A Lei de Moore acabou!

A Lei de Moore acabou!

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A Lei de Moore ao mesmo tempo que se tornou fantástica em relação a sua assertividade, acabou por colocar a Intel em uma verdadeira sina, tentando manter em curso essa previsão de Gordon Moore. Caso você não esteja familiarizado com o termo, não se preocupe irei explicar rapidamente: A Lei de Moore – que não é necessariamente uma lei, e sim uma regra de uma espécie de cartilha de mercado, como conhecemos hoje, começou a ser comentada em 1975, quando Moore, cofundador da Intel e que dá seu nome a essa “lei”, disse que o número de transistores em um circuito integrado dobraria a cada 24 meses, graças ao processo de minituarização – um item essencial para entender o avanço dos computadores e tecnologia. Anteriormente, em 1965, Moore, já apontava a minituarização como o responsável por dobrar o número de transistores no período de um ano, porém o executivo reviu seus conceitos e aumentou essa margem para 24 meses.

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Gordon Moore

Além da Lei de Moore, que já representava um verdadeiro piano nas costas, em relação a ter que continuar atendendo essa expectativa, em 2007 a Intel inaugurou o modelo Tick-Tock, esse modelo diz que os microprocessadores que são lançados no “ano Tick” correspondem a um encolhimento da arquitetura anterior, encabeçado por uma nova técnica de fabricação, enquanto no “ano Tock” os microprocessadores são conduzidos por uma arquitetura completamente nova. 

Porém nos últimos lançamentos, foi ficando cada vez mais difícil seguir esse modelo, tanto a arquitetura Broadwell como Skylake são construídos sob o processo de fabricação de 14 nm (dois Tock), e a expectativa era que em 2016 a companhia migrasse para o processo de 10 nm, na arquitetura KabyLake, que incorporará tecnologias NVME, Intel Optane e Real Sense, entre outras coisas. porém a Intel disse que continuará no processo de 14 nm, contrariando de uma vez a tal Lei de Moore e o modelo Tick-Tock. A próxima redução da litografia ficará lá para 2017, com a arquitetura Cannonlake, que de acordo com a Intel alcançará os 10 nm.

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Em 2013 a Intel anunciara que conseguiria chegar a 10nm em 2015, porém essa transição não aconteceu

A Intel afirma que esse descumprimento da Lei de Moore, na verdade é uma espécie de Update para a previsão, já que a princípio o dobro de transistores acontecia no período de 2 anos, enquanto hoje em dia a companhia acredita que esse período corresponde a 2,5 anos. Na verdade esse tal update está ligado as próprias limitações do silício, o principal elemento para a fabricação dos micrprocessadores, e o próprio custo de fabricação para essa redução. Ao que tudo indica haverá uma transição do silício “convencional” para outro elemento, caso esse processo de redução da litografia continue sendo mantida, a IBM por exemplo conseguiu desenvolver um processador com arquitetura de 7nm, que utiliza o silício-germânico, em vez do silício puro. 

O “golpe de misericórdia” na Lei de Moore como conhecíamos até então e o modelo Tick-Tock, foi anunciado recentemente pela Intel, já que a companhia fará uma transição entre o modelo atual para um processo de desenvolvimento em três etapas, chamado de “Processo-Arquitetura-Otimização”, basicamente esse modelo significa que a Intel continuará com o mesmo processo de fabricação num período maior, os 10 nm da próxima grande transição que a Intel está prometendo, permanecerá por maior tempo, perdurando por até três gerações de processadores. Se você parar pra pensar, esse tal modo de mesma litografia em três gerações, já estava em curso, antes mesmo desse pronunciamento oficial da Intel, já que tanto Broadwell, Skylake e os futuros Kaby Lake são baseados em 14nm. E essa mesma regra de manter a litografia seguirá pelo Cannonlake e as duas arquiteturas subsequentes.

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“Esperamos prolongar a quantidade de tempo em que vamos utilizar nossas tecnologias de processo de 14 nm e também a próxima geração de 10 nm, otimizando ainda mais os nossos produtos e tecnologias de processo enquanto adotamos a cadência anual do mercado para lançamentos de produtos” -Intel

 

A Intel vem num processo de conscientização das limitações do Silício em relação a como processadores serão no futuro, Wiilliam Holt, vice-presidente sênior da Intel, disse durante o evento Internacional Solid State Circuits Conference, que no futuro os processadores serão reconhecidos mais pela sua eficiência energética do que pelo desempenho, já que algumas transições darão mais ênfase na parte energética. 

“Vamos ver algumas transições bem grandes. As novas tecnologias vão ser fundamentalmente diferentes. As melhores e mais puras melhorias na tecnologias que vamos fazer trarão benefícios no consumo de energia, mas vão reduzir a velocidade” – William Holt

Por mais que o fim, ou algum tipo de atualização para a Lei de Moore, cause um impacto, já que ditou por muitos anos a forma como a tecnologia é conduzida, tudo isso não passa da própria evolução e estagnação de elementos, acarretará uma transição, como a IBM já está testando com o silício-germânico. Claro que essa redução no tempo da minituarização impactará no desempenho, prova disso são os próprios processadores Skylake, que não causaram um grande impacto no público e crítica. 

Qual a sua opinião sobre o futuro dos processadores? Deixe seu comentário abaixo.

 

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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