8 séries para assistir na Netflix

8 séries para assistir na Netflix

Nós já publicamos aqui no site alguns artigos com indicação de séries para assistir em alguns serviços populares de streaming. A Apple TV+, por exemplo, tem ótimas séries, mas pouca gente conhece. Daí fizemos o artigo 10 ótimas séries para assistir no Apple TV+. Depois fizemos um compilado semelhante, mas desta vez elencando 11 séries sensacionais para assistir no Prime Vídeo.

Pois bem, agora chegou a vez da Netflix. A pioneira do mundo dos streamings e também queridinha dos brasileiros possui um acervo gigantesco. E por isso mesmo é até difícil saber o que assistir por lá devido à abundância de opções.

Mas nas próximas linhas você vai conferir 8 séries que valem a pena maratonar na Netflix. Vamos nessa!?

01. Bebê Rena

Inspirada nas experiências de Richard Gadd, “Bebê Rena” transcende comédia, lembrando “Louca Obsessão”, mas rapidamente adquire nuances próprias.

Donny Dunn, barman e comediante interpretado por Gadd, é perseguido por Martha Scott, uma mulher mais velha e desequilibrada vivida por Jessica Gunning. A série revela-se sobre a dolorosa jornada de autoconhecimento de Donny, abordando sua sexualidade, autoestima, carreira e saúde mental.

O roteiro usa flashbacks, iniciando quando Donny hesita ao reportar Martha à polícia após seis meses, retrocedendo ao primeiro encontro no bar. A trama é intensa, explícita e repulsiva, com análise profunda do protagonista e eventos traumáticos passados, dirigida habilmente por Weronika Tofilska e Josephine Bornebusch.

As performances são destacadas, apesar de personagens complexos e muitas vezes desagradáveis. “Bebê Rena” é corajosa em tratar temas difíceis e profundizar na psique de Donny, pecando apenas pela exposição excessiva no penúltimo episódio. Deixa o espectador exausto, mas recompensado pela riqueza e complexidade da minissérie. Excelente!

02. Ripley

Steven Zaillian, com créditos em roteiros de renome e também da minissérie “The Night Of”, traz um mais um acerto gigantesco com a série “Ripley”, também beneficiado pela fotografia premiada de Robert Elswit.

A série da Netflix adapta o aclamado “O Talentoso Ripley” de Patricia Highsmith, distanciando-se das versões anteriores ao escalar Andrew Scott, que desafia expectativas na pele do protagonista. Elswit captura a essência noir da obra, enquanto Zaillian, multitalentoso, entrega uma narrativa meticulosa e cadenciada.

A minissérie exibe elegância visual e sonora, pedindo paciência ao espectador para apreciar a construção atmosférica. Embora haja momentos que testem a sua suspensão de descrença, a série mantém paralelos intrigantes, como referências a Caravaggio. Apesar de um final que pode parecer arrastado, Zaillian reinventa Tom Ripley, com Andrew Scott oferecendo uma interpretação definitiva do personagem em uma adaptação que capta a tensão do material original.

03. O Problema dos 3 Corpos

Adaptada do livro de Cixin Liu, “O Problema dos 3 Corpos” é uma série hard sci-fi que mistura a Revolução Cultural Chinesa com contato alienígena.

A trama começa com mortes na comunidade científica e segue um grupo de amigos em eventos cheios de jargões científicos e reviravoltas. David Benioff, D. B. Weiss e Alexander Woo mantêm a série envolvente e acessível, apesar de simplificar aspectos políticos e culturais do livro original.

A primeira metade foca nos mistérios da trama; a segunda, na resposta a uma invasão alienígena. Embora priorize entretenimento sobre reflexão profunda, a produção engaja com seus mistérios e abordagem prática de conceitos sci-fi, prometendo uma continuação mais ousada após um desfecho intrigante.

04. Garotos Detetives Mortos

Neil Gaiman inovou durante os sete anos de publicação de Sandman pela Vertigo, criando uma HQ rica em ideias e personagens. Agora, dois desses personagens protagonizam o spin-off da Netflix, “Garotos Detetives Mortos”, que se destaca entre as constantes adaptações e remakes.

A série segue Edwin Payne e Charles Rowland, dois fantasmas que resolvem mistérios sobrenaturais ao invés de seguir para a vida após a morte. Eles enfrentam traumas e desafios, incluindo um erro que deixou Edwin no Inferno por setenta anos.

A série combina tradições de literatura de internato e detetives adolescentes com elementos fantásticos familiares, mas busca autenticidade nas referências. Com um elenco de apoio diversificado e situações variadas, “Garotos Detetives Mortos” mantém o interesse apesar de alguns clichês. A série equilibra aventuras episódicas com arcos mais longos, enfrentando antagonistas como uma bruxa glamorosa e burocracia do além. Bem escrita e divertida, a série tem o desafio de alcançar seu público na Netflix e evitar o cancelamento.

05. Eric

Em “Eric”, Benedict Cumberbatch é Vincent Anderson, um marionetista famoso cujo filho, Edgar, desaparece, levando-o a crer que dar vida ao boneco inventado pelo menino trará seu retorno.

O personagem Eric, dublado por Cumberbatch, representa as esperanças e traumas de Vincent. A minissérie explora temas como saúde mental e narcisismo, com a esposa de Vincent buscando consolo extraconjugal e a atenção de um detetive com segredos pessoais.

Ambientada na Nova York dos anos 80, “Eric” aborda racismo e homofobia, com uma atuação notável de Cumberbatch e potencial para prêmios. O enredo combina o submundo da cidade com o contraste do programa infantil, usando o mistério para falar sobre tristeza e criatividade.

06. Griselda

Netflix continua explorando o tráfico de drogas na América Latina com a minissérie sobre Griselda Blanco, uma figura temida até por Pablo Escobar. A produção serve como plataforma para Sofía Vergara demonstrar suas habilidades dramáticas, mas questiona-se se a série vai além de sua protagonista e cria uma narrativa cativante. A história começa com Griselda fugindo para Miami nos anos 70, omitindo seu passado lendário e focando no tema do recomeço e ambição.

A série também aborda a luta das mulheres por igualdade no ambiente de trabalho, representada tanto pela trajetória de Griselda quanto pela policial June Hawkins. No entanto, esse ponto é retratado de forma didática e repetitiva. As decisões artísticas, como a maquiagem de Vergara e a direção de Andrés Baiz, são criticadas por serem previsíveis e subestimar a audiência.

Os roteiros seguem uma fórmula repetitiva onde Griselda tem uma ideia que dá certo até encontrar outro obstáculo. Os personagens secundários são vistos como unidimensionais e existindo apenas para avançar a trama principal. A queda de Griselda é representada de maneira abrupta e inconsistente com o desenvolvimento da personagem.

Apesar da performance de Vergara, a série sofre com roteiros que parecem mais focados em destacar a atriz do que em desenvolver uma personagem memorável por méritos próprios.

07. Bridgerton

A terceira temporada de Bridgerton surpreende com um bom final, apesar dos episódios iniciais não darem destaque suficiente ao casal principal. Esta vez, o romance não é o foco principal, diferentemente das temporadas passadas onde a formação do relacionamento era central.

Penelope brilha em sua busca por identidade e a série faz justiça a seu personagem, enquanto Colin tem momentos de honestidade após a revelação da Lady Whistledown. A narrativa sofre ao tentar desenvolver a história do casal, mas isso melhora com o tempo.

O encerramento sugere que esta temporada não é essencialmente sobre o romance, mas ainda satisfaz a maioria dos personagens. Cressida e Benedict emergem como figuras promissoras, Francesca cativa e os Featheringtons equilibram comédia e drama. Bridgerton continua a reinventar-se, preparando o caminho para mais histórias envolventes com personagens queridos.

08. Breaking Bad

Eu não podia encerrar essa lista sem citar uma de minhas séries favoritas de todos os tempos: Breaking Bad. Apesar de já não ser recente, se você ainda não assistiu a Breaking Bad recomendo que pare tudo o que estiver fazendo e comece a vê-la imediatamente.

Breaking Bad é magistralmente bem escrita, os personagens são complexos e possuem várias camadas e absolutamente todos eles evoluem e mudam no decorrer do seriado. Mas a história principal de Breaking Bad gira em torno de Walter White e Jesse Pinkman.

Um é um químico brilhante mas que devido a suas escolhas de vida acabou se tornando um medíocre professor do Ensino Médio. Um bele dia ele descobre que tem câncer no pulmão e que em breve deixará este mundo e sua família com um monte de dívidas para pagar.

Jesse Pinkman, por sua vez, foi aluno de Walter White e é o típico playboy que não quer nada com a vida. Leva o tempo em usar drogas e cometer pequenos delitos, especialmente traficando pequenas quantidades de metanfetamina. Depois de ver como o tráfico de “crystal” dá dinheiro, Walter decide usar seus conhecimentos em química para fabricar a metanfetamina mais pura que o mercado já viu. E Jesse Pinkman vai junto para ser o seu braço direito no mundo do crime.

A relação entre os dois é fantástica e muito bem escrita. Sem falar na aparição de outros personagens memoráveis, como Hank Schrader, Mike, Saul Goodman, Gus Fringe, Skyler e outros. Todos os personagens são ótimos. Inclusive, o advogado Saul Goodman ganhou uma série própria — Better Call Saul — que é tão boa quanto Breaking Bad.

Sobre o Autor

Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
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