Segundo Maia (2006, p.27) uma política é a representação numa forma padrão, dos comportamentos desejados ou das restrições de comportamento do sistema, ou seja, valores e estados que determinados componentes tem que assumir a fim de se ter um funcionamento ótimo do sistema. Um sistema autonômico pode implementar três tipos de políticas: políticas de ação, metas e função de utilidade.
Uma política de ação é um tipo de política que especifica uma condição e a ação a ser executada caso uma situação específica aconteça. Tal política, geralmente, vem na forma de uma instrução condicional “IF (condição) ELSE (ação)”. Por exemplo, Se (atraso maior do que 3 segundos) Então (escolher outro caminho com menor atraso). Portanto elementos autonômicos que implementam políticas de ação executarão as mesmas ações quando uma determinada situação ocorrer. Isso torna as políticas de ação de mais baixo
nível de especificação (MÜLLER, 2006).
Uma política de metas, diferentemente das políticas de ação, especifica apenas a condição. Tal política vem na forma de uma restrição ou meta. Por exemplo, “O atraso não pode ser maior do que 3 segundos”. Dessa forma, elementos autonômicos que implementam políticas de metas poderão executar diferentes ações para uma mesma situação. O tipo de ação depende da configuração do ambiente, dos componentes e do próprio elemento autonômico. O elemento autonômico deve ser desenvolvido de maneira que possa
executar ações que tenham relação direta com as metas (MAIA 2006).
Em um elemento autonômico que implementa políticas com função de utilidade não há a necessidade de especificar metas, tampouco, ações a serem executadas, pois tais elementos definem automaticamente situações onde as metas serão aplicadas e ações a serem realizadas. Para cada possível estado é aplicada uma função de utilidade que retorna um valor. A partir destes valores é que são tomadas as decisões. Isso coloca as políticas com função de utilidade no nível mais alto de especificação (MAIA 2006).
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