Em entrevista à Record, o presidente Lula defendeu um projeto de regulação e taxação para as chamadas big techs. Termo empregado para se referir às maiores empresas de tecnologias do mundo. Essas companhias compartilham algumas características: domínio de mercado, forte apelo para o quesito inovação e o apoio de negócios cada vez mais centrado no uso de dados. Dentre as mais famosas, Microsoft, Apple, Amazon e Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp).
Segundo o presidente, “não é possível que essas empresas continuem ganhando dinheiro disseminando mentiras, disseminando inverdades, fazendo promoção, campanha contra vacina, sem levar em conta nenhum compromisso com a verdade”. Em defesa a regulação, Lula afirmou que “essas empresas ganham bilhões de publicidade, essas empresas têm muito lucro com a disseminação do ódio nesse país e no mundo inteiro.
O ponto da taxação está alinhado com o que o Juscelino Filho, ministro das comunicações, defendeu recentemente. Durante um evento em Brasília, na semana passada, o ministrou afirmou “considerar fundamental que essas empresas contribuam de maneira justa para o financiamento de políticas de inclusão digital em nosso país, principalmente para os cantos mais remotos e trazendo a promessa de uma internet significativa para a população mais carente”.
Lula diz que quer ouvir todo mundo
O chefe do executivo também afirmou que deseja que o Congresso se posicione sobre o assunto, e que a elaboração da proposta conte com a participação das empresas. “A gente não quer deixar ninguém de fora. O que não pode é continuar do jeito que está, acrescentou. Também não está descartado prosseguir com um projeto que já estava em tramitação na Câmara. Lula disse que avaliará as possibilidades em reunião com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
“Essas empresas têm controle e elas não podem, para ganhar dinheiro, permitir aberrações que a gente vê todo santo dia nas redes digitais desse mundo. E são meia dúzia de empresas”, acrescentou Lula.
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