No desktop

Quando voltei à tela de login, fui conferir as minhas opções de sessão: “Ubuntu”, “Ubuntu Clássico” e “Ubuntu Clássico sem efeitos”. Escolhi a terceira opção e fiz login em um ambiente GNOME 2.32 comum. Como de costume, o menu de aplicativos fica no topo da tela, e o alternador de tarefas fica na parte de baixo. Nada de ícones no desktop. A minha primeira impressão do papel de parede foi a de que alguém tinha acendido uma luz bem forte atrás de um pote de geleia de uva. Eu acho o novo visual um pouco mais atraente do que o roxo sem graça do ano passado, mas ele ainda não agrada. E por falar no visual, o Ubuntu posiciona os botões das janelas à esquerda, e não à direita. Não acho que isso faça muita diferença; o problema são os 20 anos de hábito que trabalham contra mim. Felizmente, isso pode ser resolvido rapidamente com a ferramenta de Aparência do GNOME. Abri as opções da ferramenta, cliquei no meu tema preferido e… o aplicativo travou. Abri novamente a ferramenta, escolhi o tema e o plano de fundo que eu queria e dessa vez deu certo.

O desktop GNOME clássico no Ubuntu 11.04

O desktop GNOME clássico no Ubuntu 11.04

Se vocês me permitem voltar um pouco no texto, fiquei surpreso pela minha placa de vídeo NVIDIA, que vez ou outra uso para jogar alguma coisa, não ser capaz de rodar o desktop Unity. Dei uma espiada no fórum oficial e percebi que várias pessoas tinham um problema parecido com o Unity e a NVIDIA. Parece que tem a ver com o driver. Acho que se eu usasse o driver binário da NVIDIA teria a funcionalidade total, mas ignorei essa opção e deixei para testar o Unity no meu laptop.

A documentação que acompanha o Ubuntu deixou uma impressão muito boa. As páginas oferecidas são bem escritas e organizadas de forma que os usuários novatos possam navegar facilmente. Eu logo descobri que havia atualizações de software disponíveis nos repositórios, e as notificações estavam ativadas, mas não recebi nenhum aviso sobre isso. Lancei o atualizador de software manualmente para cuidar da atualização.

Ainda no início do ciclo de desenvolvimento do 11.04, Mark Shuttleworth disse em seu blog, “Ao falar sobre o Google Wave, um sujeito disse que ‘se o seu projeto depende da reinvenção das barras de rolagem, então você está fazendo algo errado’. Mas às vezes, bem às vezes mesmo, é exatamente isso o que é feito”. Obviamente, trata-se de uma opinião pessoal, mas eu acho que tentar reinventar a barra de rolagem no Ubuntu não foi uma boa ideia. Acho que entendo onde a equipe do Ubuntu quis chegar, as novas barras de rolagem ocupam menos espaço na lateral da janela, o que ao menos em teoria é bom. Só que eu acho que o novo design tem alguns problemas. Ao mover o mouse sobre a nova e fina barra de rolagem, um controle pipoca no local, permitindo a manipulação da barra. O problema é que às vezes o controle aparecia, e às vezes eu ficava passando o mouse sobre a barra e nada dele. Por outras, o controle aparecia, mas sumia quando eu movia o mouse sobre ele.

Isso transformou um mero clicar e arrastar em um processo mais longo e frustrante. Nas vezes em que o controle funcionava, eu conseguia arrastá-lo facilmente, mas ao clicar nos botões para cima e para baixo a barra saltava uma página inteira na direção indicada, em vez de rolar com suavidade como estou acostumado a ver. O terceiro problema é que nem todos os aplicativos usam as novas barras de rolagem. Os aplicativos do GNOME usam, mas muitos outros (inclusive aplicativos que vêm instalados por padrão no Ubuntu) não. O Firefox e o LibreOffice, por exemplo, usam as barras de rolagem tradicionais. Isso significa que os usuários não têm widgets consistentes na interface, o que quebra o fluxo de utilização. O lado positivo é que as fontes incluídas no 11.04 são agradáveis.

Navegação na web via Firefox no Ubuntu 11.04

Navegação na web via Firefox no Ubuntu 11.04

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