Conhecendo o Basemark GPU, nova ferramenta de benchmark para placas de vídeo

Conhecendo o Basemark GPU, nova ferramenta de benchmark para placas de vídeo

A pontuação exibida após uma bateria de testes na placa de vídeo através de ferramentas de benchmark costuma ser de bastante interesse do público fanático por hardware.

Embora no dia a dia o que realmente interessa são outros fatores, como a forma que a VGA se comporta principalmente em games, as pontuações registradas por ferramentas respeitáveis como o 3DMark são levadas muito a sério, mesmo quando não estamos falando de um ambiente de competição entre overclockers profissionais, já que qualquer usuário pode utilizar esses softwares como parâmetro para ver o quanto a pontuação muda quando o clock da placa é elevado, através do overclock.

O número de ferramentas disponíveis para esses testes é bem variado, e acaba de ser lançada uma nova opção pela finlandesa Basemark, que já é cascuda nesse segmento. Trata-se da Basemark GPU, que chega rotulada como versão 1.0, já que adições importantes serão feitas à ferramenta nos próximos meses.

O Basemark GPU vem sendo desenvolvida há dois anos, com a colaboração de empresas como Intel, Nvidia, Qualcomm e Imagination.  A ferramenta foi projetada pensando em multi-plataforma, já que além da versão para Windows 10, conta com variantes para Linux (Debian/Ubuntu), e Android.

Em termos de APIs que o teste pode ser rodado, a versão 1.0 do BasemarkGPU conta com Vulkan e OpenGL. A companhia promete que o DirectX 12, do Windows, e a Metal, do iOS, serão adicionados nos próximos meses.

O software também conta com compatibilidade com sistemas operacionais embarcados e automotivos, como QNX e Integrity. Realmente o programa quer abraçar diversos segmentos.

O programa foi completamente escrito em C ++  e é baseado na engine Rocksolid, da própria Basemark. No site da Basemark há duas versões para download, uma gratuita e uma versão corporativa, que precisa de uma licença paga. Aproveitando o lançamento do software fizemos o download e rodamos em nossa configuração.

O arquivo tem 2,87 GB, após a instalação passa para 6.2 GB. Na primeira tela do Basemark GPU é possível escolher entre três abas: Official Test, Custom Test e Experience Mode.

Na primeira opção, o Official Test, você determina somente a API (Vulkan ou OpenGL). O formato de compactação de texturas utilizado será o BC7. A resolução padrão que o teste roda é o 4K, então se o seu hardware não der conta, a pontuação final será bastante comprometida.

Para escolher uma resolução que seja mais condizente com a capacidade do seu computador será necessário ir até a segunda aba, a Custom Test, que assim como acontece no 3DMark, permite alterar diversos parâmetros.

É possível escolher a resolução, entre 4 opções, as mais utilizadas hoje em dia (HD, Full HD, WQHD e 4K), a qualidade da renderização (médio ou alto), e a API, seguindo o mesmo que vimos antes: Vulkan e OpenGL.

No Experience Mode, a única opção acrescentada em relação aos demais modos, é a possibilidade de rodar o teste em tela cheia.

A configuração utilizada no teste foi a seguinte:

  • Placa-mãe: Gigabyte Z370XP-SLI
  • Processador: Core i7-8700K
  • Cooler: Cryorig R1 Ultimate
  • Memória RAM: 2x 8 GB HyperX Predator RGB
  • Placa de vídeo: GTX 1080 Ti Founders Edition
  • SSD: WD Black NVMe de 512 GB
  • HD: WD Blue de 4 TB
  • Fonte: Corsair CX650
  • Sistema: Windows 10 Pro 64-bit

Rodamos o Basemark GPU tanto no teste oficial, com a resolução 4K, já que a GTX 1080 Ti, dá conta do recado, quanto em Full HD e WQHD. A API escolhida foi a Vulkan, e a qualidade foi mantida no alto, independente da resolução.

Infelizmente o programa não fornece informações sobre a temperatura, optamos então por deixar aberto também junto com o andamento do teste o HWMonitor, para verificar a variação de acordo com cada uma das resoluções avaliadas.

Independente da resolução o Basemark GPU utiliza a mesma estrutura, uma grade composta de 64 quadros (8 x 8) que serão renderizados ao mesmo tempo. O número de draw calls varia de acordo com o modo de qualidade, médio ou alto. Em 4K no alto esse número gira em torno de 10 milhões, enquanto em Full HD no médio fica em 2 milhões.

Confira o resultado:

Teste na resolução 4K

  • Pontuação: 8308
  • FPS Máximo: 216
  • FPS Médio: 83
  • FPS Mínimo: 20
  • Temperatura máxima registrada no HW Monitor: 73ºC

​Teste na resolução WQHD

  • Pontuação: 14053
  • FPS Máximo: 318
  • FPS Médio: 140
  • FPS Mínimo: 63
  • Temperatura máxima registrada no HW Monitor: 58ºC

​Teste na resolução Full HD

  • Pontuação: 18912
  • FPS Máximo: 597
  • FPS Médio: 189
  • FPS Mínimo: 82
  • Temperatura máxima registrada no HW Monitor: 66ºC

 

Na tela acima fica claro como o programa estressa a placa de vídeo, o uso alcançou os 100%, e ao lado o HW Monitor, registrando os 73ºC da GTX 1080 Ti Founders Edition

Resta agora aguardar essa atualização prometida pela Basemark que irá incluir no software novas APIs, com destaque ao DirectX, que seguindo outras ferramentas de testes, a versão adicionada deve ser o DirectX 12.

Caso queria baixar o Basemark GPU clique aqui


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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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