Antes de vermos o conteúdo do DVD, devo avisar que o site do projeto está em fase de desenvolvimento. Muitas páginas ainda não foram criadas, e o site é basicamente uma introdução ao projeto e uma página de downloads. Sem dúvida isso vai ser resolvido mais tarde, mas no momento o site ainda está bem cru. O que suas poucas páginas nos mostram é que o OpenIndiana está trabalhando com o projeto Illumos na criação de um fork de compatibilidade binária com o OpenSolaris – o que era, basicamente, o OpenSolaris. Manter a compatibilidade binária permitirá que as pessoas testem livremente seus sistemas e programas com o OpenIndiana antes de experimentar um produto Solaris oficial.
O CD de instalação tem 870 MB. Eu baixei e gravei em um DVD. O DVD dispara o menu de inicialização do GRUB antigo, onde o usuário pode entrar no ambiente live, iniciar com o driver vesa ou partir para um console de texto. O menu oferece as opções de leitor de tela e lupa. Depois de escolhida uma opção, ele pergunta ao usuário qual é o seu layout de teclado e seu idioma preferido. Em seguida vem a tela de login, e mais um prompt perguntado qual idioma queremos usar. Finalmente, o belo desktop GNOME 2.30 com tema azul. O menu de aplicativos, a barra de inicialização rápida e o relógio ficam no topo da tela, e o alternador de tarefas fica na parte de baixo. No desktop, temos ícones para o utilitário de drivers de dispositivo, o editor de partições, o instalador e o Firefox. O programa de drivers merece destaque.
Na primeira inicialização, o sistema verifica a situação dos drivers de hardware e, se houver algum problema, exibe um discreto aviso no canto da tela. Abrindo o utilitário de drivers, temos uma bela lista de hardware do sistema dividida em itens, com os ícones apropriados. Dispositivos que não contem com drivers disponibilizados pelo sistema operacional são destacados em rosa. Se você souber onde está o driver, pode indicar sua localização nessa janela para que o OpenIndiana faça a instalação. O procedimento é tão conveniente, simples e amigável que deveria ser padrão em todos os sistemas operacionais de código aberto, acabando com o jogo de adivinhação e com a fase de testes para saber se o sistema operacional vai rodar no computador.
No meu computador desktop, por exemplo, o utilitário encontrou um modem (que eu não uso para nada mesmo) para o qual ele não tinha nenhum driver. Todo o resto desse computador (um desktop com CPU de 2,5 GHz, 2 GB de RAM e placa de vídeo da NVIDIA) funcionou. Meu laptop (CPU dual-core de 2 GHz, 3 GB de RAM e placa de vídeo Intel) também se saiu bem, mas o utilitário me avisou que não havia suporte para a minha rede sem fio da Intel. O resto quase todo, como a resolução, o som e a rede, funcionou sem problemas. Meu touchpad tratou os toques rápidos como cliques, mas não rolava a tela. Engraçado, porque é o inverso que costuma acontecer. O utilitário pode ser usado para envio do perfil de hardware, mais ou menos como o Smolt faz no Fedora Linux. Eu enviei o perfil do meu computador, mas curiosamente o utilitário disse que as informações de hardware haviam sido enviadas para a Sun. Algo me diz que essa parte está desatualizada… para onde será que foi a listagem do meu hardware?
Agora, o instalador do sistema. A primeira coisa que o usuário tem que fazer é arrumar as partições. Comparado ao que vemos em outros instaladores gráficos (e em alguns instaladores em modo texto), o particionador do OpenIndiana é meio esparso, e achei mais fácil usar o GParted antes de rodar o instalador. Depois o usuário escolhe o fuso horário e o idioma favorito (aliás, foi a terceira vez em que eu tive que escolher o idioma desde a inicialização). A tela seguinte cria uma conta de usuário que, segundo informado, terá privilégios de administrador. O instalador copiou os arquivos necessários e eu reiniciei o computador.
Ferramentas administrativas do OpenIndiana dev-146
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