“Bom dia Morimoto. Recebo seus boletins e agora em férias estou podendo lê-los.
Estou enviando algumas dúvidas, que gostaria de ver respondidas nas próximas dicas do dia:”
“1) O que faz exatamente o módulo de processamento de números inteiros e o de ponto flutuante. Estou flutuando quanto a este termo, faz tempo :-)”
R: Imagine o seguinte, você é um matemático que está resolvendo uma série de problemas, alguns bem simples, somar um monte de números por exemplo, e alguns mais complicados, com cálculos de seno e coseno por exemplo.
é esta a diferença entre os dois módulos do processador, o módulo de inteiros cuida das operações mais simples, que são usadas pela maioria dos programas. O módulo de ponto flutuante por sua vez cuida dos cálculos mais complicados que exigem maior
precisão. Este tipo de cálculo é usado por programas gráficos, jogos 3D e aplicativos científicos em geral.
A performance da unidade de inteiros determina o desempenho do processador nos aplicativos de escritório, Internet, etc., enquanto o desempenho em ponto flutuante, ou FPU determina o desempenho do processador em gráficos e jogos. A performance nos dois
quesitos varia muito de processador para processador.
“2) O Sr. sabe que há slots ISA brancos. Tenho uma placa que mostro aos meus alunos, avisando-os que qualquer hora poderá haver um cor-de-rosa… Existe alguma norma para as cores dos slots, soquetes, etc. e dos conectores externos dos
gabinetes?”
R: Realmente existe um padrão de cores para conectores, slots ISA pretos, slots PCI brancos, AGP marrom e assim por diante, mas sempre aparece algum fabricante pra inventar moda.
Mas sobre os conectores cor de rosa.. o pior é que eles já existem 🙂 Sabe o conector onde fica a porta paralela nas placas ATX? A Intel criou um padrão de cores para os conectores ATX, para tornar mais fácil a diferenciação, ao invés do preto que
tínhamos nas placas antigas, agora temos rosa para o conector da porta paralela e amarelo para o conector ao lado. Você pode observar isso nas placas fabricadas de uns 4 meses pra cá.
“3) O site da Intel indica, pelo que deduzi, uma nova tecnologia para transferência de dados do núcleo para o L2. é por essa razão que há versões do Pentium III com L2 de 256 sendo SECC?”
R: Além de operar na mesma freqüência do processador, o cache L2 do Pentium III Coppermine trouxe mais alguns avanços sobre o cache L2 externo encontrado nas versões antigas do Pentium III e nos Pentium II:
No Pentium II o barramento de comunicação entre o núcleo do processador e o cache L2 possui apenas 64 bits de largura, o que permite transmitir apenas 8 bytes de dados por ciclo, limitação que se estende ao core Katmai e também ao Celeron. No Pentium III
Coppermine o barramento de comunicação do cache L2 foi ampliado para 256 bits. Isto permite transferir 32 bytes de dados por ciclo, o quádruplo dos processadores anteriores.
Outra modificação, foi a inclusão do recurso de “Advanced System Buffering”, que consiste em aumentar o tamanho dos buffers de dados do processador, o que melhora a capacidade de processamento e permite a ele beneficiar-se de toda a potência do cache
L2.
“4) Li que uma empresa de Campinas instalou Linux em seus antigos 386 tornando-os “novos” pela melhoria de desempenho. Isto é possível? Por quê?”
R: Realmente, uma instalação limpa do Linux, operando em modo texto pode rodar bem até mesmo em um 386. Diferente do que vemos no DOS, que atualmente não passa de uma espécie de acessório do Windows 98, tendo como objetivo apenas rodar
programas antigos, o Prompt de comando do Linux é extremamente poderoso. Se você estiver disposto a encarar alguns comandos mais complicados, toda a configuração do sistema pode ser feita diretamente pelo prompt.
A versatilidade é tão grande que existem até alguns aventureiros que preferem usar o Linux em modo texto, já que existem programas em interface texto para quase tudo. Esta versatilidade toda, somada com o fato do modo texto ser extremamente leve, permite
que o Linux em modo texto seja usado satisfatoriamente até num 386 com 4 MB de memória, que poderia passar a ser usado até mesmo como um servidor de páginas Web, um roteador de pacotes, um firewall para um rede pequena, ou algo do gênero.
Porém, lembre-se que o Linux é tão leve apenas usando um interface texto e sem muitos serviços habilitados, caso contrário ele pode tornar-se até bem mais pesado que o Windows.
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