dinheiro para comprar pizza” 🙂

A instalação é simples, basta executar o arquivo “install-crossover-plugin-1.x.x-demo.sh” e será criada uma entrada no iniciar, onde você pode instalar os plug-ins desejados. Basta ter em mãos os executáveis for Windows. Entre os suportados estão o Media Player 6.4, QuickTime e o Real Player 8.

Vamos então à instalação das versões nativas do Flash, Java e Real Player:

Flash

Para instalar o Flash no Mozilla, baixe o pacote flash_linux.tar.gz disponível no:

http://www.macromedia.com/shockwave/download/alternates/

Apesar da extensão, o pacote contém o programa já compilado. Basta descompactar, usando o comando “tar -zxvf flash_linux.tar.gz”, ou usando o gerenciador de arquivos, e em seguida copiar o conteúdo (usando a conta root) para a pasta de plug-ins do Mozilla, que por default será: /usr/local/mozilla/plugins. No Mozilla que vem pré-instalado nas distribuições a localização mais comum é a pasta /usr/lib/mozilla-1.1/plugins

Isto fará o Mozilla fechar sozinho. Ao abri-lo novamente o suporte a Flash já estará ativado 🙂

Java

No caso do suporte a Java você tem duas opções. A primeira é instalar o plug-in da Netscape, neste caso basta acessar qualquer site com algo em Java e você receberá a opção de automaticamente instalar o plug-in.

A segunda opção é baixar a JRE da Sun, que ativará o suporte não apenas no Mozilla, mas também em outros programas, como o OpenOffice. O primeiro passo é baixar o instalador no http://java.sun.com/j2se/1.4/download.html escolha entre o “Linux RPM in self-extracting file” e o “Linux self-extracting file”. Os dois são arquivos executáveis, que exibem o contrato de licença e se auto descompactam. A diferença é que o primeiro gera um arquivo RPM instalável da maneira usual e o segundo um arquivo binário que deve ser executado para concluir a instalação.

O plug-in para o Mozilla será instalado na pasta /usr/java/j2re1.4.x/plugin/i386/ns610/ para instala-lo você precisa apenas copiar o arquivo libjavaplugin_oji140.so para a pasta de plug-ins do Mozilla.

Este plug-in da Sun faz com que o Mozilla 1.0 e 1.1 trave em alguns sites. O problema é um conflito com o mecanismo de identificação do Mozilla. Basicamente, este é um sistema que faz com que o Mozilla identifique-se como sendo o IE 5 em algumas páginas “IE only” para que o usuário possa acessar. Porém, neste caso o plug-in trava por achar que está rodando sobre o IE e não sobre o Mozilla. A Sun fez pouco caso do problema mas a equipe do Mozilla encontrou uma solução que deve ser incluída na versão 1.2. De qualquer forma, o problema afeta apenas o Mozilla, você pode utilizar o Netscape para acessar estes sites.

Real Player

Para o Real Player o procedimento é semelhante. Baixe o instalador no (escolha a versão Linux i386): http://scopes.real.com/real/player/unix/unix.html estão disponíveis tanto uma versão RPM quanto um arquivo binário que precisa ser descompactado e executado.

O Real Player se instala na pasta /usr/lib/RealPlayer8/. Tudo o que você precisa fazer é copiar o arquivo rpnp.so para a pasta de plug-ins do Mozilla. Você também pode chamar o player através do comando “realplay”.

Acrobat Reader

Geralmente as distribuições já trazem um leitor de arquivos PDF, o xpdf, tornando desnecessária a instalação do Acrobat Reader. De qualquer forma, se você preferir o programa da Adobe, baixe-o em:
ftp://download.adobe.com/pub/adobe/acrobatreader/unix/5.x/linux-505.tar.gz

Depois de instalado, basta copiar o arquivo nppdf.so da pasta de instalação para o diretório de plug-ins do Mozilla. Por default, o Reader se instalará na pasta
/usr/local/Acrobat4/Browsers/intellinux/

Plugger

Uma segunda opção para ganhar suporte a vídeos no formato Quicktime, Avi e alguns outros tipos de arquivos a partir do Browser é o Plugger, que você pode baixar em: http://fredrik.hubbe.net/plugger.html

Para instala-lo basta descompactar o arquivo com o comando “tar -zxvf arquivo“, acessar a pasta que será criada, logar-se como root (su) e usar o comando “make install” para finalmente instalá-lo.

O Plugger em sí é apenas um programa que capta as tags <EMBED> nas páginas, abrindo os arquivos com os programas apropriados. é aqui que o trabalho começa, você precisará instalar os programas que abrem os formatos de arquivos suportados pelo plugger. Todos os links estão na página acima. Por exemplo, para assistir streamings no formato Quicktime você precisará também do Xanim e do MpegTv.

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