Quais as diferenças entre Smartband e Smartwatch?

Por: Felipe Alencar

Se você está lendo este artigo provavelmente está considerando a ideia de adquirir um dispositivo wearable para acompanhar seu estilo de vida ativo ou talvez simplesmente para estar alinhado com as últimas tendências tecnológicas.

Os relógios inteligentes e as smartbands têm conquistado o mercado e se tornaram um acessório bastante popular entre os entusiastas de tecnologia e aqueles que buscam uma vida mais saudável e organizada.

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Mas qual será a melhor opção para você? Bem, vou te ajudar a esclarecer essa dúvida, detalhando as principais diferenças entre esses dois tipos de dispositivos e fornecendo informações valiosas que podem influenciar na sua decisão, garantindo que faça a escolha mais adequada às suas necessidades e desejos.

As diferenças entre smartband e smartwatch

As principais diferenças entre os dois dispositivos residem em 3 fatores: tamanho, nível de funcionalidades e preço.

A smartband é um dispositivo que se mostra extremamente prático e cômodo para ser utilizado em quase todas as circunstâncias do cotidiano, inclusive nos momentos de repouso ou mesmo durante o banho. As smartbands costumam ser mais discretas, leves e com uma bateria de longa duração, o que é excelente para quem não quer se preocupar em carregar o dispositivo constantemente.

No entanto, é importante notar que suas funcionalidades são relativamente básicas e seus dados nem sempre alcançam um nível de precisão elevado. Com uma smartband em seu pulso, o foco principal é o rastreamento da atividade física e da saúde. Elas fornecem dados sobre seus passos, a distância percorrida, as calorias queimadas e, em alguns casos, até mesmo a qualidade do seu sono.

Por outro lado, quando se trata do smartwatch, estamos diante de uma tecnologia que vai muito além da simples medição de atividades diárias. A denominação “smartwatch” já indica que estamos lidando com um acessório inteligente, que amplia as possibilidades do que um relógio pode fazer.

De fato, ele atua de forma semelhante a um smartphone, mas com dimensões reduzidas, que pode ser carregado no pulso. Os aplicativos disponíveis em um smartwatch são mais sofisticados, oferecendo um leque vasto de possibilidades, desde a personalização das funcionalidades até o acesso a sensores de alta precisão que captam dados complexos sobre o seu bem-estar e atividades.

Geralmente, esse acessório vem equipado com recursos avançados como sensor de temperatura corporal, análise de bioimpedância, função de eletrocardiograma (ECG) e outras ferramentas especializadas voltadas para o monitoramento da saúde. São essas funções que potencializam o uso do smartwatch no acompanhamento e na gestão da saúde pessoal, transformando-o em um verdadeiro aliado para quem deseja manter um estilo de vida saudável e está sempre em busca de informações precisas sobre a própria condição física.

Com um relógio inteligente, você pode receber notificações do seu telefone, controlar música, monitorar sua frequência cardíaca durante os exercícios e até mesmo usar aplicativos que podem ajudar a rastrear seus treinos ou controlar a iluminação da sua casa. Alguns modelos avançados oferecem funcionalidades de telefone independente, ou seja, você pode fazer ligações e enviar mensagens sem precisar do seu celular por perto. Além disso, muitos têm designs elegantes e telas personalizáveis, então, além de serem práticos, também são um acessório de moda.

Não se deixe enganar pelo sistema operacional

Inicialmente, era relativamente simples distinguir uma smartband de um smartwatch: tudo se resumia a qual sistema operacional estava embutido no dispositivo. Por um lado, tínhamos o Wear OS, fruto da parceria entre gigantes como a Google e a Samsung; por outro, o watchOS, desenvolvido exclusivamente pela Apple para os seus dispositivos vestíveis. Esses sistemas eram considerados o estado da arte em termos de tecnologia aplicada a relógios inteligentes.

No entanto, essa realidade começou a mudar gradualmente. Empresas como a Xiaomi perceberam que havia espaço para melhorias significativas nas suas pulseiras inteligentes. Em vez de se conformarem com as limitações pré-existentes, elas investiram no desenvolvimento de softwares próprios, mais avançados e adaptados às necessidades específicas dos seus consumidores.

Foi nesse contexto que surgiu o Zepp OS, software da Xiaomi cujo objetivo foi elevar o patamar das smartbands, proporcionando a elas funcionalidades até então reservadas aos smartwatches mais sofisticados. Com essa nova plataforma, houve quem começasse a confundir os dois tipos de dispositivos. Um exemplo claro é a smartband Amazfit GTS 4 Mini, uma fitness tracker tão repleta de funcionalidades que alguns usuários a confundem com um smartwatch.

No entanto, é preciso entender que o Zepp OS não torna uma smartband um smartwatch, pois ainda há limitações em apps e autonomia. Smartwatches oferecem mais independência do celular, com funções como atender chamadas e gerenciar mensagens, enquanto smartbands com Zepp OS dependem mais do smartphone. Mas é inegável que as smartbands evoluíram muito.

Como decidir entre um relógio inteligente e uma smartband?

O ponto crucial para fazer a melhor escolha é ter clareza sobre quais são as suas necessidades específicas.

Está à procura de um aparelho que apresente um ótimo custo-benefício e disponibilize funcionalidades básicas, tais como monitoramento da frequência cardíaca e análise da qualidade do sono? Neste caso, a recomendação seria optar por uma smartband, que além de cumprir tais requisitos básicos, não excederá o montante de R$ 500 — mesmo quando se trata das versões consideradas de ponta no mercado, como a Xiaomi Mi Band 8 ou o Galaxy Fit 3.

No entanto, se o seu desejo for ter uma ferramenta mais robusta que possa oferecer um acompanhamento minucioso e detalhado da sua saúde — sendo você um atleta ou simplesmente alguém preocupado com bem-estar físico —, então um smartwatch pode ser a opção mais acertada. É importante, contudo, estar ciente de que o preço desses dispositivos varia significativamente conforme o sistema operacional que integram.

Para os modelos que rodam Wear OS, tal como o futuro Galaxy Watch 6, estima-se que os valores flutuem dentro de uma faixa de R$ 1.400 a R$ 1.600. Em contraste, aqueles que funcionam baseados no watchOS, exemplo do Apple Watch Series 8, têm preços consideravelmente mais elevados, chegando a alcançar cifras próximas de R$ 3.600. Portanto, ponderar sobre qual dispositivo se harmoniza melhor com as suas exigências individuais e limite orçamental é essencial antes de concretizar uma compra.

Sobre o Autor

Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
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