Acolhedor, essa é a palavra que podemos usar para definir a CES e os seus 50 anos. Esse tradicional evento de tecnologia realizado em Las Vegas que está chegando a sua 50º edição em 2017 é realmente um acolhedor de novos produtos, conceitos e tendências do mundo da tecnologia. Aliás, a CES é conhecida por “jogar no público e na mídia” diversas tendências que acabam se tornando padrões de mercado, além é claro de diversos produtos bizarros que acabam nem chegando ao público e que funcionam mais como uma forma de atrair a atenção.
Nesses 50 anos de história a Consumer Electronic Show foi a grande reveladora de produtos e tecnologias que com certeza você já ouviu falar ou teve contato. Quer alguns exemplos? Beleza, vamos a eles: equalizador de áudio (1969), videocassete (1970), Laserdisc player (1974), NES (1985), DVD (1996), HDTV (1998), TVs de plasma (2001), Blu-Ray (2003), e muitas outras.
Pesquisar a história de cada edição da CES é uma verdadeira viagem imersiva na história da tecnologia, marcada por acertos e erros. A organização do evento calcula que nesses 50 anos de história tenham sido apresentados cerca de impressionantes 600 mil produtos. Além dos produtos, o número de expositores e público que a feira acolhe é impressionante. Em 1967, ano da primeira edição da CES (que ainda nem era realizado em Las Vegas. Foi sediado em Nova York) foram 117 empresas e cerca de 16 mil visitantes passaram pelo evento. Em 2017 a expectativa é que circulem 165 mil visitantes, e o número de expositores é esse aqui: 3.800.
Nos últimos anos, mantendo o seu jeito acolhedor de ser, a CES foi se tornando ainda mais conectada, seguindo a tendência da Internet de Todas as Coisas e os seus inúmeros dispositivos com conexão à internet, porém mesmo nessa essa nova fase, a CES nunca deixou de acolher um produto que faz parte dos 50 anos do evento e que também é uma das invenções mais cultuadas da história: o televisor.
Em 1967 o televisor preto e branco juntamente com o rádios e fonógrafos formavam a trinca de destaques na primeira edição da CES. Passados 50 anos as inovações no campo das TVs continuam a todo vapor. Na edição 2017 da CES além da consolidação do 4K e até a batida na tecla do 8K que volta e meia costuma dar o ar da graça em eventos desse porte, ficou claro como o HDR, seja ele do padrão aberto, o HDR10 ou proprietário Dolby Vision, realmente é o grande chama público da vez, além é claro de designs cada vez mais finos e a boa briga entre os painéis OLED e o QLED, que é assim como a Samsung que imprimir na mente das pessoas as TVs baseadas na tecnologia de Pontos Quânticos.
Abaixo separamos algumas TVs incríveis que foram mostradas na CES 2017. LG, Samsung, Sony, Panasonic e até a Xiaomi, estreante no evento mostraram modelos espetaculares. Vamos a eles!
LG
Vamos começar pela sul-coreana LG que sempre costuma causar um grande rebuliço com as suas TVs. Embora a companhia tenha aproveitado a CES 2017 para também mostrar as TVs com a tecnologia que ela chama de Nano Cells, e que basicamente é um concorrente para o Quantum Dots, ou Pontos Quânticos, o destaque mais uma vez ficou por conta dos modelos OLED, mais precisamente para os modelos da linha W7 que fazem parte do que a LG chama de OLED LG Signature. O topo do topo das TVs
O modelo de 65 polegadas da W7 conta com impressionantes 2,57 milímetros de espessura. O design dela é chamado de Picture-on-Wall. A TV é tão fina que quando instalada na parede, que é justamente essa a proposta, fica muito parecida com um quadro. A instalação da TV na parede é feita através de suportes magnéticos, sem qualquer vão entre a TV e a parede. Como o OLED não precisa de um backlight, como no caso das LCD LED, os fabricantes podem ousar muito mais no design. O peso é outro ponto de destaque, o modelo de 65 polegadas tem apenas 8,1 Kg.
Além de muito fina a TV conta com resolução 4K, compatibilidade com todos os formatos HDR, e rodam o novo sistema da LG, o WebOS 3.0. Para completar a imersão a TV é equipada com uma Soundbar com suporte ao Dolby Atmos. Além da versão com 65 polegadas a LG também irá disponibilizar a série W7 em uma versão com 75 polegadas.
Samsung
Saindo de uma sul-coreana e indo para a outra, a Samsung não perdeu a oportunidade para mostrar TVs que a companhia diz que são fortes competidoras dos modelos de OLED. As TVs QLED da Samsung prometem entregar pretos ainda mais profundos e o maior nível de brilho do mercado.
O QLED é uma espécie de aprimoramento da tecnologia de Pontos Quânticos que a Samsung vem investindo nas TVs da série SUHD. E quando ela diz as QLED prometem alcançar o maior nível de brilho do mercado ela não está brincando, já que as novas TVs conseguem alcançar entre 1500 a 2000 nits, bem acima do que é requisitado para o verdadeiro HDR, por exemplo.
As TVs são capazes de representar 100% do espectro de cor DCI-P3, parâmetro avaliar a profundida das cores, e graças a uma nova liga de metal a companhia promete entregar um nível de preto muito mais profundo do que é encontrado nos painéis LCD LED e que se aproxima do OLED.
A LG não perdeu a oportunidade de cutucar a Samsung, em entrevista ao Business Korea, Han Sang-Beom, vice-presidente de display da LG disse que a única mudança nas novas TVs da Samsung em relação a anterior é a luminância, Beom admitiu que a Samsung melhorou a eficiência do ponto quântico, mas ainda é um painel LCD. Essa briga está realmente bem polarizada de um lado a LG que aposta 100% no OLED nas suas TVs topo de linha e do outro lado a Samsung enveredando por uma tecnologia que consiga se aproximar do OLED, e que acaba sendo mais barata para o consumidor final.
Quais são os modelos QLED da Samsung? Bom, vamos a eles. A gigante sul-coreana mostrou na CES 2017 três opções: Q7, Q8 e Q9. Um ponto que chama atenção é que a topo de linha, a Q9, não conta com painel curvo, alguns analistas inclusive já apontam que as TVs curva não emplacaram e irão sumir do mercado. A Q9 será disponibilizada em 65 e 88 polegadas. A Q8, com painel curvo, virá em 55, 65 e 75 polegadas. Em relação a Q7 as dimensões não foram reveladas.
Além da resolução 4K e suporte ao HDR as TVs também contam com sistema de reconhecimento de voz, dois formatos de base e uma solução chamada Invisible Conection, que fornece através de um HUB as conexões necessárias, eliminando o tradicional emaranhado de cabos.
Sony
A bola da vez agora é a gigante japonesa Sony, que também marcou presença na CES e apresentou o seu primeiro grande produto no mercado de TVs OLED. Na verdade, essa é a mais nova iniciativa da companhia para esse setor, já que em 2007 o primeiro televisor OLED apresentado era Sony, o XEL-11. A nova aposta da companhia é com a Bravia XBR-A1E. Essa linha A1 é composta por três tamanhos de tela: 55, 65 e 75 polegadas.
A TV é equipada com o Android TV, resolução 4K, suporte ao HDR, através do Dolby Vision, processador de imagem X1 Extreme, tecnologia Triluminos, e o upscaller 4K X-Reality PRO. Porém o que realmente chama atenção nessa nova linha de TVs é a sua parte sonora. O sistema de som que é chamado de “Acoustic Surface” (acústica de superfície), uma solução que permite que o som seja reproduzido através da vibração de um painel que está na parte traseira da TV. Essa solução, de acordo com a Sony, é o casamento perfeito entre imagem e Som, já que o áudio está em perfeita sintonia com o painel.
Panasonic
A japonesa Panasonic revelou na CES 2017 a sua segunda geração de TVs OLED. O modelo em questão é o EZ1002, que é plana (diferentemente do modelo OLED anterior da companhia o TX-65CZ952B, que é curva), e conta com resolução 4K, 65 polegadas, suporte ao HDR, tanto o HDR10 quanto a variante Hybrid Log Gamma, suporte total ao espectro de cores DCI, certificação THX, calibração ISF, compatibilidade com a tecnologia CALMAN, e processador de vídeo Studio Color HCX2, da própria Panasonic. De acordo com a companhia esse atualmente é o processador de vídeo mais poderoso já implementado em uma TV de consumo, fazendo dessa TV referência em relação a precisão das cores.
Xiaomi
Encerramos essa lista com a Mi TV 4 da Xiaomi, que é conhecida pelos seus smartphones com preços bem competitivos. Essa TV será disponibilizada em versões com painel Full HD quanto 4K, em 43, 55 e 65 polegadas, e um design ultrafino, praticamente sem bordas.
O destaque desse modelo é a sua característica modular. A placa-mãe de demais circuitos ficam localizados numa barra chamada Mi TV Bar, localizada na parte inferior, isso significa que a manutenção ou troca de componentes pode ser feita independente do painel. Essa barra aind carrega as caracteristicas sonoras da TV: 10 alto-falantes, que ainda podem ser integrados a outros dois alto-falantes e um subwoofer de alto desempenho. A companhia ainda irá oferecer um sistema de som com a tecnologia Dolby Atmos.
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