O Samsung Galaxy Z Fold 7 e o Honor Magic V5 representam o ápice da tecnologia de smartphones dobráveis em 2025, com diferenças cruciais que vão muito além das especificações. O Galaxy Z Fold 7 se destaca pelo ecossistema Samsung, câmera de 200MP e sete anos de atualizações, enquanto o Honor Magic V5 impressiona com sua bateria de 5.820mAh (32% maior), carregamento ultrarrápido de 66W e tela com brilho quase duas vezes maior (5.000 nits). A escolha entre eles dependerá mais do seu perfil de uso e necessidades específicas do que simplesmente qual dispositivo tem o hardware mais potente.
Ambos os aparelhos estabelecem novos padrões de finura para smartphones dobráveis. Estamos falando de dispositivos com espessuras próximas de smartphones convencionais quando fechados. No entanto, escolher entre estes titãs tecnológicos exige entender como suas diferenças impactam o uso diário e qual oferece melhor valor para seu perfil específico.
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A evolução dos smartphones dobráveis em 2025
O mercado de dobráveis atravessou uma transformação notável desde os primeiros modelos lançados em 2019. Em 2025, dispositivos como o Galaxy Z Fold 7 e o Honor Magic V5 não são mais apenas demonstrações de conceito ou tecnologias experimentais, são ferramentas práticas que finalmente atingiram a maturidade.
A maior evolução está na miniaturização. O Galaxy Z Fold 7, com apenas 8,9mm quando fechado, é quase tão fino quanto o Galaxy S25 Ultra (8,2mm) – um smartphone convencional. O Honor Magic V5 vai ainda mais longe em sua versão Ivory White, com impressionantes 8,8mm fechado. Para contextualizar, os primeiros dobráveis de 2019 ultrapassavam 15mm de espessura quando fechados, o que os tornava volumosos e impráticos no dia a dia.
Esta redução de espessura não é mera vaidade estética. Como uma analogia, imagine carregar um pequeno livro de bolso versus um dicionário volumoso. A diferença na experiência é drástica. Um smartphone dobrável agora pode ser facilmente guardado no bolso da calça ou numa pequena bolsa, eliminando a principal barreira prática para sua adoção massiva.
A evolução também está na durabilidade. Ambos os dispositivos possuem classificação IP para resistência à água e poeira (IP48 para Samsung, IP58/IP59 para Honor), enquanto os modelos iniciais eram extremamente vulneráveis aos elementos. O Galaxy Z Fold 7 utiliza uma camada de titânio para proteger a tela interna flexível, enquanto o Honor Magic V5 apresenta o que chama de tela “Super Armored” com maior resistência a arranhões.
Design e ergonomia: o impacto da espessura e peso no uso diário
O design destes dobráveis ultrapassou a fronteira da impressionante engenharia para atingir a praticidade cotidiana. Quando fechado, o Z Fold 7 (8,9mm) e o Magic V5 (8,8mm na versão Ivory White, 9,0mm nas demais cores) são apenas ligeiramente mais espessos que um smartphone premium convencional. Para comparação, o iPhone 15 Pro Max tem 8,25mm, o que significa que estes dobráveis estão finalmente competitivos em termos de portabilidade.
O peso representa outro avanço significativo. O Galaxy Z Fold 7 pesa 215g, enquanto o Magic V5 varia entre 217g e 222g dependendo do acabamento. Estes números são notáveis considerando que smartphones premium convencionais frequentemente ultrapassam este peso. O já citado iPhone 15 Pro Max pesa 221g. Carregar um dispositivo com praticamente duas telas pelo mesmo peso de um smartphone convencional é um feito extraordinário de engenharia.
A escolha de materiais também influencia diretamente a experiência. A Samsung optou por um frame de alumínio com Gorilla Glass Victus Ceramic 2 nas partes externas e proteção de titânio para a tela interna. O titânio oferece maior resistência com menos peso, similar a relógios de luxo que utilizam este material. Já o Honor utiliza uma combinação similar, porém seu sistema de dobradiça parece apresentar uma vantagem sutil na resistência ao uso repetitivo.
Um aspecto prático fundamental é o manuseio diário. A Samsung aprimorou seu mecanismo de dobradiça para abrir e fechar com suavidade, enquanto permanece firme em qualquer ângulo. O Honor também oferece uma dobradiça de qualidade, mas alguns usuários relatam que o dispositivo da Samsung transmite uma sensação mais premium ao abrir e fechar. Estas pequenas diferenças de sensação tátil impactam significativamente a experiência diária.
Experiência com as telas: muito além das especificações
As telas representam talvez a diferença mais marcante entre estes dois dispositivos. A Samsung ampliou seu display externo para 6,5 polegadas com proporção 21:9, tornando-o mais utilizável como um smartphone convencional quando fechado. Já a tela interna cresceu para impressionantes 8 polegadas – equivalente a um iPad mini. O Honor não fica muito atrás, com uma tela externa de 6,43 polegadas e uma interna de 7,95 polegadas.
Onde o Honor ganha vantagem significativa é no brilho. Com pico de 5.000 nits (contra 2.600 nits do Samsung), a diferença é perceptível em uso externo. Para visualizar esta diferença, imagine tentar ler um livro sob luz solar direta versus sob uma lâmpada potente – a diferença de 2.400 nits representa quase o dobro de brilho máximo.
A questão da dobra central, sempre um ponto crítico nos dobráveis, permanece em ambos os dispositivos, embora com melhorias. A Samsung continua com uma marca visível, especialmente em ângulos específicos e com conteúdo claro na tela. O Honor apresenta situação similar, mas alguns usuários reportam que sua dobra é ligeiramente menos perceptível ao toque durante o uso de apps que ocupam a tela inteira.
Um aspecto prático importante é a proporção das telas externas. O Samsung, com proporção 21:9 mais alongada, oferece uma experiência mais próxima de smartphones convencionais quando fechado. O Honor, com uma tela ligeiramente mais larga, proporciona mais espaço para digitação, mas pode ser menos confortável para alguns usuários com mãos menores.
Quanto à experiência multitarefa, ambos os dispositivos permitem dividir a tela interna para executar vários aplicativos simultaneamente. O Samsung leva vantagem com o One UI 8, que oferece modos flexíveis como apps flutuantes e layouts personalizáveis para produtividade. O Magic OS 9 da Honor também oferece boas capacidades multitarefa, porém com menos recursos exclusivos para o formato dobrável.
Capacidades fotográficas na prática: megapixels vs versatilidade
A Samsung finalmente equipou seu dobrável com um sistema fotográfico de ponta, trazendo o mesmo sensor principal de 200MP do Galaxy S25 Ultra para o Z Fold 7. Esta é uma mudança significativa em relação às gerações anteriores, onde os dobráveis Samsung sempre ficavam um passo atrás dos flagships convencionais em termos de câmeras.
Por outro lado, a Honor optou por uma abordagem mais equilibrada, com uma configuração tripla de 50MP (principal) + 50MP (ultrawide) + 64MP (teleobjetiva periscópica com zoom óptico de 3x). A diferença filosófica é clara: Samsung aposta em um sensor principal poderoso, enquanto Honor prefere um conjunto mais versátil.
Na prática, isso se traduz em experiências fotográficas distintas. O sensor de 200MP da Samsung proporciona fotos impressionantes em condições ideais, com detalhes extraordinários e a possibilidade de recortes significativos sem perda perceptível de qualidade. É como ter uma câmera DSLR de alta resolução no bolso. Você pode capturar uma cena ampla e depois “dar zoom” digitalmente na foto para encontrar detalhes que nem percebeu ao fotografar.
Já o Honor, com sua lente periscópica dedicada, oferece maior versatilidade em diferentes distâncias focais. A teleobjetiva periscópica de 64MP oferece zoom óptico real de 3x, proporcionando fotos de longa distância mais nítidas e definidas que o zoom digital do Samsung. É a diferença entre usar um binóculo de qualidade versus aproximar uma imagem digitalmente.
Em cenários de baixa luminosidade, ambos os dispositivos performam bem, com o Samsung mostrando vantagem nas fotos com a câmera principal, enquanto o Honor mantém melhor consistência entre todas as suas lentes. Para vídeos, o Samsung suporta gravação em 8K, enquanto o Honor limita-se ao 4K, mas com excelente estabilização.
Desempenho e software: a experiência de usuário otimizada para dobráveis
Ambos os dispositivos utilizam o chipset Snapdragon 8 Elite, porém com variantes ligeiramente diferentes, o Honor com a versão AB e o Samsung com a AC. Na prática, a diferença de desempenho entre estas variantes é mínima para o usuário comum, com ambos oferecendo potência mais que suficiente para qualquer tarefa atual.
A verdadeira diferenciação está no software. O Galaxy Z Fold 7 vem com Android 16 e One UI 8, com a promessa de sete anos de atualizações – um compromisso inigualável no mundo Android. O Honor Magic V5 roda Android 15 com MagicOS 9, mas sem garantias claras sobre o período de suporte.
O software da Samsung foi meticulosamente otimizado para o formato dobrável após sete gerações de dispositivos. Recursos como continuidade de aplicativos (usar um app na tela externa e continuá-lo na interna sem interrupção), modos flex (que adaptam a interface conforme o ângulo da dobra) e multitarefas avançadas fazem parte do DNA do sistema.
Outro diferencial do Samsung é a integração com IA através do Gemini, oferecendo recursos como Gemini Live e Circle to Search aprimorado, que funciona mesmo em jogos e durante multitarefas. É como ter um assistente pessoal sempre disponível para interagir com qualquer conteúdo na tela.
O Honor também oferece recursos de IA, incluindo o Circle to Search, mas sua implementação é menos abrangente e integrada. Uma curiosidade interessante é que o Samsung removeu o suporte à S Pen devido às restrições de espaço no design mais fino, enquanto o Honor mantém compatibilidade com stylus, o que pode ser um diferencial para usuários que valorizam anotações manuscritas.
Autonomia e velocidade de carregamento no uso real
A bateria representa talvez a maior disparidade entre os dois dispositivos. O Galaxy Z Fold 7 vem equipado com uma bateria de 4.400mAh, enquanto o Honor Magic V5 impressiona com 5.820mAh – uma diferença de aproximadamente 32% a favor do Honor.
Na prática, esta diferença é significativa. O Samsung promete 24 horas de reprodução de vídeo, enquanto o Honor pode facilmente ultrapassar 30 horas no mesmo cenário. Para um usuário intenso que alterna frequentemente entre as telas externa e interna, isso pode representar a diferença entre precisar recarregar no final do dia ou ter tranquilidade até o dia seguinte.
As diferenças se ampliam quando consideramos a velocidade de carregamento. O Samsung oferece carregamento com fio de 25W, sem fio de 15W e reverso de 4,5W. O Honor eleva significativamente estes números: 66W com fio, 50W sem fio e 5W reverso. Em termos práticos, enquanto o Samsung precisa de aproximadamente 85 minutos para uma carga completa, o Honor atinge 100% em cerca de 45 minutos.
Para contextualizar esta diferença, imagine que você precisa sair rapidamente e seu telefone está com pouca bateria. Com 15 minutos de carregamento, o Honor pode atingir aproximadamente 50% de carga, enquanto o Samsung chegará a cerca de 25%. Esta diferença pode ser crucial em situações cotidianas onde o tempo é limitado.
A combinação de bateria maior e carregamento mais rápido dá ao Honor uma vantagem considerável em termos de gerenciamento energético diário, especialmente para usuários intensos que aproveitam ao máximo os recursos de um dispositivo dobrável.
Ecossistema e valor: o que realmente define a escolha final
A Samsung construiu um ecossistema robusto ao longo dos anos, com integração perfeita entre Galaxy Watch, Galaxy Buds, tablets e laptops. Para usuários que já possuem outros dispositivos Samsung, o Z Fold 7 oferece sincronização instantânea de notificações, continuidade de tarefas entre dispositivos e recursos como Compartilhamento Rápido.
O Honor, embora ofereça alguns recursos de ecossistema próprio, não possui a mesma amplitude de dispositivos complementares com integração profunda. Esta diferença pode ser determinante para usuários que valorizam a experiência multi-dispositivo.
Quanto ao preço, o Galaxy Z Fold 7 inicia em US$ 1.999,99 nos EUA (aproximadamente R$ 11.000 em conversão direta). O Honor Magic V5 ainda não teve seu preço global confirmado, mas baseado no preço chinês e em modelos anteriores, deve ficar entre US$ 1.700-1.800 (aproximadamente R$ 9.500-10.000).
Esta diferença de preço de cerca de 10-15% é significativa quando consideramos dispositivos nesta faixa premium. No entanto, é preciso contabilizar o valor do suporte estendido da Samsung – sete anos de atualizações representam longevidade inigualável para um dispositivo Android, potencialmente diluindo o custo adicional ao longo do tempo de uso.
Outro fator importante é a disponibilidade de acessórios e suporte técnico. A Samsung possui presença global estabelecida, com fácil acesso a peças de reposição e centros de assistência técnica. O Honor, embora em expansão, ainda não oferece a mesma capilaridade de serviços em todos os mercados.
Veredicto: qual dobrável é ideal para cada perfil de usuário
Para fotógrafos entusiastas, o Galaxy Z Fold 7 oferece vantagem com seu sensor principal de 200MP, permitindo fotos detalhadas e recortes significativos. No entanto, se você valoriza versatilidade fotográfica e zoom óptico, o Honor Magic V5 com sua lente periscópica pode ser mais adequado para fotografias de longa distância.
Para heavy users que dependem intensamente do smartphone ao longo do dia, o Honor Magic V5 se destaca com sua bateria substancialmente maior e carregamento ultrarrápido. A combinação de 5.820mAh e carregamento de 66W significa menos preocupações com bateria mesmo em dias de uso intenso.
Para consumidores de mídia e jogadores, o Honor oferece vantagem com sua tela significativamente mais brilhante (5.000 nits versus 2.600 nits), tornando-o superior para uso externo e conteúdo HDR. Porém, o Z Fold 7 compensa com seu display interno ligeiramente maior (8 polegadas vs 7,95) e melhor otimização de jogos através da Game Launcher.
Para profissionais que buscam produtividade, o Galaxy Z Fold 7 leva vantagem com seu software meticulosamente otimizado para multitarefas e o compromisso de sete anos de atualizações. A integração com o ecossistema Samsung também permite fluxos de trabalho mais fluidos entre dispositivos.
Para quem busca melhor custo-benefício sem abrir mão de um dobrável premium, o Honor Magic V5 oferece hardware excepcional (especialmente bateria e carregamento) por um preço esperado 10-15% menor, tornando-o uma escolha atraente para quem prioriza especificações puras.
Em última análise, ambos os dispositivos representam o ápice da tecnologia dobrável em 2025. O Galaxy Z Fold 7 se destaca pelo software refinado, ecossistema robusto e compromisso de longo prazo com atualizações. O Honor Magic V5 impressiona com hardware superior em aspectos críticos como bateria, velocidade de carregamento e brilho da tela, possivelmente a um preço mais acessível.
A escolha ideal dependerá de suas prioridades específicas e de como você pretende integrar este dispositivo premium ao seu dia a dia digital.