Em primeiro lugar, tirando a miniaturização, o hardware de um notebook não é tão diferente do de um micro de mesa. Temos os mesmos componentes afetando a performance do note, memória, processador, HD, etc. Porém, num notebook temos outros fatores a levar
em consideração além da performance, que é a portabilidade, tamanho da tela (que geralmente é inversamente proporcional á portabilidade), duração da bateria, etc. Isso claro, varia de acordo com o uso que se dá ao aparelho. Existem notes para todos os
gostos e bolsos.
Quanto ao processador, temos como opção os Pentium III e Celeron, que possuem o mesmo desempenho dos micros de mesa, mas consomem menos energia, o bom e velho K6-2, o K6-2+, que vem com 128 KB de cache L2 embutido, sendo um pouco mais rápido que o antigo,
o Cyrix III, que como os demais processadores da Cyrix é razoável em aplicativos de escritório e horrível em jogos, além do Crusoé, que consome pouca energia mas fica devendo em termos de desempenho.
Dentre estes, o mais rápido é sem dúvida o Pentium III, mas por ser mais caro e consumir muita energia, ele só é encontrado nos notebooks mais caros e maiores. Se a idéia é um aparelho mais barato, ou mais compacto, então as escolhas ficam entre o K6-2,
K6-2+, Celeron ou Cyrix. O Crusoé vem sendo usado apenas nos notebooks mais compactos, como o Sony Vaio, mas nem sempre a um preço acessível.
Em termos de memória RAM valem os mesmos conselhos dos micros de mesa, 64 como mínimo, 128 como o ideal, 256 para quem pretende rodar aplicativos muito pesados. Caso você esteja namorando um notebook que venha de fábrica com menos memória do que deseja,
em quase todos os casos existe a opção de adicionar mais um ou dois módulos de memória SODIMM, um tipo de memória DIMM miniaturizado utilizado em notebooks. Um módulo de 32 MB custa por volta de 200 reais.
Os HDs de notebooks apresentam uma variação de desempenho muito menor do que vemos nos micros de mesa, pois todos os modelos possuem rotação de apenas 4.200 RPM, justamente para manter um baixo consumo, quase todos os modelos também utilizam duas faces de
disco, mais um fator que nivela o desempenho de HDs de mesma capacidade mas de marcas diferentes.
O mais relevante neste caso é mesmo a capacidade. O ideal seria comprar um notebook com pelo menos 8 GB de HD, lembre-se que HD e memória RAM são os componentes que mais influenciam na longevidade do aparelho.
Finalmente vem a tela, outro fator importante a se considerar. A tela de LCD responde por quase metade do custo de produção de um notebook, por isso apenas os modelos mais caros vem com telas grandes, de 15 polegadas. A maioria dos modelos mais baratos
vem com telas de 12.1 ou no máximo 13.5 polegadas. O tamanho da tela está diretamente relacionado à resolução de vídeo suportada por ela:
Os notebooks com telas de 11 ou 12 polegadas geralmente suportam apenas 800 x 600, o que pode ser bastante desconfortável e limitante se você for trabalhar com o Corel, Photoshop, Dreanweaver ou qualquer outro editor de imagens ou páginas Web por
exemplo.
Os notebooks com telas de 13,1 ou 14 polegadas, os mais comuns atualmente, quase sempre exibem 1024 x 768, que já é uma resolução confortável para a maioria das aplicações.
Alguns laptops maiores, estão vindo com telas de 15,1 ou até mesmo 15,4 polegadas, que geralmente permite utilizar 1280 x 1024 ou até mesmo 1400 x 1050. O grande problema é que além de caros, estes modelos são muito grandes, já que é preciso acomodar esse
exagero de tela. Ou seja, são mais confortáveis de usar, porém mais incômodos na hora de transportar e, principalmente, na hora de pagar 🙂
Alguns notebooks mais antigos, com telas de 10 polegadas ou menos, assim como a maioria dos mini notebooks, suportam apenas resolução de 640 x 480, o que os torna muito desconfortáveis de trabalhar, principalmente para surfar na Net ou usar aplicativos
gráficos. Melhor evitar estes modelos.
Quanto ao modem e placa de rede não existe muito o que falar, modem de 56k e rede 10/100. Entretanto, prefira notebooks que já vem com modem e rede embutidos, pois será mais prático e mais barato do que comprar estes periféricos depois na forma de placas
PCMCIA, além dos componentes embutidos consumirem menos energia.
A grande maioria dos notebooks atuais vem com CD-ROM de 24x, mas alguns modelos já estão trazendo como opcionais drives de DVD e até mesmo gravadores de CD. São periféricos caros e que diminuem bastante a autonomia da bateria enquanto estão sendo usados,
mas não deixam de ser uma opção.
Outro ponto crítico diz respeito à autonomia das baterias. Este é um dados que varia muito de acordo com a configuração e com o tipo de bateria usada. As melhores são as Li-Ion.
Quanto mais parruda por a configuração, ou seja, mais rápido for o processador, quanto mais memória, etc. maior será o consumo e consequentemente menor será a autonomia. Alguns modelos atuais chegam a ter autonomia de apenas 1:30, enquanto a maioria dos
modelos fica na faixa das 2:30. Existem também alguns modelos de configuração mais simples, ou mais econômica que chegam a 4 ou 5 horas, alguns até mais.
Alguns modelos trazem como opção substituir o CD-ROM ou drive de disquetes por uma bateria extra, que pode ser comprada à parte.
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