Compras online, videochamada e muito mais: esse vídeo de 1967 visualizou o futuro de maneira impressionante

Ao longo dos anos, personalidades dos mais variados segmentos tentaram e seguem tentando fazer previsões sobre o futuro em relação ao que a tecnologia e o cotidiano nos reserva

Escritores lendários, como George Orwell e Isaac Azimov, vislumbraram com uma antecedência surpreendente situações que são corriqueiras hoje. Previsões advindas de pessoas que não eram necessariamente integrantes do dia a dia das empresas que colocam em prática esse futuro ligado às inovações tecnológicas.

Agora imagine o nível de acertabilidade de alguns daqueles que estão diretamente envolvidos no processo? Um caso neste sentido, é uma publicação de jornal de 1953 que viralizou nas redes sociais há alguns anos, que mostra um recorte em que Mark R. Sullivan, na época presidente e diretor da Pacific Telephone e Telegraph, diz o seguinte:

“Em seu desenvolvimento final, o telefone será carregado pelo indivíduo, talvez como carregamos um relógio hoje. Provavelmente não exigirá discagem ou algo equivalente, e acho que os usuários poderão se ver, se quiserem, enquanto falam”.

Novamente, estamos falando de 1953! Além de um sentido de previsão, a fala, por ser de alguém da indústria, carrega também um tanto de vontade em relação à definição do que esses arquitetos do futuro esperam para a humanidade.

Avançando 14 anos da declaração de Mark, chegamos a 1967. Nesta época, o famoso artigo de Asimov no New York Times sobre seus palpites em relação ao futuro da tecnologia fora publicado há 3 anos. Neste artigo, Asimov entendia como possível em 2014 as videochamadas, TVs penduradas na parede, comunicação em alta velocidade, citando algo que se assimila ao conceito de fibra ótica, fora publicado há 3 anos.

Entretanto, como diz aquele velho jargão: “uma imagem vale mais de mil palavras”. A saudosa Philco, que tem uma contribuição ímpar no setor de áudio/video, responsável, entre outras coisas, por lançar o primeiro videogame no Brasil, o Telejogo (1977), na época em que fazia parte do grupo Ford, divulgou um vídeo em 1967 intitulado o ano de 1999. 

Produzido pela Tom Thomas Organization, tentava visualizar o mundo de 1999, uma porta de entrada para o século XXI.

O vídeo é muito curioso por diversos aspectos. O primeiro é a estética. Carregado daquela futurologia singular, pesada na geometria exagerada e divertida que muitos conteúdos dos anos 50/60 tentavam emular para o futuro.

O outro ponto, é claro, é a materialização certeira de diversas tecnologias que fazem parte do nosso cotidiano há algum tempo, responsáveis diretas por agilizar a comunicação, trabalho, e a sociedade integralmente.

No vídeo é possível observar formas interessantes de interpretação do que seria as compras online, uso de computadores em casa, videochamadas, jogos online, estudo à distância por intermédio de alguma tela, envio de e-mail, sistemas que controlam boa parte do andamento do dia a dia, usados para as mais variadas finalidades, de recomendação de comida baseada em dados de tabela nutricional, até mesmo ao gerenciamento de câmeras de segurança espalhadas pela residência, e muito mais.

Cada tecnologia vai sendo mostrada e guiada por uma voz misteriosa.

Claro que as previsões não são perfeitas, o vídeo foca muito na ideia de grandes consoles, que demandam a presença em um determinado ponto para serem operados. Quase tudo o que é apresentado no vídeo, sobre as possibilidades para o futuro, pode ser feito hoje com um apenas um dispositivo, o smartphone. Mas é interessantíssimo como os conceitos desenhados neste vídeo se assemelham com a nossa realidade.

Dedique 21:31 minutos do seu tempo para assistir esse vídeo. Vale muito a pena!