Primeiras impressões do Pardus Linux 2009

Primeiras impressões do Pardus Linux 2009

First look at Pardus Linux 2009;
Autor original: Caitlyn Martin
Publicado originalmente no:
distrowatch.com
Tradução: Roberto Bechtlufft

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No dia primeiro de dezembro do ano passado, o DistroWatch Weekly divulgou um estudo de caso detalhado do Pardus Linux, publicado no site OSOR.eu. O documento detalhava a forma como o Pardus estava sendo usado tanto no setor público quanto no privado da Turquia, e como a distribuição poupava milhões de euros em impostos aos cidadãos turcos. Uma característica não muito comum do Pardus Linux é o fato de ser uma distribuição financiada pelo governo. Ele foi criado e é mantido pelo UEKAE (Instituto Nacional de Pesquisa em Eletrônica e Criptologia), que é afiliado ao Conselho de Pesquisa Tecnológica e Científica da Turquia. Eu já tinha lido várias análises e comentários positivos a respeito do Pardus, e decidi dar uma olhada na distribuição assim que uma nova versão fosse lançada. O Pardus 2009, saiu no dia 18 de julho, e desde então eu venho usando a distro.

O Pardus também difere por ter sido desenvolvido do zero, e não ser derivado de outra distribuição Linux (embora no início ele fosse baseado no Gentoo Linux). Ele oferece pacotes para uso em desktops e servidores. No momento, só está disponível para sistemas x86 de 32 bits. O desenvolvimento da versão de 64 bits do Pardus está agendado para começar em setembro. Nesta análise, vou me focar no uso do Pardus no desktop. Como de costume, usei dois sistemas: meu netbook Sylvania g Meso (processador Intel Atom N270 de 1,6 GHz , 1 GB de RAM, HD de 80 GB) comprado há sete meses e o meu velho (seis anos e meio) Toshiba Satellite 1805-S204 (processador Intel Celeron de 1 GHz, 512 MB de RAM e HD de 20 GB). Os dois sistemas atendem aos requisitos mínimos de qualquer distribuição Linux atual, e ambos têm hardware que costuma dar trabalho a algumas distribuições.

O Pardus está disponível em uma imagem ISO instalável que ocupa um CD. A edição live não está disponível no momento. Há duas edições da ISO. A edição padrão tem suporte aos idiomas turco e inglês, com o turco como padrão. A edição internacional tem suporte a onze idiomas adicionais, sendo que o inglês é o padrão. Baixei e instalei a edição internacional para usar nesta análise.

Instalação e configuração

A instalação no meu netbook a partir de uma unidade de DVD USB externa foi bem simples e correu como qualquer outra instalação em desktops. Se você não souber como inicializar a partir de uma unidade externa, o Wiki do Pardus traz instruções de instalação a partir de um pendrive ou unidade de disco externa. A instalação usando uma imagem ISO no HD também está documentada no fórum do Pardus. Não há suporte a instalações via rede no momento.

O Pardus usa seu próprio instalador gráfico, o YALI (sigla em inglês para “Mais um instalador Linux”). O YALI é provavelmente o programa de instalação no disco rígido mais simples que eu já usei até hoje. Depois da tela de boas vindas, ele me oferece a opção de verificar a mídia de instalação, e foi o que eu fiz antes de realizar minha primeira instalação. Depois é possível escolher o layout de teclado do sistema e o fuso horário. Em seguida, temos a configuração da conta de usuário e da senha de administrador (root). Se você quiser dedicar o disco rígido inteiro ao Pardus, pode deixar o instalador lidar com o particionamento para você automaticamente. Se escolher particionar manualmente o(s) disco(s) rígido(s), vai ver que essa parte da instalação é bem familiar para qualquer pessoa com experiência na instalação do Linux ou no uso de ferramentas como o GParted. Por padrão, o Pardus usa o sistema de arquivos ext4. As outras opções de sistemas de arquivos são ext3, ReiserFS e XFS. Não há suporte nem a LVM nem a RAID no YALI. Escolhi o ext4 para minha partição root nos dois sistemas, mas deixei minhas partições home pré-existentes (ext3 e XFS) intactas. O YALI só permite configurar as partições / (root), /home, swap e /mnt/archive. Outras partições populares, como /opt, /var, /usr/local ou demais partições personalizadas não podem ser criadas ou configuradas com o instalador.

A próxima etapa é escolher o local de instalação do gerenciador de inicialização, o GRUB. Escolhi o padrão, a MBR do meu disco rígido. Desse ponto o YALI foi em frente e instalou o Pardus no meu disco rígido. O instalador não inclui nenhuma possibilidade de personalização da seleção de software. Em sua essência, as instalações são sempre iguais. A instalação no meu netbook levou quinze minutos. No velho Toshiba, com sua unidade de DVD interna incrivelmente lenta, bateu quase em duas horas. Após a instalação, o sistema reinicia.

A primeira inicialização demorou mais do que eu esperava, mas isso só aconteceu mesmo na primeira inicialização. Depois que o desktop KDE 4 abre, um aplicativo chamado Kaptan conduz o usuário pelo resto da configuração do sistema e pela personalização do visual e do estilo do desktop. Assim como o YALI, o Kaptan é extremamente fácil de usar. De modo geral, achei que a instalação e a configuração foram bem amigáveis, embora um tanto inflexíveis. Obviamente, um usuário experiente pode realizar outras personalizações depois que o sistema estiver funcionando.

A única surpresa após a instalação foi que a rede só funcionou depois que eu fiz a configuração usando o Kaptan. O YALI detectou e configurou corretamente o meu hardware de rede com fio e sem fio, mas não iniciou nada automaticamente. Se você não quiser passar por todas as etapas de configuração do assistente Kaptan, vai ter que abrir o Network Manager (não confundir com o NetworkManager do Ubuntu e do Fedora) e criar um perfil para cada interface de rede. O processo é simples. No caso da rede sem fio, só tive que digitar meu ESSID e a senha para que tudo funcionasse. Também há uma opção de busca por redes sem fio.

A configuração do X funcionou perfeitamente no meu netbook, e o sistema usou a resolução esperada (1024×600). As coisas não correram tão bem no Toshiba, que tem uma placa de vídeo Trident CyberBlade meio problemática. Durante a instalação e também durante a inicialização, antes de chegar à interface gráfica, a tela ficou pequena e centralizada, com uma grande borda preta ao redor. Já passei por isso com outras distros, especialmente nas baseadas no Slackware Linux. Como em muitas distribuições recentes, o Pardus cria um arquivo xorg.conf mínimo. A única maneira de corrigir o problema é criar uma seção para o monitor no arquivo xorg.conf com as taxas de atualização horizontal e vertical corretas. Felizmente, tenho um arquivo xorg.conf com uma configuração que funciona neste laptop, e assim que o copiei para a instalação do Pardus tudo voltou ao normal, em 1024×768 pixels.

Com exceção da placa de vídeo Trident do Toshiba, todo o hardware do laptop e do netbook foi detectado e configurado corretamente, incluindo a webcam do notebook. O Pardus é a primeira distribuição que eu testo no meu netbook que acerta em tudo no hardware logo de primeira, sem que eu tenha que instalar drivers ou alterar manualmente um arquivo de configuração.

O Pardus Linux 2009 em funcionamento

Por padrão, o Pardus oferece um desktop KDE 4.2.4. Nenhum outro ambiente de desktop vem instalado por padrão ou é oferecido no repositório básico. Eu não sou lá muito fã do KDE, especialmente porque ele costuma consumir mais recursos do que outros desktops. Fiquei impressionada com o visual e o desempenho da implementação do KDE no Pardus 2009. Meu netbook continua rápido e respondendo bem. No velho Toshiba, o KDE 4 demora um pouco para iniciar, mas o desempenho foi melhor do que eu esperava, com lentidões ocasionais.

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O desktop KDE 4.2.4 padrão do Pardus 2009

O Pardus inclui as versões mais recentes de vários aplicativos. O OpenOffice.org 3.1.0 e o GIMP 2.6.6 vêm instalados por padrão. Quem preferir o KOffice vai encontrar a versão 2.0.1 no repositório. O Firefox 3.5.1 e o Konqueror são os navegadores web incluídos, mas o Arora 0.7.1 e o Opera 10.0 beta 2 também estão disponíveis. Os plugins para o Flash, o MPlayer e o Java fazem parte da instalação padrão. Uma boa variedade de aplicativos multimídia também vem instalada ou está disponível no repositório. A Turquia não tem nenhum equivalente ao DMCA dos Estados Unidos, por isso todos os codecs multimídia são incluídos com parte da instalação básica. Tudo, de MP3s a DVDs de filmes, funciona de primeira. Os usuários norte-americanos e de outros países com leis semelhantes vão ter que remover a libdvdcss e quaisquer pacotes de codecs de código aberto que infrinjam as leis locais para que o sistema esteja de acordo com a lei.

O suporte a impressoras, câmeras digitais e webcams é excelente já logo após a instalação. Não tive problema algum para configurar minhas impressoras Epson e HP. Há vários outros drivers proprietários de vídeo e rede sem fio incluídos no Pardus que podem desagradar quem quiser um ambiente puramente livre, mas que vão fazer a festa de quem só quer que o hardware funcione. O suporte a hardware certamente se beneficia do fato de que o Pardus 2009 traz um kernel 2.6.30.1 bastante recente. Um kernel 2.6.30.4 atualizado também está disponível e pode ser facilmente instalado com o gerenciador de pacotes PiSi, tanto graficamente quanto pela linha de comando.

Encontrei alguns bugs pequenos. Por duas vezes eu clique no applet de bateria e a janela abriu, como eu esperava. Mas quando tentei mudar as configurações, o applet fechou e levou o gerenciador de janelas com ele, reiniciando a sessão. O problema é intermitente, e nem imagino se é exclusividade do Pardus ou se é um problema que aflige o KDE 4.2.4 como um todo. O OpenOffice.org Writer também travou uma vez.

Outro problema, que não chega a ser um bug mas incomoda, é a forma como o Network Manager do Pardus funciona. Se eu começo a trabalhar usando minha rede com fio em casa e depois desconecto o cabo ethernet e pego o netbook ou o laptop para trabalhar em outro lugar, minha expectativa é de que a rede sem fio funcione automaticamente. Tanto o NetworkManager quando o wicd permitem que eu faça isso. O Network Manager do Pardus não permite. Além disso, às vezes o gerenciador gráfico de rede não permite que eu mude a interface de rede. Tenho que fazer do jeito antigo, pela linha de comando, ou reiniciar o sistema. Na verdade, é bom destacar que o wicd está disponível no repositório “contrib”, logo, não deve ser difícil substituir o Network Manager pelo que eu considero ser uma alternativa mais apta no momento.

Um problema comum a todas as versões recentes das grandes distribuições é uma regressão nos drivers de vídeo da Intel que tem um grande impacto sobre a placa de vídeo Intel Express Graphics 945GM no meu netbook Sylvania. O driver de vídeo Intel que acompanha o Pardus é a versão 2.7.99.902, uma versão prévia da 2.8.0, que é a versão atual. Esse driver resolveu alguns problemas que eu tive, mas não todos. Agora o UXA e o DRI2 vêm habilitados por padrão, e o suporte ao EXA e ao DRI foi eliminado. Ao contrário das versões do Fedora, do Mandriva e do Ubuntu lançadas nos últimos meses, o driver não se mostrou instável no meu sistema com o UXA habilitado. O X não travou nenhuma vez. O desempenho de vídeo também melhorou muito. Ainda aparecem umas coisas meio esquisitas na tela quando o 3D está habilitado no KDE, principalmente linhas verticais em janelas novas nas primeiras vezes em que eu as abro, ou nos menus pop-up, mais ou menos como eu descrevi na minha análise do Mandriva 2009.1. Esses problemas não aparecem quando uso apenas gráficos 2D. Com as melhorias de desempenho e a estabilidade que o driver apresenta agora, já não acho que o problema do vídeo Intel seja muito importante ou que arruíne o show do Pardus 2009. Agora o problema é mais um aborrecimento que eu gostaria que fosse resolvido.

Aliás, eu não encontrei nenhum bug de parar o trânsito no Pardus. Mas não existe distribuição perfeita, todas tem os seus problemas. De modo geral, a implementação do KDE 4 no Pardus é a melhor que eu já vi, e o que a distribuição oferece me impressionou bastante.

Gerenciamento de pacotes, repositórios adicionais e atualizações de segurança.

O Pardus usa seu próprio gerenciador de pacotes, o PiSi, que usa pacotes em um formato único. O PiSi inclui interface gráfica e de linha de comando. A versão gráfica é fácil de usar, mas um pouco lenta na hora de fazer buscas no banco de dados de pacotes. Um recurso legal presente na maioria das distribuições Linux hoje em dia é um tipo de ícone de notificação no painel que surge quando novas atualizações de pacote estão disponíveis. O Pardus não tem esse recurso. É preciso recorrer ao PiSi e clicar em “Show Upgradable Packages” (exibir pacotes com atualizações) para saber se há versões novas.

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A interface gráfica do gerenciador de pacotes PiSi

A edição de linha de comando do PiSi oferece muitos recursos adicionais não disponíveis na edição gráfica. Um recurso particularmente interessante é a opção “emerge”. Essa opção, semelhante ao comando emerge do Gentoo Linux, permite instalar pacotes de código fonte no Pardus. Um guia detalhado de uso da linha de comando do PiSi está disponível no wiki do Pardus.

Ainda que a seleção de pacotes no repositório básico do Pardus seja um pouco limitada, há um repositório “contrib” oficial e vários pequenos repositórios não oficiais que oferecem mais pacotes para ele. Quem não for fã do KDE 4 vai ficar feliz em saber que os repositórios “contrib” incluem o GNOME 2.24 e o Xfce 4.6.1, além de muitos pacotes do projeto Xfce Goodies e uma boa variedade de aplicativos isolados. Eu instalei o Xfce, meu ambiente desktop favorito, e achei a implementação impecável. As informações sobre como adicionar repositórios podem ser encontradas no fórum do Pardus. Mesmo com os repositórios adicionais, a seleção de pacotes do Pardus não se compara ao nível da seleção de distribuições como o Mandriva, o Ubuntu ou o openSUSE. Mas a variedade de pacotes se sai muito bem comparada a outras distribuições do segundo escalão, e oferece uma variedade decente de opções de software.

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O Pardus 2009 com a configuração padrão do desktop Xfce 4.6.1 opcional

Para os interessados em compilar os fontes ou criar pacotes para o Pardus, é preciso instalar o build-essentials, como acontece no Debian. Há uma excelente documentação sobre a criação de pacotes PiSi e como contribuir com eles no wiki.

Desde que eu instalei o Pardus, foram disponibilizadas aproximadamente 50 atualizações de pacotes para mim, incluindo um kernel 2.6.30.4 atualizado e os respectivos cabeçalhos, fontes e módulos. Eu não costumo confiar em instalações automatizadas do kernel, mas decidi tentar no Pardus usando a edição gráfica do PiSi. O processo correu sem nenhum problema, e na inicialização seguinte uma nova entrada no menu do GRUB para o novo kernel estava disponível. O PiSi instalou o novo kernel corretamente, lado a lado com o antigo. De modo geral, não tive problemas com o processo de atualização de pacotes usando o PiSi pela linha de comando e nem pela interface gráfica.

Minha única preocupação no momento é a velocidade com que os desenvolvedores do Pardus disponibilizam alguns patches de segurança para a comunidade de usuários. Embora o fluxo contínuo de pacotes indique que essa questão é levada a sério, ainda não há pacote para o Firefox 3.5.2, um patch de segurança que resolve vulnerabilidades conhecidas, incluindo duas classificadas pela Mozilla como críticas. Perguntei sobre esse patch no fórum do Pardus, e me informaram que a criação e os testes do pacote levariam mais alguns dias. Dei uma olhada no repositório de testes do Pardus, e até agora nada do pacote. A única opção para os que se preocupam com a segurança é baixar as atualizações do upstream, o que põe a perder os benefícios do gerenciamento de pacotes. Todas as outras distribuições que eu tenho instaladas nos meus sistemas – Ubuntu, VectorLinux, Slackware Linux, Red Hat Enterprise Linux e Scientific Linux – providenciaram um pacote atualizado do Firefox no máximo 48 horas após o lançamento pela Mozilla.

Internacionalização e localização

Como eu já disse no início do artigo, a edição internacional do Pardus tem suporte a treze idiomas. A definição do Pardus para “suporte” é um pouco diferente da de outras distribuições. Esses são os idiomas que podem ser selecionados no instalador YALI, e também os idiomas que os aplicativos e ferramentas específicos do Pardus, como o PiSi, o Network Manager, as ferramentas de configuração do sistema e o Kaptan podem usar. Mas os outros idiomas também funcionam muito bem. O conjunto de pacotes de internacionalização do KDE, bem como seus pacotes de localização e os locales (ou localidades) da glibc estão incluídos inteirinhos no repositório do Pardus. Não tive problemas para configurar um desktop em hebraico no Pardus. Senti falta dos dicionários Aspell e de alguns pacotes de idiomas “não suportados”, mas geralmente não é difícil instalar isso tudo a partir do upstream.

O Pardus usa o KDM como gerenciador de desktop. Infelizmente, o KDE não tem suporte à seleção de idiomas alternativos ao fazer login. Mas o GDM está disponível no repositório “contrib”, e há uma boa documentação explicando como mudar do KDM para o GDM. Além disso, as ferramentas gráficas de configuração do sistema do Pardus incluem a capacidade de alterar o idioma padrão do usuário e a localidade pela interface gráfica. Os applets do painel para troca de layout do teclado, tanto no KDE quanto no Xfce, funcionaram perfeitamente bem.

De modo geral, a internacionalização e a localização do Pardus são muito bem planejadas e devem funcionar bem independente do idioma de sua escolha. Os usuários de idiomas “não suportados” vão ter que, na pior das hipóteses, obter os pacotes de idiomas, alguns dicionários, aplicativos especializados e talvez fontes especializadas do upstream. Ainda que o suporte oficial a mais idiomas certamente fosse mais um ponto positivo e que o suporte a idiomas não seja nem de longe tão completo quanto o de grandes distribuições, incluir suporte a novos idiomas não deve ser muito complicado para usuários razoavelmente experientes no Linux.

Conclusões

Embora ouça falarem bem do Pardus há alguns anos, eu nunca tinha experimentado a distro até agora. Já faz tempo desde que me empolguei tanto com uma distro nova. Não encontrei nenhum bug sério que me impedisse de trabalhar ou que me atrapalhasse. A implementação do KDE 4 é provavelmente a melhor que eu já vi, e representa a primeira vez em que eu me senti realmente confortável trabalhando com a mais recente encarnação do KDE como meu ambiente de desktop. A implementação do Xfce também é de primeira. O Pardus ainda oferece uma excelente variedade de ferramentas únicas de administração do sistema, que são intuitivas e funcionam da maneira esperada. Tudo o que tem uma interface gráfica também está disponível pela linha de comando. No caso do PiSi, o gerenciador de pacotes do Pardus, a edição de linha de comando oferece funcionalidades adicionais.

O Pardus é bastante amigável. Ainda faltam alguns poucos recursos que adicionam conveniência, e que estão presentes nas grandes distribuições, como notificações automatizadas de atualização e troca automática de interface de rede. Não são bugs, apenas uns poucos agrados com os quais eu já me acostumei em outras distros. Os desenvolvedores do Pardus encorajam os usuários a acrescentarem novos itens à lista de sugestões no sistema de acompanhamento de bugs deles, e acho que vou incluir algumas coisas por lá. A internacionalização e a localização são bem feitas e quase completas para os idiomas “sem suporte”. Já em idiomas suportados oficialmente está tudo completinho e funcionando sem problemas. O fórum, o wiki e a documentação em inglês do Pardus são excelentes. Quando postei no fórum, recebi uma resposta rápida, amistosa e bastante útil. E é isso o que se espera da comunidade por trás de qualquer distribuição.

Há muitos pontos positivos no Pardus, e quem quiser uma implementação excelente do KDE 4 definitivamente deve dar uma experimentada. O Pardus não é perfeito, mas suas falhas e deficiências são relativamente pequenas comparadas às de muitas outras distros que eu já experimentei, incluindo versões recentes de alguns grandes nomes do Linux. Ele é tão fácil de instalar e usar que eu certamente o consideraria um bom candidato a distro para novos usuários, mas não faltam os recursos e a flexibilidade (exceto no instalador YALI) que os usuários experientes querem. Estou definitivamente impressionada com o Pardus 2009.

Créditos a Caitlyn Martin distrowatch.com
Tradução por Roberto Bechtlufft <info at bechtranslations.com.br>

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