Games para Linux: Freecraft, Cube, Transfusion e Chromiun

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Games para Linux: Freecraft, Cube, Transfusion e Chromiun

Aqui estão alguns alguns exemplos de bons jogos para linux que são pouco conhecidos. Todos os games citados aqui são de código aberto e gratuítos, do tipo que você pode sair instalando nos micros dos amigos para umas partidas depois do expediente sem nenhum peso na consciência.

FreeCraft

O Warcraft II foi um daqueles jogos que fizeram história. Eu lembro de passar horas jogando quando ainda usava um Pentium 133 😉 Mas, o Warcraft II tinha um problema serio, que era a falta de suporte a partidas multiplayer via Internet. Você tinha que discar diretamente para casa de alguém para poder jogar, o que limitava os parceiros a gente da mesma cidade.

Na época existia um programinha chamado Kali que burlava essa limitação, mas nem todo mundo podia compra-lo.

O FreeCraft é um clone open-source do War2, que mantém a mesma estratégia básica, as mesmas construções e unidades, etc. mas vem com suporte nativo a TCP/IP e a resoluções de vídeo acima de 640×480.

Como estamos falando de um game 2D, o game se comporta de uma forma semelhante ao Diablo II LOD, ao usar 1024×768 por exemplo a tela fica “maior”, você pode ver mais unidade e um pedaço maior do terreno de cada vez, o que melhora bastante a jogabilidade. Outro recurso interessante é que você pode jogar numa janela enquanto tenta (será mesmo? 🙂 fazer outras coisas. É muito melhor que ficar jogando paciência.

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O FreeCraft é divertido até se você não gosta de Linux. Você vai poder descarregar todo o seu stress assassinando os inocentes (e irritantes) pinguins que ficam perambulando pelos cenários… 😉

Existem três modos de jogo. O “Campaign Game” é o modo single player tradicional, onde você vai avançando fase a fase. Os níveis são bem diferentes dos do War2 (posso dizer pois joguei todos os níveis dos dois… 🙂 o problema é que ainda estão disponíveis poucas fases.

O modo “Single Player Game” é uma versão single do modo multiplayer, onde você joga contra oponentes controlados pelo computador. Você pode escolher o mapa, o número de oponentes, a quantidade de recursos iniciais, etc.

Finalmente, temos o “Multi player Game”, o mais legal onde você pode massacrar seus colegas. Os jogos podem ser feitos via internet ou rede local, com até 14 participantes. Os desenvolvedores estão trabalhando num diretório como o Battle.net da Blizzard, onde você possa achar parceiros para jogar online.

Uma das vantagens é que o Freecraft nem precisa ser instalado, é só descompactar os arquivos e abrir o executável que está dentro.

A página oficial é a http://freecraft.sourceforge.net/

A página de downloads é a: http://freecraft.sourceforge.net/download.html

O jogo é composto por dois arquivos, o freecraft-030311-linux.tar.gz (2.5 MB) que contém a engine e o fcmp-030311.tar.gz (8.5 MB) que contém os mapas, sons, bitmaps, etc. (as versões provavelmente serão diferentes quando você for baixar).

Os dois arquivos são separados pois envolvem duas equipes de desenvolvimento diferentes. A primeira é formada pelos programadores que cuidam da parte estrutural e a outra é formada por músicos e desiners que cuidam do trabalho de arte.

Você mesmo pode ajudar, criando mais mapas por exemplo, é prático pois eles já virão pré-instalados na próxima versão 🙂

Voltando à instalação, comece descompactando o arquivo freecraft-030311-linux.tar.gz numa pasta qualquer:

tar -zxvf freecraft-030311-linux.tar.gz

Dentro da pasta, que será criada, renomeie a pasta “data” para “data.wc2

cd freecraft-030311
mv data data.wc2

Para terminar, copie o arquivo fcmp-030311.tar.gz para dentro da pasta e descompacte-o também:

tar -zxvf /usr/local/fcmp-030311.tar.gz

Na verdade, o segundo arquivo é opcional (por isso que tivemos que renomear a pasta “data”) mas sem ele o jogo vai ficar muito mais simples, sem sal.

Pronto, agora pra jogar é só acessar a pasta e chamar o executável “freecraft”:

./freecraft

Se você quiser criar um ícone no desktop, clique em Criar Novo > Link para aplicativo e preencha os campos da aba “executar” como no screenshot:

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Por algum motivo o game só roda se você abrir um terminal, acessar a pasta onde ele está instalado e chamar o ./freecraft de dentro da pasta. Para que o atalho faça isso, é preciso marcar a opção “Executa no terminal” e colocar os comandos separados por ponto e vírgula na linha. No meu caso instalei o /usr/local, mas você pode instalar dentro do seu diretório se usuário se preferir.

Se você algum CD do Warcraft 2 sobrando por aí, existe a possibilidade de instalar as imagens e sons no Freecraft. Neste caso o game conserva todas as características originais, mas os gráficos e som ficam iguais aos do War 2.

Para isso, coloque o CD-ROM no drive e monte o CD-ROM no diretório /cdrom (lembre-se que o padrão na maria das distribuições é /mnt/cdrom):

# mkdir -p /cdrom
# mount /dev/cdrom /cdrom

Depois é só executar o script que faz a extração dos dados. Acesse a pasta “tools” dentro do diretório onde o game foi instalado e chame-o com o comando:

./build.sh


Cube

Da primeira vez que ouvi falar do Cube fiquei bastante cético. O game tem apenas 8 MB e foi desenvolvido do zero, com uma equipe reduzida, sem utilizar a engine do Quake como outros títulos.

A engine do game é bastante simples, os cenários e personagens são construídos com pequenos cubos (daí o nome) isso torna o desenvolvimento de mapas uma tarefa bem mais simples que em outros jogos. Em teoria esta simplicidade deveria prejudicar a parte gráfica, mas na prática não é isso que acontece. As texturas são aplicadas de uma forma bastante criativa, resultando em cenários muito bem trabalhados. A jogabilidade também é muito boa, os efeitos sonoros são convincentes e o jogo é bastante divertido de uma forma geral. Podemos dizer que ele “flui bem”.

Assim como o Freecraft, ele é feito pensando nas partidas em rede, mas existem vários cenários que podem ser jogados em modo single player e outros tantos que misturam os dois modos, onde você tem que ao mesmo tempo se preocupar com os outros jogadores e com os monstros, posicionados estrategicamente próximos aos ítens. 🙂

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Você pode baixar o arquivo no: http://wouter.fov120.com/cube

O Ark incluído no KDE já suporta descompactação de arquivos .zip, basta clicar sobre o arquivo e em “extrair aqui”. Se você preferir fazer via linha de comando, use o comando:

unzip -o cube_2002_10_20.zip

Dentro da pasta que será criada, acesse a pasta bin_unix/. Dentro dela você encontrará os arquivos linux_server e linux_client que são respectivamente os executáveis do servidor e do cliente for Linux. Para jogar, você precisa copiá-los para a pasta raiz do cube e marcar as permissões de execução dos arquivos.

Depois basta executá-los:

./linux_client
./linux_server

(no micro que irá hospedar os jogos multiplayer)

O Cube é relativamente leve, mais ou menos equivalente ao Quake 2 em consumo de máquina. Um Pentium II com uma Riva TnT já é o suficiente.

O problema é que ele só vai rodar satisfatoriamente com aceleração 3D via Hardware. Se você tiver uma placa da nVidia ou da ATI, instale os drivers 3D do fabricante. Se você tiver uma placa Voodoo 3, SiS ou Intel, experimente utilizar uma distribuição que já venha com o Xfree 4.3, ele oferece um suporte 3D bem melhor.

Transfusion

Este é mais um First Person Shooter, desta vez baseado na engine do Quake. O clima é extramente dark, a começar pelo demo de abertura. As armas vão do espeto a um boneco de voodoo 🙂

Assim como no Cube, não é necessário instalar nada. Basta baixar o arquivo compactado na página, descompactar e executar o arquivo transfusion-glx que está dentro:

./transfusion-glx

Não se esqueça de marcar a permissão de execução nas propriedades do arquivo caso necessário. Na mesma pasta você encontrará o arquivo transfusion-dedicated que aciona o servidor.

A página oficial é a: http://www.planetblood.com/qblood

Para jogar você vai precisar de uma placa 3D com os drivers instalados. Testei com uma TnT2 de 8MB com os drivers da nVidia e o desempenho já foi satisfatório. Por ser baseado na engine do Quake I ele é relativamente leve. Se ao abrir ele ficar muito lento, com 2 ou 3 SPF (segundos por frame 🙂 significa que os drivers da sua placa 3D não estão instalados.

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O único problema é que ele ainda não possui um modo single-player. Por enquanto é só para jogar em rede com os amigos.

Chromium

Este é mais um jogo que me surpreendeu. Ele é um shooter vertical estilo arcade, onde você controla uma navezinha que tem que ir destruindo tudo pelo caminho. Existem uns 3 milhões de jogos neste estilo, mas o Chromium seguramente ocupa uma posição de destaque entre eles.

Embora o jogo em sí seja essencialmente 2D, os gráficos são renderizados em 3D o que explica a excelente qualidade visual. A movimentação é muito rápida, feita para proporcionar doses rápidas de adrenalina.

A sua missão é proteger uma nave de suprimentos que vem bem atrás de você. Isto significa que além de cuidar da própria pele você não pode deixar passar nenhuma das naves inimigas.

Simplesmente ficar desviando dos tiros não é uma opção, pois cada nave inimiga que passa lhe custa uma vida. Por sorte a sua nave é relativamente resistente então se você não conseguir destruir todas na bala, ainda resta dar uma trombada para destruir as que chegarem muito perto.

Outro problema é a munição. Você começa com uma metralhadora porcaria que não te leva a lugar nenhum. Logo começam a aparecer power-ups com armas melhores, mas a munição acaba logo então você tem que economizar. A munição é tão importante que a nave possui uma função de auto-destruição. Se você pressionar a tecla 0 duas vezes a nave solta todos os power-ups que pegou e explode destruindo os inimigos próximos. Você perde a vida de qualquer forma, mas pode pegar de volta a munição que restava.

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A página oficial do projeto é: http://www.reptilelabour.com/software/chromium

O pacote já vem incluído em muitos distribuições, por isso você provavelmente nem vai precisar perder tempo baixando nada. No Mandrake basta dar um “urpmi chromium” e no Debian e derivados um “apt-get install chromium“.

Você pode encontrar pacotes para várias distribuições no:
http://www.rpmfind.net/linux/rpm2html/search.php?query=Chromium

Depois de jogar a primeira vez você provavelmente vai querer ajustar a sensibilidade do mouse. Para isso, basta abrir o arquivo autoexec.cfg dentro da pasta de instalação e alterar a opção “sensitivity 3”. No meu caso eu sempre deixo em 10 ou 12. No arquivo estão outras opções como o volume do som, e o ajuste de gama.

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