Os serviços de streaming irão aniquilar o download?

Os serviços de streaming irão aniquilar o download?

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Caro leitor, como de costume gosto de iniciar a maioria dos meus artigos deixando uma pergunta para que você reflita e tire as suas prorprias conclusões. Hoje a pergunta da vez é se os serviços de streaming irão aniquilar o velho método de transferir para si o arquivo, que há tantos anos tem sido a melhor forma que as pessoas classificam para obter músicas, vídeos, documentos e etc. 

Como você bem sabe os serviços de streaming são aqueles onde a empresa presta um serviço para você, podendo ser com uma mensalidade ou até com um mísero clique em um anúncios por exemplo. Possibilitando que você tenha acesso a um conteúdo variado colocado pela propria empresa ou pelos usuários em sites de compartilhamento como acontece nos de vídeo como Youtube, DailMotion, Vimeo e os de áudio como SoundCloud. Mas quando me refiro aos serviços de streaming roubando a cena dos downloads estou falando sobre os queridinhos dos holofotes da mídia em geral, como o Netflix e Sportify. Dois serviços de streaming com propsotas diferentes, um direciona seu conteúdo para filmes, séries, documentários, shows e etc, enquanto o outro segue na linha do aúdio, com dezenas e dezenas de playlists personalizadas que irá agradar ao audiofônico mais rigoroso.

Mas porque citar somente serviços de streaming de vídeos e músicas, se também posso apontar o Iba Clube, lançado pela editora Abril no ano passado, agindo como um gás para os serviços de assiantura, onde você paga uma mensalidade de R$ 19,90 e pode ter acesso a até quatro publicações no formato digital. O preço que você pagaria assinando uma revista imprensa você consegue adquirir até quatro tipos diferentes no formato digital através do Iba.

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Mesmo com serviços como esse que o foco é direcioado para os leitores, na minha modesta opinião os serviços de streaming que podem ruir os dowloads são justamente o de contéudo em vídeo e áudio. Dois formatos que desde os primordios do download são os mais procurados. Quem que nunca utilizou algum site do tipo “baixe cd gratis” e adquiriu um álbum completo do seu artista/banda favorita. Ou então que fez e ainda faz com os filmes, utilizando as dezenas e dezenas de ferramentas de torrent para baixar séries completas ou filmes.

A industria do entretenimento está aprendendo que brigar contra os internautas é batalha perdida, orgãos governamentais que tentam aplicar leis contra os sites de download, como as famigeradas lei SOPA e PIPA em idos de 2012, nuunca funcionarão nos tempos de hoje, o povo sempre irá contra. Derrubar os sites de torrent somente irá gerar revoltar contra grupos de hackers ativistas que irão tomar as dores e fazer um fuzuê total contra o país ou instituição que tirou a página do ar. Ou em casos mais simples, apenas acrescentando mais um tentáculo a essa espécie de “polvo” com fator de regeneração mais ágil que do Wolverine. Uma página é derrubada e  surge dezenas e dezenas de novos webstites trazendo o mesmo conteudo da página anteriormente extinta.

Mais esse processo irá durar até quando? Certa vez o grande ator Kenvin Spacey, vencedor do Oscar e do Emmy que realiza um brilhante trabalho como protagonista da série House Of Cards da Netflix, disse em 2013, num verdadeiro alerta aos executivos da TV convencional, que determina o horário e dia que algum programa irá ser exibido. Spacey disse que se você der o controle para as pessoas, oferecendo o conteúdo quando elas querem, como elas querem, por um preço razoável, elas irão pagar por isso. Essa declração refere-se ao fato da Netflix em quase todas as suas séries e conteudo oferecer imediamente todos os episodios para que os usuários possam determinar quando querem assistir.

E dentro desse mérito é que mora um grande perigo para o download, se atualmente você pode justificar que o ato de baixar os arquivos permanece vivo e forte graças ao meios de conseguir conteúdo novo bem mais rápido que em serviços como a Netflix, poderá ficar supreso ao se deparar com um filme estreando no cinema e no serviço de streaming ao mesmo tempo, com alta qualidade de som e imagem, nada daqueles arquivos CAM, TS e etc que parece que você está assistindo dentro de um túnel.

Com medidas como essa de trazer conteúdo atualizado mais rápido aos clientes pode refletir em um número cada vez maior de usuários para o streaming que aos poucos irão abandonar o método de baixar algum arquivo. Seja ele pago ou não.

No caso dos .mp3 a tendência é a mesma, mas com uma torção de nariz por parte dos músicos. É inegável que a grande maioria dos artistas está contra serviços como o Spotify por exemplo. O site Business Times publicou em 2013 o total que os artistas estariam ganhando com o Spotify, e os valores nunca agradaram muito as bandas e artistas. Naquele ano o Spotify afirmava ter pago US$ 500 milhões de royalties, valor que é repassados para as gravadoras e editoras que pagam os artistas.

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No ano passado foi a vez da cantora pop Taylor Swift acusar o serviço de reverter um pequena parte do lucro para as gravadoras e bandas. A cantora que tentou por algumas vezes divulgar alguns singles, mas não ficou satisfeita com o retorno financeiro que essa aposta gerou. 

O medo da grande maioria dos artistas é o mesmo que aconteceu no bomm dos downloads, se naquela época os albuns que chegavam ao mercado poderiam ser baixados, hoje eles podem ser ouvidos via streaming, e como sempre as pedras tem que continuar rolando para manter o fluxo no mercado, os artistas que ficarem de fora dos serviços de streaming irão travar uma guerra tão grande quanto do download pago e o download gratuito de forma ilegal.

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O mercado do Spotify além dessa batalha contra os artitas poderá enfrentar um concorrente de peso daqui pra frente. A Aple já anunciou que está determinada em entrar no mercado de streaming e destruir o Spotify. Tanto a Apple quanto as gravadoras não estão satisfeitas com o serviço que conta atualmente em média com 60 milhões de usuários, mas só 15 milhões são assinantes, complicando a distribuição de royalties para as gravadoras e o mercado de downloads do iTunes. E através dessa união com as gravadoras a empresa da maça pode dar início do Beats Music, serviço de streaming que não terá um modo gratuito assim como o Spotify oferece.

Com a Netflix os acordos parecem bem mais amigáveis, e caros é claro. A série The Blacklist por exemplo custou ao serviço US$ 2 milhões por episódio para ser inserido ao catálogo, mas todo esse valor é um investimento, quanto maior for a variedade de títulos, mais assinantes irão aderir o serviço, maior será o valor da Netflix para o mercado e consequentemente menor será o número de downloads

E a expansão para destruir o download e a TV convencional não para. No mês passado o Netflix anunciou que até 2017 estará operando em todos os páises, e Reed Hastings, diretor executivo da companhia, que você deve conhecer por causa de toda a repercussão de um vídeo do executivo ofertando Silvio Santos com uma conta vitálicia na Netflix, quer um catálogo único em todo o mundo. Para você que não está familiarizado com a Netflix, o catálogo de títulos disponíveis no Brasil por exemplo é muito inferior ao dos Estados Unidos, claro que há diversas formas de você conseguir acessar o catálogo americano via VPN por exemplo. 

Com um catálogo unificado representaria numa variedade de conteúdo muito maior para todo mundo, contribuindo para que o número de assinantes cresça vertiginosamente

Por outro lado, um dos pilares modernos do download que cresce ano a ano, é relacionado aos aplicativos, nesse campo é inegável todo o crescimento. No ano passado por exemplo Tim Cook, CEO da Apple, anunciou que o número de downloads de aplicativos na loja Apple Store ultrapassou barreira dos 85 bilhões, valor simplesmente arrebatador, ainda mais comparando que no ano anterior o número girava em torno de 60 bilhões. 

E todo esse grande número de downloads, só faz aumentar a variedade de opções para serem baixadas. Em uma medição de janeiro de 2015 feita pela appFigures foi constatado que a Google Play hospeda 1,43 milhões de aplicativos contra 1,21 milhões da Apple, mais uma vez valores expressivos e impressionantes.

Bom, como tudo mudou a percepção do usuário também, mesmo com os diversos sites de torrents espalhados pela internet, penso que os serviços de streaming como a Netflix, que é pago ou até o PopCorn Time que é gratuito podem destruir uma das tradições mais cultuadas durante toda a história da internet que é o download, ficando em sua grande maioria ao mercado mobile, com suas soluções de aplicativos que em muitos casos será para acessar as próprias aplicações de serviços de streaming.

Antigamente a reflexão a ser feita era se por exemplo carregar um discman continuava importante depois da avalanche de reprodutores de mídia armazenando e reproduzindo todo o conteúdo, parece que a próxima reflexão a ser feita será em relação a relevância de transportar arquivos ou somente acessá-los.

Você ainda baixa muitos arquivo multímida na internet? Acha que o download irá ruir? Deixe seu comentário abaixo.

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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