O DVD está para as antigas fitas de vídeo VHS assim como CD está para as fitas K7. Como os vídeos são armazenados em formato digital, é possível assistir o mesmo filme inúmeras vezes sem que haja qualquer degradação, como ocorre nas fitas de vídeo.
A qualidade de imagem também é incomparável: a resolução é maior e a fidelidade de cores muito superior. Para você ter uma idéia, numa fita de vídeo VHS temos apenas 240 linhas horizontais de resolução, enquanto no DVD temos 500 linhas. Também são permitidos vários outros recursos, como várias opções de legenda e dublagem.
Além da imagem, temos também melhorias na qualidade sonora. No DVD é utilizado o padrão Dolby ProLogic Surround Sound, o mesmo utilizado nos cinemas. Temos nada menos do que 6 canais de som. As falas vem do canal central, as músicas vem dos canais situados à esquerda e à direita, os efeitos sonoros vem de trás e existe mais um canal auxiliar para graves.
Usando conjuntos de seis caixas, como num home theater, a qualidade do som é muito superior ao do stéreo comum, mas mesmo utilizando uma televisão normal, com apenas duas caixas acústicas é possível se beneficiar de boa parte dos efeitos.
Existem 4 tipos de DVDs, que diferem na capacidade. O DVD 5 é capaz de armazenar 4,7 Gigabytes de dados ou 133 minutos de vídeo na resolução máxima, também é possível armazenar mais de um filme, degradando a qualidade da imagem ou dispensando o recurso de várias dublagens. O DVD 10 utiliza a mesma tecnologia do DVD 5, mas nele são usados os dois lados do disco, dobrando a capacidade. Temos então 9,4 GB de dados ou 266 minutos de vídeo em qualidade máxima.
Outra tecnologia permite usar duas camadas de gravação no mesmo disco. Como a primeira camada é semi-transparente, é possível ler as duas camadas variando a intensidade do laser de leitura. Um laser mais fraco irá ser refletido na primeira camada enquanto um laser um pouco mais intenso atingirá a segunda.
Temos então o DVD 9, que utiliza duas camadas mas apenas uma das faces do disco, armazenando 8,5 GB de dados e o DVD 18, que armazena 18 GB de dados usando as duas faces do disco. Toda esta capacidade pode ser utilizada para gravar vários filmes no mesmo DVD, toda a série Star Wars por exemplo
O único problema com os discos de duas faces é a necessidade de virar o disco quando se chega no meio do filme, como num toca-fitas. No caso de DVDs com dados, também é preciso virar o disco para acessar os dados gravados no outro lado.
Existem tanto DVD-Players que podem ser ligados diretamente à televisão como um video cassete comum, quanto drives de DVD que podem ser instalados no micro. A segunda opção é bem mais barata e permite aposentar o drive de CD-ROM, já que o drive de DVD também é capaz de ler CDs normais. Ficar assistindo filmes no micro não tem tanta graça, mas as placas decodificadoras de vários Kits DVD possuem saídas de vídeo que permitem ligar o micro na TV. Ainda existe o inconveniente de ter de deixar o micro perto da televisão mas já é mais confortável do que assistir os filmes num monitor de 14″ sentado na frente do PC.
O formato de vídeo MPEG-2 utilizado nos DVDs é um formato de vídeo compactado. Isto significa que antes do vídeo poder ser exibido, é preciso decodificá-lo.
Esta tarefa exige um grande poder de processamento e pode ser tanto feita através de um programa (software), quanto através de uma placa decodificadora (hardware).
Para fazer a decodificação via software você só precisará instalar um programa específico. Alguns exemplos são o Cyberlink PowerDVD, Ravisent Cinemaster e Intervideo WinDVD. A maioria dos drives de DVD comprados na caixa virão com pelo menos um software decodificador, mas estes também podem ser comprados. Existem também vários programas gratuitos que podem ser baixados pela Internet, a maioria pode ser encontrada em http://www.7thzone.com/downloads/soft_dvd/sdp_pc.htm.
O problema é que neste caso é preciso um processador poderoso para assistir os vídeos com qualidade, no mínimo um Pentium II 333. Se você não tem um processador tão parrudo, uma segunda opção é usar uma placa decodificadora. A maioria dos Kits DVD à venda, como o Creative Dxr2 já trazem a placa decodificadora, mas também é possível comprá-la separadamente. Usando a placa é possível assistir os filmes até mesmo em um Pentium 200.
Uma das grandes preocupações da indústria cinematográfica é manter o cronograma de lançamento dos filmes nos cinemas e em vídeo nos diversos países do mundo. Normalmente os filmes são lançados primeiro no mercado norte-americano e em seguida legendados ou dublados e lançados sucessivamente nos demais países do mundo. Isto significa que muitas vezes, um filme que só agora está entrando em cartaz nos cinemas Brasileiros já foi lançado em vídeo a um bom tempo nos EUA. A história fica ainda mais complicada no caso de filmes feitos em parceria entre duas ou mais gravadoras, onde normalmente cada uma fica com os direitos de distribuição em uma parte do mundo.
Para evitar que os filmes lançados em DVD possam ser assistidos fora da área onde foram lançados, os fabricantes criaram o recurso de zoneamento dividindo o mundo em 6 regiões, numeradas de 1 a 6. O Brasil faz parte da zona 4, junto com o restante da América latina, austrália e Oceania. Os DVD-Players destinados a uma região, não lêem DVDs destinados a outras regiões.
O recurso de zoneamento é formado por uma combinação de hardware e software. O número da região é gravado no DVD junto com o filme, enquanto o DVD-Player possui alguns circuitos especiais capazes de ler os dados referentes à região e bloquear a leitura do disco caso o disco destine-se a uma região diferente do Player
Não existe nenhuma lei que obrigue os fabricantes a lançar apenas drives compatíveis com o recurso de zonas. A maioria dos drives permite que a zona seja alterada apenas 5 vezes, mas alguns modelos permitem mudar a zona quantas vezes quiser. Alguns permitem fazer isso simplesmente apertando um botão no controle remoto, estes aparelhos são chamados de code free. No caso dos drives de DVD para micro existem programas e atualizações de firmware que permitem burlar a limitação. Este assunto é um pouco extenso, pois cada aparelho exige um procedimento diferente, mas você poderá encontrar todas as informações e programas necessários no http://www.dvdutils.com.
Também existe várias formas de destravar os aparelhos, trocando o chip de controle, ou instalando um DVD Charger, uma placa especial que anula as limitações do aparelho. Estão surgindo até mesmo algumas empresas especializados nesta área.
Existem dois tipos de destravamento, um que seta a região para 0 e outro que permite a qualquer momento alterar entre as 6 regiões. O segundo método é melhor, pois alguns títulos não permitem ser lidos em players com região 0.
A instalação de um DVD-ROM é muito parecida com a de um drive de CD-ROM comum. Comece abrindo o gabinete. O drive de DVD deve inicialmente ser preso a uma das baias de 5 ¼ do gabinete, procure utilizar parafusos dos dois lados para deixá-lo bem preso (1).
Em seguida ligue o drive a um cabo flat IDE. Se houver dois cabos, prefira instalar o DVD no segundo, deixando o disco rígido conectado sozinho ao primeiro. Aproveite e conecte um dos plugs de energia da fonte no encaixe apropriado. A tarja vermelha do cabo IDE deve ser encaixada virada para o lado do plug de energia (2).
Se você comprou uma placa decodificadora junto com o drive de DVD, encaixe a placa em um slot PCI livre, e conecte o cabo que a acompanha no encaixe apropriado do drive de DVD (3 e 4). Para finalizar, utilize o segundo cabo para conectar a placa decodificadora à saída da sua placa de vídeo (5 e 6).
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