Quer você goste ou não, o monitor é a parte mais importante de qualquer computador. Todo tipo de informação que o computador processe tem que ser lançada na tela, e portanto a evolução dos monitores implica na evolução da experiência de usuário.
A alta definição já está no pedaço, e embora todo mundo curta seus filmes, fotos e interfaces gráficas de alta qualidade, não dá mais para dizer que a alta definição causa espanto e que é uma tecnologia de ponta. Em 2020, o mundo deve estar desfrutando do que hoje chamamos de ultra-alta definição (UHD), com resolução máxima de 7.680 x 4.320 pixels (16:9). Essa tecnologia dificilmente vai chegar ao grande público daqui a dez anos, já que no momento ela é só um padrão proposto por vários canais de TV do Japão e da Europa. Apesar disso, o UHD deve ao menos dar as caras como o padrão final que mais uma vez irá redefinir o mercado de home video e de entretenimento de modo geral.
Além da televisão, muitos profissionais e jogadores vão gostar de contar com telas de resolução maior para aprimorar a qualidade visual. Embora a resolução de 2.560 x 1.600 já seja há anos a resolução mais alta em monitores com foco no consumidor, as telas ultramodernas para imagens médicas e outras aplicações têm suporte a 3.200 x 2.400 e 3.840 x 2.400. Há uma clara necessidade de mais espaço na tela e maior clareza nos gráficos. Assim que os maiores fabricantes de LCDs derem um jeito de tornar os preços desses painéis de ultra-alta definição razoavelmente acessíveis, eles irão oferecer produtos apropriados aos consumidores.
A tecnologia de 3D estereoscópico (S3D) vem passando por uma lenta adoção. De acordo com a DisplaySearch, as vendas de monitores compatíveis com 3D Vision listados pela Nvidia nos dois primeiros trimestres de 2010 estão abaixo de 3.500 unidades por trimestre em todas as grandes lojas de PCs dos Estados Unidos somadas, indicando claramente que as pessoas ainda não querem pagar pelo 3D estéreo. E por que elas fariam isso? Ter que usar óculos especiais e sentar em posições específicas não é algo confortável, e há muito pouco conteúdo disponível. Os chamados monitores 3D autoestereoscópicos (que não exigem óculos) podem fazer uma diferença enorme, mas essa tecnologia está longe de ser perfeita, e não se sabe ao certo quando as tecnologias certas vão surgir. Se os fabricantes continuarem com a abordagem atual, exigindo o uso de óculos, todos os monitores e TVs de 2020 vão ter suporte a S3D, mas quase ninguém vai usá-lo.
Ainda não se sabe quais tipos de monitores serão usados em 2020, já que o futuro do OLED é incerto. Se considerarmos que monitores grandes consomem muita energia, é bastante provável que os fabricantes se empenhem mais para finalmente estabelecer a produção em massa de produtos com OLED. Sendo assim, ao fim da década, quase todos os monitores e TVs deverão ter telas de OLED. Uma outra possibilidade ainda mais interessante para a tecnologia OLED na próxima década talvez esteja nas telas dobráveis, que podem ser usadas para diversos fins.
Resumindo, em 2020 os monitores provavelmente vão oferecer resoluções fabulosas e estarão disponíveis em novos tipos. Ainda que o 3D estéreo com óculos com obturadores possa aparecer na vasta maioria dos monitores e TVs voltados para o consumidor, ele dificilmente será o recurso mais importante dos dispositivos do futuro. Talvez a tecnologia 3D autoestereoscópica mude toda a indústria.
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