O futuro dos drones é uma união entre produtividade e medo

O futuro dos drones é uma união entre produtividade e medo

Caro leitor que nos prestigia com o seu acesso em nossos textos, qual a sua opinião sobre os veículos aéreos não tripulados? Ou para os mais íntimos, os “queridíssimos” drones. A cada dia aumenta as noticias sobre esses brinquedinhos para adultos, indo de pizzaria que faz entrega através dessa engenhoca a todo o  pânico causado pela queda acidental de um Drone no jardim da Casa Branca, deixando o serviço secreto  americano de cabelo em pé. E ao decorrer dos anos o medo desses dispositivos será ainda maior por alguns motivos, mas ao mesmo tempo os drones podem e são muito uteis em algumas tarefas, através desse artigo você terá uma reflexão sobre o futuro desses “brinquedinhos” com os seus malefícios e benefícios, e ai preparado? Vamos lá.

Lembro-me em 2012 quando um sujeito intitulado Milo Danger projetou um drone com uma arma de paintball e uma câmera para o controle do dispositivo. Agindo como uma espécie de guru, Danger deixou o seu alerta no mesmo ano que projetou este Drone, “no futuro os drones podem acabar tomando os céus dos EUA e do mundo”, a probabilidade dessa previsão de Danger é extremamente grande, principalmente pelas empresas que estão começando a aderir às entregas através dos drones.

Já em 2014 tivemos o caso drone produzidos por Israel através da Aerospace Industries, que demonstrou todos os seus preparativos para as guerras do futuro ao estilo Call of Duty Advanced Warfare. Cerca de 30 engenhocas dessas estão armazenadas na imensa oficina da Aerospace Industries com os seus 8,5 metros de comprimento, 16,6 metros de envergadura, com 25 Kg divididos entre câmeras e radares, alcança voos de até 9 mil metros. Vale lembrar que o Israel está em primeiro lugar no ranking de exportações de drones, a frente dos Estados Unidos, alcançando o número de mil aeronaves vendidas em 42 países.

Até 2018, a Polônia irá substituir toda sua frota dos ultrapassados Sukhoi Su-22M para os aviões não tripulados. E para aumentar essas previsões e ideias futurísticas envolvendo drones, acredite você ou não que uma equipe da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, liderada pelo biólogo Ty Hedrick estão estudando desde 2010 o voo dos pássaros para melhorar a forma como os drones se comportam durante suas horas de atividades aéreas. Até agora os protótipos das novas aeronaves estão sendo utilizados na aeronáutica, mas graças ao cientistas envolvidos poderemos ver daqui algum tempo esses novos drones produzidos em massa fora do âmbito militar.

Hendrick escolheu as andorinhas como “modelo” para o estudo, e utilizando três camêras de alta velocidade com velocidade de captura de até 100 milhões de quadros por segundo, descobriu que a anatomia das andorinhas permite que curvas sejam feitas a uma velocidade extrema, deixando qualquer piloto humano babando .

Como parte do projeto um grupo de trabalho que inclui biólogos e engenheiros trabalham de forma incansável em drones que imitam um colibri, podendo planar por diversas horas. De acordo com o engenheiro aeroespacial do MIT, Russ Tedrake, os avanços no desenvolvimento dos drones irão originar modelos capazes de voar entre as árvores ou edifícios.

Claro que para isso será necessário investir em materiais cada vez mais leves e flexíveis e desenvolver softwares capazes de monitorar em tempo real as milhares de variáveis que acontecem durante o voo, além é claro dos sensores e tecnologias capazes capta o mundo real e transformar rapidamente em dados que possam ser absorvidos por centro de pesquisa com toda sua infraestrutura em Big Data.

Mas nem tudo é uma catástrofe militar com milhões de mortes envolvidas, com os drones podemos facilitar diversas profissões e situações. Na engenharia, por exemplo, drones são utilizados para a elaboração de mapas detalhados, facilitando o acesso a áreas mais remotas. Nas imobiliárias algumas empresas o utilizam para estudar terrenos e produzir vídeos com a vista de determinado apartamento antes da construção. Sempre prevale aquela premissa básica, quem faz o uso do dispositivo é o ser humano, que adequa qualquer aparelho para sua necessidade, mais ao mesmo tempo esse é um os grandes malefícios que invenções como Drones e impressoras 3D podem gerar, uma delas imprimindo armas na outra acoplando armas impressas para serem usadas em voos, resumindo CAOS total.

Em um ótimo texto publicado no site Live Science, temos acesso a 5 maneiras em que os drones podem ser utilizados no futuro, vamos a elas:

  • Fazendas

Os drones em estilo de helicóptero desde os anos 90 tem reduzido o trabalho e os custos operacionais em fazendas, e agora com uma maior proliferação dos drones e preços mais baixos, fazendeiros serão ainda mais beneficiados com esses aparelhos. Os Drones são utilizados para pulverizar a lavoura com fertilizantes e pesticidas, oferecendo aos agricultores uma alternativa aos aviões convencionais. De acordo com alguns fazendeiros os drones são capazes de realizar um trabalho mais preciso.

  • Arqueologia

A cada vez mais arqueólogos estão utilizando drones para descobrir novos artefatos. No ano passado uma equipe descobriu estruturas que indicam uma antiga vila no Novo México usando drones equipados com uma câmera e sensor de calor. As imagens térmicas permitiram que os pesquisadores pudessem ver embaixo da terra do chão do deserto, ajudando a localizar as estruturas enterradas.

  • Trabalhos Humanitários

Pesquisadores da divisão de Ciências, Saude e Tecnologia de Harrvard e MIT estão desenvolvendo drones que podem fornecer vacinas e outros suprimentos médicos essenciais em áreas remotas de difícil acesso e desenvolvimento. Em janeiro do ano passado o projeto conseguiu uma doação de US$ 100.000 da Fundação de Bill e Melinda Gates.

A Matternet Inc., empresa localizada no vale do silício está com um projeto similar aos da universidade, trabalhando na ideia dos drones oferecerem suprimentos para áreas remotas que são inacessíveis por estradas.

  • Expandindo o acesso a internet

Em março de 2014 o Facebook comprou a Ascenta, empresa que produz drones alimentados por energia solar com sede no Reino Unido, a ideia do CEO da rede social mais usada no mundo, Mark Zuckerberg é a ampliação do alcance da conectividade da internet em todo o planeta.

Em abril do mesmo ano o Google comprou também uma empresa de drones movidas a energia solar, a Titan Aerospace, que projeta aviões movidos a energia solar ultra-leves que voam sobre o tráfego aero comercial permanecendo no ar por até cinco anos. Os planos de levar internet para todas as localidades do mundo, também é compartilhada pelo Google.

  • Entrega de alimentos

Esse é um dos pontos mais claros envolvendo drones, futuramente poderemos ter diversas lanchonetes e restaurantes utilizando o recurso. Nos EUA uma start-up teve a ideia de utilizar drones para entregar tacos aos seus clientes, mas por enquanto a Administração Federal de Aviação está bloqueando o intitulado Tacocopter. No Brasil já temos alguns exemplos envolvendo a união de drone com a entrega de alimentos. Uma pizzaria em Santo André, São Paulo, tentou realizar o procedimento, mas claro que a Anac e FAB está em cima dessa iniciativa. Irá demorar um pouco para as agências que controlam os voos aceitem essa nova particularidade, mas não é impossível né?

O futuro é mais certo do que parece, aonde temos duas vertentes, a primeira é a disseminação em massa desses dispositivos por ai, entregando coisas, monitorando pessoas e tentando contribuir com causas nobres. Já o lado obscuro da coisa envolve o conceito dos drones, para o que eles foram criados e aperfeiçoados, guerras, num futuro próximo poderemos ter grupos terroristas em posse de drones de tamanhos de insetos (que alias o exército americano já conta com modelos como este) com um “super armamento” a disposição da mente doentia desses caras. E caso você pense que isso seja um exagero os militares dos EUA já mantém um exército chamado Black Dart, que analisa as formas de contrair drones hostis, especialmente os mini-drones. Entre as possíveis defesas estão lasers e sistemas para combater os sinais de rádio utilizados pelos aviões não tripulados.

Confira o vídeo abaixo e tente não se assutar.

Na CES 2015 que terminou dia 9 de janeiro. a Intel apresentou drones inteligentes que são capazes de desviar de obstáculos automaticamente, sem nenhum controle humano, um dos drones até esperou uma porta abrir para entrar. Tudo isso graças a tecnologia RealSense da empresa.

Em um outro exemplo mais extremo da Própria Intel na CES, vimos o Nixie um drone wearable que simplesmente agarra no seu pulso e se trasnforma numa espécie de relogio bionico, completamente estranho, mas sim os drones irão muito além do que já conhecemos.

Com essas ideias de estudar o voo de passaros, a minituarização e armamento, credencia o drone como o maior acessório para as guerras mas ao mesmo tempo entra na lista de possibilidades de revolucionar o alcance da internet e o que conhecemos como entrega. E ai o que você acha dos drones e do futuro desses aviões não tripulados? Deixe seu comentário abaixo.

Sobre o Autor

Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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