O OpenIndiana não é rápido na inicialização. Na primeira vez em que disparei o sistema após a instalação, esperei uns cinco minutos até chegar à tela de login. Depois o tempo foi baixando, mas ainda assim perdia feio para outras distros Linux. Feito o login, o sistema instalado se mostrou quase idêntico ao ambiente live do DVD, só que sem os ícones no desktop. Depois de dar uma vasculhada no sistema, percebi que ele não era lento, mas sim pesado. O OpenIndiana teve bom desempenho em uma máquina física com 2 GB de RAM, mas em uma máquina virtual com 1 GB de memória o tempo de resposta subiu muito. Acho que boa parte desse peso vem do sistema de arquivos ZFS, que está bem integrado ao sistema. Há algumas ferramentas gráficas bacanas relacionadas ao ZFS, e o gerenciador de arquivos tem uma barra deslizante que permite o acesso rápido a snapshots do sistema de arquivos. Quando usei o OpenSolaris no ano passado, tive problemas de estabilidade com o recurso de snapshots, mas desta vez não.
O menu de aplicativos é leve para um sistema operacional que vem em um DVD. Estão incluídos Firefox (3.6.8), Thunderbird, Pidgin, Rhythmbox, Totem para reprodução de vídeos, GParted e Java. Além desses, temos a habitual seleção de aplicativos, como editor de texto, compactador de arquivos, ripador de CDs, gravador de CDs, leitor de PDFs e programas de acessibilidade, mas nada de codecs de mídia populares, e muito menos de Flash. Em vez disso, quando o usuário tenta abrir um arquivo de mídia, um assistente de codecs se oferece para ajudá-lo a comprar o codec desejado. Achei os preços meio altos, além de desnecessários em muitos países.
Algumas ausências me surpreenderam no menu. O OpenIndiana é uma ramificação do OpenSolaris, que era gerido pela Sun Microsystems. Eu esperava que o sistema fosse ser usado como uma plataforma para promover outras tecnologias da antiga Sun. O OpenOffice.org, por exemplo, não estava nem no menu, nem no gerenciador de pacotes. O Java veio instalado, mas não suas ferramentas para desenvolvedores. Outra ausência: o VirtualBox. Aliás, rodando pelo VirtualBox, o OpenIndiana não se integra com o sistema operacional hospedeiro do mesmo jeito que a maioria das distros Linux modernas. É uma pena que não tenha havido mais empenho na integração desses projetos à plataforma. Acho que a Sun e a Oracle perderam uma oportunidade de mostrar do que são capazes.
Busca por pacotes
Isso não quer dizer que o OpenIndiana não traga algumas ferramentas boas. Há aplicativos com boas interfaces para o gerenciamento de arquivos do sistema, serviços, firewall, usuários e pacotes. Na maioria das vezes, essas ferramentas não fogem às expectativas dos usuários de sistemas Linux ou BSD. Gostei do layout delas, bem intuitivo. O gerenciador de pacotes, particularmente, copia o Synaptic tanto na aparência quanto no comportamento. No momento, o repositório do projeto é modesto, com pouco mais de dois mil pacotes disponíveis, mas acredito que o repositório vá crescer conforme o OpenIndiana for amadurecendo. Uma coisa que se destacou foi o gerenciador de snapshots do ZFS, que oferece uma bela interface para o usuário configurar o que deve ser incluído nos snapshots e quando eles devem ser criados.
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