Carbono e simplicidade para criar transístor de 0.002 mícron

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O Bell Labs tem uma bela tradição no ramo dos semicondutores, até por que, foram os pesquisadores do laboratório que inventaram o transístor, em 1947.

Agora, uma nova descoberta soma-se às tecnologias – como os nanotubos e os computadores quânticos – na lista das que podem, no futuro, substituir os transístores de silício.

A chave de tudo é o uso de um semicondutor orgânico, chamado thiols entre dois eletrodos. Ao contrário de um transístor convencional, onde são necessárias várias máscaras de litografia diferentes, o transístor do Bell Labs segue um conceito radicalmente
diferente que prima pela simplicidade.

Depois de criar o primeiro eletrodo, é depositada uma camada extremamente fina de thiols e em seguida depositada uma nova camada de metal que forma o segundo eletrodo. Este design “em escada” permitiu miniaturizar ainda mais a criação, chegando a apenas
0.002 mícron, contra 0.02 mícron do transístor divulgado pela Intel há alguns meses, que até então era o menor do mundo e anos-luz distante dos usados nos processadores atuais, que estão nos 0.13 mícron.

A camada entre os dois eletrodos é tão fina que tem apenas uma única molécula de espessura.

Apesar deste modelo experimental ter funcionado, a tecnologia ainda está muito distante do mercado. Apesar de ser uma idéia extremamente promissora, ninguém pode dizer com certeza quando tudo estará pronto para começarem a produzir processadores, nem
garantir que isso realmente vá acontecer.

Sem dúvida, os computadores ainda têm muito o que evoluir. Por mais cético que você possa ser com relação ao nível de minuaturização que pode ser alcançado, com tantas tecnologias diferentes é muito difícil imaginar que nenhuma possa realmente chegar a
substituir o silício e permitir a criação de transístores muito menores. Lembre-se que, desde a década de 70, os fabricantes usam o mesmo material e a mesma idéia básica para construir processadores. Por mais que os fabricantes já tenham evoluído, é muito
difícil imaginar que não exista nenhum meio mais eficiente para produzir transístores ou estruturas que possam substituí-los.

Mesmo no ramo dos computadores quânticos, que prometem ser a fronteira final, ainda existe muito a se descobrir.

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