Software Pirata e ABES

Por:

“Morimoto, no caso da acusação de prática de pirataria, por que é que eu é que tenho que provar que “roubei” o software? Por que existe esta inversão de provas? Não sei se estás me entendendo… me refiro ao fato de que a ABES pode entrar na casa/empresa de uma pessoa e, se esta não tiver como comprovar que comprou legalmente um software, automaticamente já será considerada pirata. Ou seja, eu é que tenho que provar que não sou criminoso. Eu me pergunto: Até quando a sociedade vai ficar aceitando passivamente este comportamento da ABES e da BSA?

Oi Elias, você pode provar que adquiriu o software legalmente apresentando os contratos de licença que acompanham os programas. No caso de softwares de menor valor, que não tragam nenhum certificado, você pode conservar a caixa, junto com os CDs originais.

Eu também não concordo com boa parte das ações da ABES. Realmente, vários softwares são vendidos com um preço abusivo, mas por outro lado, isso não torna correto utilizar programas piratas. Afinal, você acharia certo furtar produtos de um supermercado só por que ele cobra caro?

Na minha opinião, a melhor forma de forcar a queda nos preços dos programas e protestar contra as ações punitivas, é começar a substituir os software comerciais, sobretudo os mais caros, como o Office, por programas gratuítos, ou concorrentes mais baratos. Se a Microsoft perdesse 50% da sua fatia de mercado por exemplo, sem dúvida alguma se veria obrigada a baixar seus preços. O mesmo pode ser dito de outras empresas.

No caso do Office por exemplo, existem o Lotus Smart Suite e Corel Word Perfect, que tem funções semelhantes, mas são bem mais baratos. Além destes, existem os concorrentes gratuítos, como o StarOffice e o Koffice, que seriam as opções mais atraentes.

Mas, sempre existe uma contrapartida. Ao trocar os softwares, a empresa precisará investir em treinamento dos funcionários. Você não pode exigir que todos se virem para aprender a trabalhar com Linux e StarOffice por exemplo, a empresa é quem deverá dar treinamento e isso também custa dinheiro. O Metrô de São Paulo por exemplo, passou a utilizar o StarOffice e, segundo os responsáveis pelo programa, passaram a economizar 3 milhões por ano. Claro que tiveram que investir em treinamento, mas a longo prazo a economia apareceu.

A grande questão é que não dá para simplesmente seguir a lei do menor esforço, ficar reclamando do custo dos aplicativos que usa atualmente e ao mesmo tempo não procurar alternativas. Mesmo que você não pretenda migrar para outra plataforma, procure manter-se informado sobre os outros produtos para conhecer suas vantagens e suas deficiências, pois você terá sempre uma alternativa. Você não teria medo de ficar desempregado se tivesse uma vaga garantida em outro lugar não é mesmo?

Os softwares mais utilizados em pequenos escritório são o Windows, Office e alguns programas gráficos como o Photoshop e o Corel Draw. Nos servires, temos o Windows 2000 (ou NT), atuando como servidor de arquivos, servidor de impressão, compartilhando a conexão com a Internet ou atuando como servidor de páginas, rodando o IIS.

Uma licença OEM do Windows 2000 custa 350 reais, uma do Windows NE (ou 98) custa quase metade disso. O mais caro são as licenças do Office, do Photoshop, Corel e do Windows 2000 Server. O IIS é gratuito, mas roda sobre o Windows, lhe obrigando a comprar software de qualquer forma.

Como substituto do Office existe o StarOffice que comentei anteriormente. Já ví muitos comentários sobre ele, alguns neutros, outros positivos e até mesmo alguns bem ofensivos, como o “StarOffice é uma merda” que já cheguei a ler.

O fato é que no final das contas eu mesmo resolvi substituir o Office 97 que usava pelo StarOffice, ao invés de piratear ou pagar quase mil reais pelo Office 2000 ou XP. O Office 97 não consegue sequer salvar um documento decentemente em html e não vou pagar novamente para ter a solução para um problema que nem deveria existir.

Vamos estão a uma análise franca do programa que estou usando para escrever este texto. O Star tem mesmo algumas deficiências. Alguns dos menus são desorganizados e muitas funções que são fáceis de acessar no Office ficam escondidas em locais pouco adequados. Os menus estão em Português de Portugal, mas o corretor ortográfico que na minha opinião é o mais importante, está em Português do Brasil e funciona bem.

Existem alguns recursos no Office que não existem no Star, mas ele também tem várias armas. Lembra-se do problema ao salvar documentos em html? O StarOffice salva todos perfeitamente, com as figuras, links, etc. O Office 2000 também faz isso sem problemas, mas o Office 97 que estava utilizando não. No final das contas, depois de passar alguns dias me acostumando com as funções do programa fiquei bastante satisfeito. Veja que eu o uso para editar livros, com mais de 500 páginas, várias figuras, tabelas, índices, etc. não apenas para escrever memorandos.

O StarOffice tem versões para Windows e para Linux. Uma coisa que percebi é que a versão for Windows do StarOffice é mais lenta do que a versão que roda sobre o Linux. Tanto que um Celeron 366 que está rodando o Conectiva 7 abre documentos, insere imagens, etc. perceptivelmente mais rápido do que o Celeron 600 que estou utilizando agora, que roda o Windows 2000.

Como alternativa ao Photoshop temos o Gimp. Existe uma polêmica em torno de se o Gimp é capaz de fazer tudo o que o Photoshop faz, mas por outro lado pouca gente utiliza todos os recursos do Photoshop. Tenho dedicado algum tempo a ele e estou vendo que o Gimp é realmente um concorrente de peso, creio que com algum estudo, mesmo alguém que utilize intensivamente o Photoshop não teria muita dificuldade em migrar para ele.

Os servidores são provavelmente a área onde é mais fácil implantar o Linux para cortar custos ou ganhar em desempenho. Você não precisa se preocupar em dar treinamento aos funcionários pois ferramentas como o Samba podem ser usadas para integrar o servidor a uma rede Linux perfeitamente. Configurar um servidor de páginas também é uma tarefa simples.

Finalmente chegamos ao inevitável, que é falar sobre a viabilidade (ou não) de substituir o Windows pelo Linux nos PCs dos funcionários. Vem então a velha pergunta, o Linux já está pronto para o Desktop?

As distribuições atuais do Linux já são bastante amigáveis. Veja por exemplo o Conectiva 7, toda a instalação é feita em modo gráfico e você precisa apenas escolher os aplicativos e interfaces que gostaria de instalar, escolher a resolução de vídeo e configurar os endereços de rede, caso tenha. Quase todo o Hardware é detectado automaticamente durante a instalação, mesmo em micros novos ou muito antigos.

Por irônico que possa parecer, o maior problema é justamente a instalação do modem. Se você tiver um hardmodem, tudo vai ser fácil, mas se você tiver um softmodem, vai ter que perder algum tempo procurando, compilando e instalado o driver. Apesar destas dicas já serem manjadas, já que quase todo mundo que atualmente usa Linux passou por isso, um usuário iniciante sem dúvidas teria dificuldades.

Depois de instalado, é bem fácil trabalhar com o sistema, pois todos os aplicativos que escolheu são instalados junto com o SO. Tanto o KDE quanto o Gnome tem uma organização muito parecida com a do Windows, uma lida no manual já vai ser o suficiente para um usuário médio se familiarizar com as funções. Até o LinuxConf, (o “painel de controle” do Linux 🙂 ganhou uma versão gráfica. Através dele você pode configurar a maior parte das opções do sistema, inclusive o Samba.

A organização de arquivos do Linux e algumas configurações podem ainda assustar um usuário iniciante, mas nada impede que você mesmo não configure os PCs dos funcionários com os aplicativos, atalhos etc. Os aplicativos tem funções muito parecidas com os correspondentes no Windows.

Como navegador e programa de e-mail, você pode utilizar o Netscape 6.1, como suíte de escritório existem como opções o StarOffice, o Koffice (que tem uma interface muito parecida com a do Office 2000), entre outros.

Existe um clone do ICQ, o Licq, que já é instalado automaticamente na instalação default do Conectiva. Como editor de imagens temos o Gimp, que já comentei, para criar páginas Web você pode utilizar o Composer do Netscape 6.1 (que não chega a ser um Dreanweaver, mas já é o suficiente para editar páginas simples) e assim por diante. Outra opção é usar o editor de html do próprio StarOffice. Novamente, não é um FrontPage (e graças a Deus também não tem os bugs deste 🙂 mas é fácil de usar.

Enfim, com excessão de programas mais específicos existem similares no Linux para quase tudo. Nem todos estes softwares tem a mesma funcionalidade que o os correspondentes no Windows. O Licq por exemplo fica atrás do ICQ 2000 em termos de recursos, mas em compensação não mostra propagandas.

O ponto que gostaria de chegar é que o Linux já é uma opção viável. Para alguém que só usa programas piratas, pode não ser vantajoso migrar para ele, mas, se você realmente tiver de comprar todos os softwares que usa, você vai logo perceber que terá muito mais recursos no Linux, simplesmente por que no Windows você só teria os softwares que fossem estritamente necessários, por causa do preço.

Na minha opinião, vale muito mais à pena gastar alguns dias estudando sobre o StarOffice, ou mesmo pagar um curso, ou pelo suporte técnico da Conectiva do que pagar quase mil reais pelo Office, sem a garantia de que daqui a um ano você não precisará atualiza-lo por precisar de uma função que não exista no atual.

Como disse anteriormente, comece a estudar sobre o sistema e seus aplicativos, vá pensando em que áreas da sua empresa seria vantajoso usar o Linux. Entre em contato com empresas como a Conectiva para se informar sobre as opções de suporte técnico e de implantação de sistemas. Enfim, tenha uma escolha. Escolha o sistema que quer usar pelos seus recursos e não simplesmente por que não conhece outros.

Gimp para Windows

O Alberto e a Daise me avisaram que já existe uma versão do Gimp para Windows, que pode ser baixada em http://www.gimp.org/win32/ ou no site de downloads mais próximo. Esta versão ainda está em desenvolvimento, por isso não possui todos os recursos da versão for Linux. Falta por exemplo o suporte a gifs e a algumas placas de vídeo e, segundo o próprio autor ainda existem vários bugs a serem corrigidos. Enfim, o Gimp para Linux continua sendo a melhor opção mas mesmo que não queira sair do sistema das janelas, você pode testa-lo.

“Prezado Morimoto,

Estive lendo sua dica de hoje, e vi que você escreveu que um problema do Gimp, é que ele funciona somente no Linux. Gostaria de informá-lo que existe uma versão para o Windows, o qual estou usando. Baixei no site do superdownloads(confirmei agora e ainda está lá) e fiquei realmente surpresa com o programa.

Com relação à dica de hoje, concordo contigo sobre alternativas, pois também troquei o Office pelo StarOffice e não me arrenpendi. O Gimp como já disse me impressionou. Agora só falta eu mudar para o Linux. Mas para isso vou esperar um pouco, pois não tenho espaço no HD suficiente para ficar com os dois SO, pois até me acostumar com o Linux sei que não é fácil, ainda mais para iniciantes como eu.

Essa troca foi realmente uma alternativa, para não ter problemas com software piratas no micro. Nem tanto pelo custo, pois afinal aqui no Japão conseguimos levar uma vida financeira tranqüila, mas porque quis experimentar alternativas novas e de fácil acesso. Consegui isso com os programas os quais citei.

Está de parabéns também o seu site, pois foi através dele que consegui muita informação, inclusive dúvidas minhas foram resolvidas no fórum.

Que Deus te abençoe grandemente,

Daise”


Office para PCs 486

“Olá, Morimoto.

Muito interessante o último artigo que li sobre a ABES. Dou suporte a várias empresas que trabalham primordialmente com programas Microsoft instalados. Windows e Office, todos oficiais.

Os Windows são fáceis de colocar em ordem, porque o software já vem instalado nas máquinas, mas o Office, ainda que se tenha licença para todas as máquinas, o que tenho feito é instalar as versões mais antigas, todas legais, como já disse, nas máquinas mais lentas. Imagina colocar um Office XP num 486 antigão. Coloco o Office 97 que com 32 MB de RAM funciona bem razoavelmente. O problema é que me disseram que isso é ilegal. Pode ser?

Quer dizer que como não consigo comprar um Office mais, antigo preciso trocar de máquina antes de instalar o Office? É isso.

Obrigado pela atenção.”

Oi Sérgio, não tenho certeza se ainda fazem isso, mas antigamente a Microsoft tinha um plano de troca de versões. Caso você quisesse usar uma versão antiga de algum software, que não era mais comercializada, você deveria comprar a versão mais atual e entrar em contato com a Microsoft solicitando uma mídia da versão anterior. Você poderia então usar a versão antiga, desde claro que não instalasse a versão atual. Seria uma troca.

Realmente, usar cópias piratas do Office, mesmo que você tenha licenças das versões mais novas pode ser classificado como pirataria.

Entretanto, eu tenho uma sugestão que pode resolver o seu problema. Você poderia passar a utilizar o 602Pro no Lugar do Office nos 486s. O 602Pro é uma suíte alternativa, que substitui o Word e o Excel. Apesar de não ter todos os recursos dos dois, é uma suíte leve, que roda bem mesmo em micros 486. Ela é compatível com os arquivos do Office 97/2000 e tem uma interface bem semelhante à dos dois, o que vai diminuir a sua dor de cabeça com os funcionários.

A versão básica do 602Pro é gratuita, você pode baixa-lo na área de downloads do Guia do Hardware, ou diretamente na página do desenvolvedor: http://www.software602.com . Existe um módulo opcional, que adiciona alguns recursos, como um corretor ortográfico em Português, que custa US$ 49.00 (sem limite de número de PCs)

O 602Pro também pode ser uma opção para quem não gostou do StarOffice, apesar do StarOffice realmente ser bem mais completo.

Linux em universidades e PCs 486:

“Oi Morimoto,

Pegando a sua deixa da dica de ontem (3/8), gostaria de comentar mais algumas coisas sobre o Linux.

Sou um dos entusiastas do software livre. Não um dos fanáticos que acham que isso é a solução para os problemas do mundo, mas sem duvida estou apostando na idéia. A transição do software comercial para o software livre é um processo longo, principalmente quando existem vários usuários envolvidos. Na Universidade de Brasília estamos estudando a possibilidade de implantar o software livre como padrão, e são varias as dificuldades. O ponto em que mais tropeçamos é a resistência de usuários já habituados aos softwares comerciais. E um trabalho muito mais de educação e treinamento do que de software e hardware.

Pessoalmente já estou fazendo minha transição ha um bom tempo, mas ainda uso “Micro$oft” para algumas tarefas, usando sistema dual em varias maquinas. O servidor já passou a ser 100% Linux, apesar de eu ainda apanhar um bocado…

As workstations estão mudando p/ Linux, mas apesar dos alunos chiarem um pouco com o StarOffice, outro dia um deles teceu bons elogios ao StarOffice como editor de web, substituindo o FrontPage e até o Dreamweaver com algumas vantagens. É claro que ainda não temos para Linux a imensidão de programas que existem para o Windows, por exemplo, editores de JavaScript maceteados para menus e botões, milhares de plugins para Photoshop; editores de animação como Flash ou mesmo GifAnimator, etc… Mas tenho certeza que isso é só uma questão de tempo. Com a legião de programadores que esta aderindo a esta filosofia, demorara muito pouco ate que tudo isso esteja por ai como software livre.

Quanto a sistemas “enxutos”: Você mencionou em uma das dicas anteriores que tem um 486 com 16MB RAM que roda Linux com interface gráfica e esta mais rápido que o Windows… Você tem algum HowTo explicando esses truques?

Tentei fazer isso num velhinho la de casa, mas o bixo virou uma carroça! Só consegui que ficasse rápido sem a interface gráfica, mas ai não teria uso quase nenhum…

Precisaria de um sistema que rodasse um browser, um ftp (cliente) e tivesse um editor de texto e uma planilha (o mais próximo possível do M$-Office – sei que o Star Office e muito pesado…). Só isso, sem jogos, sem serviços, sem fax – só modem.

Costumo usar o Mandrake ou o RedHat (ambos da mesma família do Conectiva, mas achei aqueles um pouco melhores), que são bastante flexíveis, mas o que me falta e experiência na configuração desse tipo de sistema…

Por enquanto é só.

[]s,

Wagner.”

Calma Wagner, o 486 não era meu, estava à mostra no estande da Conectiva, na Comdex. A configuração era um 486SX com 16 MB, rodando o KDE (atualmente a interface mais pesada, e mais completa para Linux) e o Netscape 4. Realmente, o desempenho estava melhor do que o Windows 98 teria na mesma configuração, mas sem dúvida eles otimizaram o sistema até o limite para conseguir este resultado.

Eu venho fuçando bastante num outro 486, este sim meu para tentar conseguir resultados parecidos. Em primeiro lugar, se você quiser mesmo conseguir um desempenho aceitável num 486, você precisará de pelo menos 16 MB de RAM. Até mesmo o TinyLinux, que é uma distribuição feita especialmente para rodar em micros 386 e 486 traz 12 MB como requisito mínimo para uma interface gráfica “usável”.

Depois de achar os pentes de memória em alguma lojinha de usados, ou com algum amigo que trocou de micro, você vai precisar escolher bem a distribuição. Em primeiro lugar, é essencial que você utilize uma distribuição que já venha com o Kernel 2.4, que é realmente muito mais rápido que a versão 2.2, principalmente num 486.

Claro, você pode deixar para baixar e instalar o novo Kernel depois, mas assim você terá ainda mais trabalho. O Conectiva 7 já vem com o 2.4 (ao contrário do Red Hat 7.1 por exemplo).

Além do problema do Kernel, vem o problema da Interface. O KDE é muito pesado, como disse, o pessoal da Conectiva deve ter otimizado o sistema até o limite pra conseguir fazer ele ficar rápido num 486SX com 16 MB.

Se você tiver pelo menos um AMD 5×86 de 133 MHz e 32 MB, já dará pra rodar o KDE com um bom desempenho, mas com apenas 16 MB seria mais indicado uma interface mais leve, como o FVWM, Blackbox ou mesmo o WindowMaker. As três vem no CD do Conectiva, apesar de apenas o WindowMaker aparecer no menu de instalação. Para instalar as outras, basta procurar os pacotes no CD de instalação. Nada impede que você tenha várias interfaces instaladas, desde claro, tenha espaço em disco suficiente para a tralhada 😉

Com o KDE, o consumo de memória, sem nenhum aplicativo aberto é de cerca de 22 MB. Usando o Blackbox isto cai para quase 12 MB.

Finalmente, para ganhar mais algumas polegadas de desempenho é altamente recomendável que você recompile o Kernel, deixando habilitadas apenas as opções necessárias. O Kernel pré-configurado do Conectiva vem com suporte a SMP, suporte a vários chipsets de vídeo onboard, etc. Coisas que você não teria em um 486, mas que nem por isso deixam de ocupar memória. Você pode encontrar instruções detalhadas de como recompilar o Kernel aqui: http://www.revistadolinux.com.br/ed/013/compilando.php3

Além do StarOffice, que realmente é um pouco pesado para um 486, existem aplicativos como o Abiword e o Gnumeric, que podem revelar-se substitutos aceitáveis para o Office.

Linux para nichos específicos

“Alô Carlos,

Um adendo ao seu comentário: em um grupo de discussão alguém falou sobre a fragilidade do Linux na área de CAD, que os aplicativos CAD para Linux jamais alcançariam a complexidade de um AutoCAD. É verdade, mas o motivo é que CAD é um nicho específico do mercado, ao contrário de software para escritório, e como tal a Autodesk investiu pesado no autocad, daí seu alto custo.

Já que a maior parte dos aplicativos Linux são desenvolvidos nos termos do open source e são programas gratuitos e livres, mantidos por diversos desenvolvedores independentes e a maioria não atrelada a companhias, vai demorar um pouco até que apareça um cad completo para o Linux, a não ser que alguma empresa invista nisso e não seja nos termos gnu.

Outro ponto que acho que o Office da MS tem superior é na área de banco de dados, o Access é um aplicativo muito bom. Não sei se no Linux tem um semelhante. Sei que na última versão do StarOffice tem um banco chamado Adabas e que um dos aplicativos mais usados para bd no Linux é o Mysql, mas sei pouco a respeito dele, não sei pode ter a facilidade e o poder de um Access.”

Jaques Fernandes
jaquesfernandes@uol.com.br

Sobre o Autor

Redes Sociais:

Deixe seu comentário

X