Com as ofertas de planos 3G que temos no Brasil o serviço não parece ser tão atrativo, já que o uso contínuo no Android fora de casa exigirá um plano de dados bem gordo. Alguns usuários podem se dar por satisfeitos considerando o acesso via Wi-Fi, útil para ter sua coleção de músicas instantaneamente na casa de amigos – ou mesmo pela interface web, para acessar no trabalho, em casa e nas casas de amigos.
Ter todas as suas músicas acessíveis em qualquer lugar, sem precisar levar pendrives e CDs para lá e para cá, é algo bem prático mesmo. De qualquer forma já existem outros meios mais simples de fazer isso, seja hospedando seus arquivos num servidor web (protegido com senha, para não ser acusado de pirataria) ou usando serviços gratuitos (ou baratos) como o 4shared, onde dá para guardar várias músicas e nem todas precisam ser públicas.
A decisão final mesmo só poderá ser dada quando o serviço for lançado fora da forma “beta”, dependendo do preço e dos países em que for liberado. Independente do serviço, a app do Music serve para tocar as músicas que você já possui localmente.
O Google Music é só para músicas. O iCloud vai bem além, servindo para praticamente tudo: contatos, fotos, arquivos, etc. As fotos tiradas com um iPhone ficarão disponíveis praticamente na hora no computador, no iPad e em outro iAlgumaCoisa que você tiver. Ao perder ou trocar de aparelho basta fazer login e todos os arquivos serão copiados da nuvem para ele.
Como se vê, o iCloud da Apple é bem mais completo. Ao contrário do que muitos pensam, ele não é restrito a quem tem Mac: basta um Windows e um iPhone, combinação não muito difícil de se ver. Mas todos os benefícios são aproveitados mesmo ao integrá-lo com um Mac (especialmente com o Lion), onde as várias aplicações nativas usarão o serviço. No Windows ele precisará do Vista ou 7, sendo melhor gerenciado com o Outlook 2010 ou 2007 para sincronização de contatos e da agenda.
No caso de músicas, uma grande vantagem do iCloud é a possibilidade de pular o upload de músicas conhecidas. No plano pago ($25 por ano) os usuários contarão com o iTunes Match. Ele reconhecerá as músicas que constam no catálogo da Apple. As que existirem na imensa lista de 18 milhões de músicas da iTunes Store não serão carregadas: a Apple fornecerá essas músicas na conta do iCloud automaticamente. No caso do Google Music é necessário fazer upload de tudo – o que pode levar de alguns dias a várias semanas. Pelo lado negativo, o uso do iTunes in the Cloud requer o iTunes, caso contrário a sincronização do iCloud deixa de servir para músicas.
Mesmo estando em beta o Google Music me agradou bastante. Os problemas deverão ser corrigidos até o lançamento oficial, fora do beta. Até lá é possível que o Google aproveite algumas ideias do iCloud para o serviço, senão o Music vai parecer muito amador e cru. Talvez ele tenha uma versão gratuita, como é de costume em praticamente todos os serviços do gigante Google.
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