“O Pentium 4 vai dominar o mercado”, se você ouvisse essa frase hoje em dia, provavelmente diria que quem disse está louco, afinal, o Pentium 4 custa uma fortuna, as placas mãe para ele também são caríssimas, existe o problema das memórias Rambus,
novamente caríssimas, e para completar o desempenho do Pentium 4 ainda não convenceu.
Porém, apesar de tudo isso, é provável que o Pentium 4 torne-se o processador mais vendido daqui a 15 meses. Mas como?
Em primeiro lugar, a Intel será a primeira companhia a colocar no mercado processadores de 0.13 mícron, bem antes da AMD. Isso deverá acontecer em novembro de 2001, com o lançamento dos Pentiums 4 de 2 GHz em diante. Usando a nova técnica de produção, o
Pentium 4 se tornará muito mais barato de se produzir, o que se refletirá automaticamente nos preços ao consumidor.
Ao mesmo tempo, teremos a oferta de placas mãe mais baratas para o Pentium 4, com suporte a memórias DDR, que daqui a um ano estarão custando o mesmo que pagamos atualmente pelas memórias SDRAM.
Se a Intel conseguir seguir a risca os lançamentos do seu Roadmap, em fevereiro de 2002 já teremos no mercado versões de 2.2 e 2.4 GHz do Pentium 4, com a versão de 1.6 GHz custando por volta de 150 dólares. Com isto o problema do preço se resolveria, um
micro com um Pentium 4 de 1.6 GHz passaria a custar o que um Pentium III 800 custa hoje.
Do ponto de vista do desempenho, a esperança fica por conta das instruções SSE 2, que devem passar a ser suportadas pelas maioria dos jogos e programas, com isto o Pentium 4 passaria a ter um desempenho bem melhor do que vem apresentando atualmente. Num
aplicativo otimizado para o SSE 2 um Pentium 4 de 1.5 GHz já apresenta um desempenho superior a um Athlon de 1.2 GHz, em alguns casos semelhante ao de um Athlon do mesmo clock.
Seguindo o raciocínio anterior, teríamos no mercado de baixo custo os Athlons de 1.2 e 1.3 GHz competindo com os Pentium 4 de 1.6 GHz, enquanto o Athlon de 1.7 GHz competiria com os Pentium 4 de 2.2 e 2.4 GHz, sem dúvida a MD ficaria em desvantagem,
principalmente considerando que dificilmente seria possível lançar versões do Athlon operando a mais de 1.7 GHz enquanto ela não começar a produzir processadores de 0.13 mícron, o que deve acontecer só lá pela metade de 2002.
Com um preço mais baixo, placas mães mais baratas e suporte às memórias DDR e aplicativos otimizados, o Pentium 4 deixaria de ser o “abacaxi” que é atualmente para se tornar num processador competitivo. Pode ser que a combinação destes fatores vire o
jogo, fazendo com que os processadores Pentium 4 virem padrão no mercado daqui a alguns meses. Será que ninguém tem uma bola de cristal para dizer se isso vai realmente acontecer? 🙂
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