Conclusões

Esta é só a primeira versão do OpenIndiana, então talvez não seja justo exigir muito, mas o produto que eu testei parece mais um beta inicial do que uma versão completa. O sistema é estável e conta com bons recursos. Gostei do instalador, e o utilitário de drivers é um grande ponto a favor do sistema. O suporte a hardware está um pouco melhor do que era há um ano, no OpenSolaris. Mas a natureza pesada do sistema, combinada à instável escalada de privilégios e ao pequeno repositório de pacotes, não fazem do OpenIndiana uma escolha muito atraente para desktops. Espero que esses problemas sejam resolvidos conforme o projeto for crescendo.

Tem mais uma coisa que vale mencionar: o OpenIndiana parece não ter foco. Suas raízes estão na tecnologia de servidores, mas ele roda um desktop, exige muita memória e usa um instalador gráfico. Por outro lado, falta a ele a diversidade de aplicativos e drivers que se espera de um sistema desktop. Algumas pessoas me disseram que o OpenIndiana está mais para base de testes para quem quer migrar, testar e desenvolver para várias plataformas, mas se for isso mesmo, onde estão as boas ferramentas de desenvolvimento e o software de virtualização?

As maravilhosas ferramentas que atraíam usuários para o OpenSolaris (ZFS, DTrace) foram portadas para outros sistemas operacionais. O OpenIndiana não é uma vitrine para a tecnologia da Sun/Oracle: é apenas uma versão de código aberto do Solaris. E se você gosta de mexer no sistema, ou se está pensando em migrar para as soluções da Oracle, acho que é só isso que o OpenIndiana precisa ser. Como eu era fã do Solaris, esperava encontrar algo que se destacasse, algo que só o OpenSolaris pudesse fazer, mas não foi isso o que eu encontrei. O OpenIndiana não é um sistema ruim, não mesmo, mas não achei nenhum bom motivo (além da curiosidade) para usá-lo.

Créditos a Jesse Smithdistrowatch.com

Tradução por Roberto Bechtlufft <info at bechtranslations.com.br>

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