À espera do meu Sony Xperia Mini

À espera do meu Sony Xperia Mini

No dia 9 de maio de 2011, a Sony lança no mercado a atualização da sua modesta mas bem aceita linha de smartphones de baixo custo: o Sony Xperia Mini. Dotado um SoC baseado na CPU ARM Cortex-A8 (1 GHz), com 512 MB de RAM e tela LCD de 3″ (480×320), o novo aparelhinho oferece recursos dignos de bons smartphones do mercado, como uma câmera digital de 5 megapixels e o GPS. Bem, seria mais um como qualquer outro disponível do mercado, se não fosse por um pequeno detalhe: o meu interesse pessoal em comprá-lo! 😉

Sony Xperia Mini, o meu mais novo sonho de consumo!

Sony Xperia Mini, o meu mais novo sonho de consumo!

Há tempos, venho acompanhando as tendências e inovações voltadas para os smartphones. E bota tempo nisso: por volta do final de 2005, quando a Palm ainda era a Palm (se é que vocês me entendem), ficava impressionado com a empolgação e fascinação de seus usuários, ao tirarem aqueles “tijolinhos” do bolso para ficarem entretidos durante um bom tempo! Ainda mais que, quando soube que muitas atividades até antes feitas em computadores poderiam ser “perfeitamente” executadas nele, simplesmente não acreditei!

Palm Treo 650: o "bam-bam-bam" em seus tempos...

Palm Treo 650: o “bam-bam-bam” em seus tempos…

Pois bem: para os aficcionados por tecnologia, que estão acostumados a ver em cena os mais modernos processadores ARM, as mais ricas especificações técnicas e as mais interessantes inovações feitas pelos desenvolvedores de sistemas, não devem ter dificuldade em entender o quão poderosos podem ser os modernos smartphones. Mas naquela “época”, os recursos disponíveis para desenvolvimento dos smartphones eram mais limitados; então, conceber aparelhos modernos que fazem de tudo, era tão complicado tecnicamente para os fabricantes, o quanto era difícil entender as suas aplicações, por parte dos usuários leigos. Entretanto, eles venceram muitos obstáculos…

Nokia N95: um dos mais populares smartphones da Nokia.

Nokia N95: um dos mais populares smartphones da Nokia.

Por volta de 2007, uma nova safra de smartphones chegaram ao mercado. Dotados de recursos mais diversificados, aos poucos os smartphones começaram a dar contornos do que seriam os aparelhos modernos da atualidade: a alta capacidade de processamento, memória e armazenamento, autonomia extendida; as opções de conectividade variadas; o uso de interfaces touchscreen; a alta definição de imagem (do LCD e da câmera), a capacidade de reprodução multimídia em alto nível; o acesso a Internet e seus; a disponibilidade de ferramentas de comunicação; etc. Enfim, os smartphones começaram a ser bem delineados, considerando o seu propósito principal: complementar ou substituir os computadores em atividades em que eles pudessem executar com perfeição.

Eis, o primeiro iPhone (2007)!

Eis, o primeiro iPhone (2007)!

Mas nenhum deles provocou um impacto tão grande o quanto o iPhone! Embora grande parte de sua popularidade se deu devido ao entusiasmo de seus fidelíssimos seguidores (polidamente dizendo), a Apple teve os seus méritos ao conceber um produto que inovou em diversos aspectos, com o destaque para a sua excelente usabilidade e boa experiência de uso, baseada em uma interface touchscreen. A oferta de um sistema operacional sólido e bem acabado, assim como a integração de uma rica loja de aplicativos e outros conteúdos, vieram complementar a definição dos atributos indispensáveis para o sucesso de um bom produto.

Interface do iOS, o sistema operacional do iPhone.

Interface do iOS, o sistema operacional do iPhone.

À essa altura, como um Especialista em TI, reconheci a importância dos smartphones e o seu uso prático para a vida de um profissional, assim como a necessidade de entender e compreender as engrenagens que movimenta este novo mundo a ser explorado: a Computação Móvel. Aos poucos fui me atualizando e inclusive, adquiri um Nokia N95 no final de 2009 (já obsoleto para os padrões daquele ano) tão somente para ir aos poucos, me habituar com a ideia de ter um “computador de bolso”. Mas dada as limitações do antigo Symbian S60, não considero tais experiências como as melhores possíveis. E então, veio o Android…

HTC Desire, gerenciado pelo excelente sistema Android.

HTC Desire, gerenciado pelo excelente sistema Android.

Desenvolvida pela compania Android Inc. e posteriormente adquirida pelo Google, o Android é um sistema operacional desenvolvido sob o kernel Linux, dotado de um conjunto de bibliotecas e APIs que, além de dar suporte ao hardware, oferece toda a infraestrutura necessária para a criação de diversos aplicativos independentes (através do uso de kits de desenvolvimento, disponibilizado gratuitamente pelo Google). Desta infraestrutura, destaca-se a máquina virtual Java chamada Dalvik, a qual é responsável pela execução das aplicações feitas. Tecnicamente, ele possui tantos méritos como defeitos, se comparado aos demais sistemas do mercado; porém, uma característica em particular, colocou o Android em grande destaque na mídia…

Diferente dos demais sistemas de grande presença no mercado, o Android é um sistema aberto e não só desenvolvido pelo Google, mas por uma aliança de empresas chamada Open Handset Alliance. Esta por sua vez, foi criada com a finalidade de promover padrões abertos para a telefonia móvel, fortalecendo assim todo o ecossistema formado à sua volta. Assim, este sistema não será tão somente popular, como também promoverá uma espécie de universalização da plataforma para esta categoria de dispositivos!

Então, o que esperar de um bom smartphone e o seu surpreendente sistema operacional? Embora seja modesto (se comparado aos modelos avançados), com o Sony Xperia Mini poderei obter novas experiências de uso em minha vida profissional (e pessoal), mesclando as atividades tradicionais que executamos em nossos computadores (portáteis ou não) com as facilidades oferecidas pelo Android, mesmo sabendo que a oferta de serviços da telefonia móvel não seja aquilo que esperamos (especialmente a banda-larga 3G). Em poucas palavras, ao meu ver, uma nova era se inicia! 😉

Mas até lá, terei que esperar o smartphone chegar ao país… &;-D

Por Ednei Pacheco <ednei [at] hardware.com.br>

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