Emulação e Portabilidade

Emulação e Portabilidade

A maioria dos usuários, programadores e analistas de suporte de hoje em dia que conseguem fazer algo de proveitoso num computador, veio de uma época onde a facilidade não existia e em sentido figurado tínhamos que tirar água de pedra, foram as gerações que vieram dos computadores de 8 bits, como o MSX, Amiga e CP/M.

O que pouca gente sabe é que esses computadores faziam a 20 anos atrás coisas que os PC’s só conseguiram recentemente (e alguns recursos ainda nem tanto).

Como eu sou antigo e acredito que tudo o que é bom deve ser preservado, faço parte de um time (o qual todos vocês estão convidados a entrar) que tira proveito de recursos novos em máquinas novas em prol de antigos conceitos.

Por exemplo, poucas pessoas em idade operacional já ouviu falar em amiga em dias que falamos de Linux e Windows onde vez por outra é citado o Mac.

É muito comum em sites sobre emulação o amigo leitor ver screenshots (capturas de tela) dos ditos emuladores rodando os joguinhos preferidos dos usuários na época de ouro dessas máquinas. Eu preferi fazer diferente, mostrar screenshots e recomendar material didático para uso profissional destes recursos inter-plataformas.

A proposta aqui é que o amigo leitor que trabalha com um Mac G4 na empresa mas em casa tem apenas a combinação da moda (PC+Linux), possa rodar o mesmo software que usa na empresa, em casa para por exemplo, adiantar algum serviço sem precisar gastar mais por isso e o principal sem colocar parafernalha extra sobre sua mesa de trabalho.

Como a idéia aqui não é fazer apologia à pirataria mas sim explicar de maneira legalizada como o amigo leitor pode ter por exemplo 10 plataformas dentro de uma única baseada em Linux “vamos aos fatos” (já vi essa frase em algum lugar, onde foi? :).

O Amiga foi um computador lançado pela Commodore usa no começo dos anos 80, voltado para a produção de multimídia embora seu preço acessível tenha rapidamente tornado o mesmo um computador também voltado para jogos domésticos, o que pouca gente sabe é que o amiga levou esse nome porque num catalogo ordenado alfabeticamente (por exemplo num jornal ou numa lista telefônica), o nome AMIGA apareceria antes de APPLE e de ATARI (os seus maiores concorrentes da época) assim sendo escolhido o nome os seus componentes internos tais como chip de áudio, de vídeo e etc todos levaram nomes de mulher. Por exemplo ao se olhar para a placa-mãe de um amiga temos lá ao lado do nome dos chips nomes femininos gravados tais como PAULA e DENISE. Muitas músicas eletrônicas, estilo PET SHOP BOYS, ou BLACKBOX, foram feitas num computador amiga.

A mais recente composição baseada no formato protracker do amiga é a controvertida situação da música DO IT do produtor Timberland. Saiba mais sobre o assunto aqui.

Outro recurso muito usado nos computadores Amiga é o de geração de vídeo de fusão de imagem (genlocking, hoje em dia mais usado no estilo chroma-key).

Abaixo temos um screenshot do emulador de amiga (UAE) pronto para dar “boot” e rodar meu editor favorito de vinhetas para serem jogadas posteriormente num amiga real e fazer uma edição de imagens usando um Amiga + genlock supergen (o mesmo tipo de mesa de vídeo que coloca placar de jogos ao vivo nos programas de televisão):

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Já o MSX também foi muito usado em sua época, mais para a produção de vídeo do que de áudio. MSX por muitos anos foi tido como forma abreviada de MicroSoft eXtended.

Nesse vídeo do youtube, podemos ver o MSX em sua época de lançamento com entrevista do próprio Bill Gates apresentando o que seria “o novo padrão” de computadores juntamente com os projetistas Japoneses.

Assim como no caso do amiga, o MSX também tem suas aparições em ambiente de grande porte, tais como o clip da música Joy Ride da banda Roxette, ou mesmo a bordo da extinta estação espacial MIR para processar imagens captadas do espaço. Neste link temos o MSX2 da Sony com genlock a bordo da nave a direta do vídeo.

O MSX é outro computador muito lembrado apenas pelas suas versões limitadas no Brasil para joguinhos o que pouca gente também sabe é que nos dias de hoje ainda, uma grande rede de tv a cabo usa um MSX2 dentro de suas instalações para jogar legendas ao vivo em seus vídeos aqui mesmo no Brasil.

Nos outros sites vemos sempre fotos (screenshots) dos emuladores de MSX rodando jogos, aqui, vou mostrar uma pequena abertura de vinheta que fiz com o editor Video Graphics da Philips também voltados para máquinas MSX2 (ainda não vi programas de tal qualidade para PC nos dias de hoje). E o mais interessante é que no caso do emulador OpenMSX para linux, não só eles incluem suporte as super-placas de áudio do MSX, bem como no caso de você ter um dispositivo de captura de vídeo em seu pc instalado em seu linux, o OpenMSX também pode usar este dispositivo para emular dispositivos de captura de MSX e assim fazer uso de recursos de softwares de vídeo-produção para esta máquina:

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Continuando, temos o OS/2, desenvolvido tempos atrás, pela IBM. Na minha opinião o melhor sistema comercial já feito. O OS/2 é um sistema 32 Bits real, (um must para quem tinha 486, bbs, etc.) e trouxe para os computadores 386 em diante o verdadeiro poder 32 bits de realizar várias tarefas simultaneamente sem congelar a máquina ou fazer com que a temporização de uma tarefa atrasasse a outra.

O OS/2 tinha uma grande vantagem para sua época que até 1994 era compatível com o DOS e com o WINDOWS 3.1, ou seja quem já usava essas plataformas, poderia abrir vários programas delas em várias instâncias ao mesmo tempo e continuar rodando ainda programas do próprio OS/2.

Outra inovação, o OS/2 tinha o chamado crash protection, que caso uma tarefa travasse ou caísse, o sistema continua rodando todas as outras normalmente como se nada tivesse acontecido, bastando ao usuário reativar a tarefa que finalizou prematuramente.

A emulação de OS/2 hoje em dia é feita tanto via QEMU quanto através do VirtualBox, da innotek.

Ambos são emuladores gratuitos que não infringem nenhum tipo de acordo comercial.

Abaixo o OS/2 sendo rodado no linux executando o lotus notes, um programa antigo, mas ainda hoje muito usado em empresas como a Petrobrás.

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O Mac, como conhecemos, é muito usado em grandes empresas de design gráfico por sua leveza e estabilidade aqui abaixo dois exemplos, o primeiro rodando o Mac OS9 via sheepshaver e o segundo rodando Mac OS X via pearpc, apresentando o adobe em Japonês.

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Para conseguir uma rom legalizada para rodar o sheepshaver (MAC OS9) no Linux você precisa baixar um rom update neste seguinte link da Apple. Depois você deve baixar o seguinte arquivo.

O Tomeviewer é um utilitário que vai te ajudar a extrair apenas o arquivo rom de dentro do update. Dê um duplo click no arquivo Mac_OS_ROM_Update_1.0.smi.bin e este vai se auto-descompactar.

Agora monte o arquivo Mac OS ROM Update 1.0.smi (ele vai se auto-montar numa pasta de leitura).

Inicie o TomeViewer e marque o Mac OS ROM Update na tabela exibida. No menu archive do tomeviewer use a opção expand, e escolha uma pasta para onde extrair o arquivo.

Copie seu arquivo para uma partição onde o linux possa enxergá-lo e pronto, renomeie-o para MacOs.rom. Seu SheepShaver já está pronto para bootar a partir do CD e instalar o seu MacOS 9.1.

Resumindo, muita estabilidade, extra variedade a baixo custo, claro o mais importante é que não se deve esquecer que o amigo usuário deve ter a licença original de cada soft a ser executados nos emuladores em questão no mais, bom divertimento!

 

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